Voltar
Notícias
25
jun
2010
(CARBONO)
Estudo mostra que país pode crescer com baixo carbono
O Brasil pode diminuir as emissões de gases de efeito estufa em até 37%, entre 2010 e 2030, sem comprometer o crescimento econômico e a geração de empregos, aponta relatório do Banco Mundial divulgado na quinta-feira (17). De acordo com a entidade, a redução equivaleria à retirada de circulação de todos os carros do mundo por três anos. Seriam necessários para isso investimentos de US$ 20 bilhões a mais por ano na implantação de políticas voltadas para um cenário de baixo carbono - com redução das emissões, aliado a um crescimento sustentável da economia. Ao todo, o investimento chegaria a US$ 725 bilhões no período, considerando as ações já adotadas pelo governo. Hoje, o volume seria de US$ 336 bilhões, segundo o Banco Mundial.
De onde viria tanto dinheiro? "Pode vir do setor privado, especialmente quando o setor ganha com isso, mas tem inúmeras áreas onde será preciso dinheiro público. Aí vem toda a questão da responsabilidade dos países industrializados, em como eles podem ajudar os países em desenvolvimento a não passar pelos mesmos caminhos que percorreram", comentou o coordenador do relatório, Christophe de Gouvello.
O Estudo de Baixo Carbono para o Brasil destaca ações podem contribuir para a preservação ambiental, como a redução de congestionamentos no transporte, o melhor manejo de resíduos urbanos, o aumento da produtividade da pecuária e a conservação de florestas. "Apesar do significativo declínio verificado nos últimos quatro anos, o desmatamento continua a ser a maior fonte das emissões de carbono, representando aproximadamente dois quintos das emissões nacionais brutas", diz o relatório. O texto elogia os esforços do governo brasileiro na questão.
Para o Banco Mundial, o combate ao desmatamento deve ser a principal medida para a redução da emissão de gases de efeito estufa no País. De acordo com o estudo, a expansão da produção agrícola e pecuária demandará mais 16,8 milhões de hectares (o equivalente a cerca de quatro Estados do Rio de Janeiro) para atender às necessidades previstas até 2030.
Com a diminuição da área de pastagem, o aumento da produtividade e a proteção das florestas, a entidade estima que o desmatamento poderia ser reduzido em 68% em 2030, em comparação com o cenário atual. A redução chegaria a 90% na região da Mata Atlântica; na Amazônia e no Cerrado, seria respectivamente de 68% e 64%. "O combate ao desmatamento tem de ser um esforço permanente", defendeu Gouvello.
Essas ações evitariam a emissão de 6,2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono, entre 2010 e 2030.
O relatório também destaca o sucesso do etanol brasileiro que, segundo o Banco Mundial, "oferece uma oportunidade para reduzir as emissões globais através do aumento das exportações do produto". O estudo aponta que o etanol produzido no País é superior a alternativas de outros países. "Acho que a grande chance para o Brasil, adotando as políticas, é garantir ao mundo exterior que o crescimento do etanol pode ser feito sem aumentar o desmatamento", observou Gouvello.
O estudo constatou o potencial de reduzir em 9% as emissões com transporte urbano, por meio da utilização do transporte aquaviário e ferroviário. O texto, no entanto, admite obstáculos, como a "inadequada infraestrutura para a transferência intermodal" e "a falta de coordenação entre as instituições públicas".
De onde viria tanto dinheiro? "Pode vir do setor privado, especialmente quando o setor ganha com isso, mas tem inúmeras áreas onde será preciso dinheiro público. Aí vem toda a questão da responsabilidade dos países industrializados, em como eles podem ajudar os países em desenvolvimento a não passar pelos mesmos caminhos que percorreram", comentou o coordenador do relatório, Christophe de Gouvello.
O Estudo de Baixo Carbono para o Brasil destaca ações podem contribuir para a preservação ambiental, como a redução de congestionamentos no transporte, o melhor manejo de resíduos urbanos, o aumento da produtividade da pecuária e a conservação de florestas. "Apesar do significativo declínio verificado nos últimos quatro anos, o desmatamento continua a ser a maior fonte das emissões de carbono, representando aproximadamente dois quintos das emissões nacionais brutas", diz o relatório. O texto elogia os esforços do governo brasileiro na questão.
Para o Banco Mundial, o combate ao desmatamento deve ser a principal medida para a redução da emissão de gases de efeito estufa no País. De acordo com o estudo, a expansão da produção agrícola e pecuária demandará mais 16,8 milhões de hectares (o equivalente a cerca de quatro Estados do Rio de Janeiro) para atender às necessidades previstas até 2030.
Com a diminuição da área de pastagem, o aumento da produtividade e a proteção das florestas, a entidade estima que o desmatamento poderia ser reduzido em 68% em 2030, em comparação com o cenário atual. A redução chegaria a 90% na região da Mata Atlântica; na Amazônia e no Cerrado, seria respectivamente de 68% e 64%. "O combate ao desmatamento tem de ser um esforço permanente", defendeu Gouvello.
Essas ações evitariam a emissão de 6,2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono, entre 2010 e 2030.
O relatório também destaca o sucesso do etanol brasileiro que, segundo o Banco Mundial, "oferece uma oportunidade para reduzir as emissões globais através do aumento das exportações do produto". O estudo aponta que o etanol produzido no País é superior a alternativas de outros países. "Acho que a grande chance para o Brasil, adotando as políticas, é garantir ao mundo exterior que o crescimento do etanol pode ser feito sem aumentar o desmatamento", observou Gouvello.
O estudo constatou o potencial de reduzir em 9% as emissões com transporte urbano, por meio da utilização do transporte aquaviário e ferroviário. O texto, no entanto, admite obstáculos, como a "inadequada infraestrutura para a transferência intermodal" e "a falta de coordenação entre as instituições públicas".
Fonte: FAEMG
Notícias em destaque
As incertezas continuam a influenciar as previsões para a indústria de processamento de madeira em 2026
Após enfrentarem tempestades de incerteza em 2025, alguns vislumbram mais desafios pela frente, enquanto outros se mostram...
(INTERNACIONAL)
Tecnologias de construção em madeira mostram como esse material chegou a um novo nível
Veja como as tecnologias de construção em madeira unem inovação, velocidade de obra e soluções que...
(TECNOLOGIA)
De 2 para 15 anos de vida útil: entenda a “mágica” do vácuo e pressão que injeta Cobre e Arsênio na madeira
De 2 para 15 anos de vida útil: entenda a “mágica” do vácuo e pressão que injeta Cobre e Arsênio na...
(TECNOLOGIA)
A confiança dos construtores sobe ligeiramente, mas termina o ano em território negativo.
A confiança dos construtores subiu ligeiramente no final do ano, mas ainda permanece em território negativo, visto que continuam a...
(INTERNACIONAL)
Da floresta à cidade: como a madeira engenheirada impulsiona a transição ecológica urbana
Nos últimos anos, cresce a expectativa de que as cidades assumam um papel mais ativo na transição ecológica....
(MADEIRA E PRODUTOS)
O que a floresta tem a ensinar à inteligência artificial?
Temos falado muito “sobre” e “com” inteligências artificiais. Mas é fato que em estudos mais aprofundados de...
(GERAL)














