Voltar
Notícias
20
jun
2010
(SETOR FLORESTAL)
Setor florestal continua impulsionando a balança comercial brasileira
Os produtos florestais historicamente têm contribuído para o superávit da balança comercial brasileira. Mesmo com a saída recente da crise, o setor florestal se recupera e bate recordes de exportação novamente. Diante deste cenário, a conjuntura de junho do Centro de Inteligência em Florestas discute a balança comercial do setor florestal nestes quatro meses do ano, destacando assim, a grande importância estratégica deste setor para o Brasil. De janeiro a abril de 2010, o saldo da balança comercial brasileira foi de US$ 54,3 bilhões, representando um aumento de 25,04% em relação ao mesmo período de 2009, impulsionado, principalmente, pelo incremento dos embarques de petróleo e derivados (60%), produtos florestais (34%), açúcar e álcool (28%) e calçados e couro (26%) (MDIC, 2010).
Segmento de celulose e papel
De janeiro a abril de 2010 foi observado um crescimento médio de 9% ao mês nas exportações brasileiras de celulose, o que provocou crescimento dos preços de exportação e superávit na balança comercial do segmento de 4% e 9,3%, respectivamente. Em abril, problemas de embarque nos portos brasileiros fizeram com que as exportações de celulose caíssem, aproximadamente, 17% em relação a março.
No caso do papel, a balança comercial apresentou-se negativa, o que pode ser devido ao fato do principal destino da produção brasileira ser o mercado interno e a prática de dumping por alguns países.
A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento abriu investigação para verificar se França, Itália e Hungria estão praticando dumping na venda de papel supercalandrado (usado por publicações de grande circulação devido à sua economia na hora da impressão) no Brasil. A apuração foi solicitada pela empresa MD Papéis, única produtora nacional do produto, alegando que indústrias desses países baixaram entre 7,7% e 28,3% o preço de venda na Europa e o exportado para o Brasil. Consequentemente, as importações nacionais desse papel da França, Itália e Hungria dispararam. Em julho de 2004, a participação no mercado brasileiro era de apenas 2,2% e em junho de 2009, esta subiu para 53,5%. Enquanto isso, a indústria nacional reduziu sua presença de 33,8% para 25,1%, de julho 2007 a junho de 2009.
No passado, os Estados Unidos e Finlândia já foram punidos por leis antidumping por terem vendido o papel a preços deslealmente baixos no Brasil.
Mesmo assim, a balança comercial do segmento de celulose e papel registrou superávit nos quatro primeiros meses desse ano, devido à elevada exportação brasileira de celulose, principalmente por causa do crescimento de demanda registrado no período. O superávit na balança comercial do segmento cresceu em média 9,3% ao mês, de janeiro a abril de 2010.
Segmento de madeira processada
Nos quatro primeiros meses do ano, a balança comercial do segmento de madeira processada totalizou US$ 286 milhões. Este resultado ocorreu graças às exportações que têm aumentado em virtude da recuperação da crise econômica e, embora o consumo interno destes produtos florestais seja grande, as importações representam apenas 0,21% das exportações, garantindo um elevado superávit na balança comercial. Esse montante de US$ 286 milhões são constituídos de 45,9% de madeira serrada, 9,7% de painéis de madeira reconstituída e 44,3% de compensado. A madeira serrada de folhosas está com a demanda aquecida, dado sua escassez no mercado global em virtude do declínio da produção nos países asiáticos. Já os painéis reconstituídos, segundo RadarSilviconsult, no primeiro trimestre de 2010, a produção brasileira totalizou 1,54 milhão m³, o que correspondeu a 30% de toda a produção de 2009. O consumo aparente no primeiro trimestre apresentou-se mais alto do que a média mensal de 2009. Isto demonstra que o segmento está aquecido e se recuperando da crise mundial do ano passado.
Devido à grande procura por painéis no primeiro trimestre, a maioria das grandes produtoras está com toda a produção negociada até julho deste ano.
No caso dos compensados, enquanto os demais países produtores vêm diminuindo a sua produção e substituindo por novos tipos de painéis, o Brasil vem aumentando a produção e se tornando o líder no mercado deste produto tradicional. Com relação aos preços destes produtos, observa-se que, nos quatro meses deste ano, o preço da madeira serrada apresentou uma ligeira queda de 6%, enquanto que painéis reconstituídos e compensados tiveram altas de 2% e 7%, respectivamente.
Segmento de produtos florestais não-madeireiros
De janeiro a abril de 2010 as exportações da Castanha-do-Pará, Palmito e Ceras Vegetais superaram as importações. Ainda assim, foram registrados déficits na balança comercial brasileira do segmento de produtos florestais não-madeireiros.
Esse déficit foi devido à crescente importação da borracha natural. O fato de o país produzir apenas um terço do que consome, aliado ao aquecimento da economia e ao dólar baixo, estimulou as importações.
Para Heiko Rossmann, diretor da Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha (APABOR), esse déficit pode ser suprido por produção nacional. “O Brasil é o único país no mundo que tem além de clima e solo favoráveis à heveicultura, tecnologia de produção e área disponível para expansão suficiente até mesmo para tornar o país um exportador”, afirmou
Rossmann.
Na opinião do dirigente, o principal limitante hoje para o aumento da área plantada ainda é uma questão financeira, pois a cultura requer alto investimento e seu retorno é de longo prazo. Além disso, uma preocupação recente diz respeito à oferta futura de mão-de-obra para a atividade.
Para que o Brasil alcance auto-suficiência na produção do elastômero em 2025, a área plantada deveria dobrar, considerando uma produtividade média anual de 1.250 kg de borracha seca por hectare para as novas áreas. Porém, se fossem plantados 390 mil hectares adicionais, essa auto-suficiência poderia ser alcançada entre 2011 e 2016.
A área adicional seria responsável pela geração de cerca de 78 mil empregos diretos no campo, somente para a atividade de sangria.
“Hoje tenho refletido sobre a necessidade de o governo federal lançar o quarto Probor [Programa de Incentivo à Produção de Borracha Natural], com recursos destinados a regiões prioritárias e com contra-partida financeira do beneficiário”, disse Rossmann. “Diante do desafio, talvez não se tenha outra solução”.
Segmento de móveis
O valor das exportações do segmento moveleiro, nos quatros primeiros meses do ano de 2010, totalizou US$ 159 milhões, aproximadamente, representando um crescimento de 8,4% em relação ao mesmo período de 2009. As exportações de móveis de madeira para dormitório ocuparam o primeiro lugar em importância, sendo responsável por 48% do valor total; seguido pela categoria “outros tipos de móveis” com 41%. Por sua vez, os móveis de madeira para cozinha e escritório somaram, juntos, 10,8% do valor total das exportações do segmento. Um exemplo do aumento das exportações é o setor moveleiro na região Centro-Oeste que vem sofrendo uma série de mudanças nos últimos anos. Inicialmente, este era conhecido como um grande exportador de madeira bruta para o mercado externo; hoje, móveis inteiramente produzidos na região podem ser encontrados até mesmo na Arábia Saudita.
As importações de moveis de madeira representam apenas 1,8% do valor total das exportações do segmento e menos de 1% do valor total das exportações de todos os produtos do setor florestal, significando que essas favorecem significativamente a composição da balança comercial brasileira. A tendência nesses quatro meses de 2010 foi de queda nas importações, além do caráter aleatório ou irregular das mesmas.
Observa-se que há um crescimento médio das exportações de todos os tipos de móveis em torno de 8,4% ao mês, entre janeiro e abril de 2010, mostrando um mercado bem aquecido e em melhores condições que no ano anterior (2009), quando este se mostrou, em geral, em queda. A expectativa é que essa tendência continue nos próximos meses até 2011. O faturamento estimado nos 60 principais países do setor moveleiro gira em torno de U$$ 376 bilhões. Dentre estes países, destacam-se os Estados Unidos, Itália, Alemanha, Japão, França, Canadá e Reino Unido.
Com relação aos preços destes produtos, observa-se que nestes quatro primeiros meses do ano, o preço de móveis de madeira para escritório apresentou um crescimento de 6% de janeiro a março, com queda em abril. Os móveis de madeira para dormitório tiveram um crescimento de 6,4% de março a abril, enquanto os preços dos demais tipos de móveis oscilaram ao longo destes quatro meses.
Segmento de carvão vegetal
O carvão é um importante insumo na produção de ferro gusa e a maior parte de sua produção é destinada à indústria siderúrgica. Uma vez que o ferro gusa faz parte da balança comercial brasileira, optou-se por analisar o desempenho deste como indicador do desempenho do mercado de carvão. As análises desenvolvidas referem-se a dados de exportação, importação, balança comercial e preço de ferro gusa.
O valor das exportações de ferro gusa nos quatros primeiros meses do ano de 2010 totalizou US$ 4,8 milhões, aproximadamente, tendo um aumento médio de 16,8% ao mês, seguindo a tendência das exportações de produtos siderúrgicos que, em abril de 2010, atingiram 787,2 mil toneladas (442,8 milhões de dólares). Com esse resultado, as exportações em 2010 totalizaram 2,8 milhões de toneladas e 1,6 bilhões de dólares, representando aumento de 34,0% em volume e de 16,0 % em valor quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
As importações tiveram um aumento médio de 14,3% ao mês, sendo de importância significativa, pois anulam, praticamente, em mais de 80 %, o esforço de exportação do produto. O país importou cerca de quatro bilhões, aproximadamente.
Pode-se deduzir, a partir do valor das exportações, em forte expansão, que há um grande volume de produção de ferro gusa, também em crescimento, que por sua vez demandam cada vez mais carvão. Obviamente, o mercado de carvão fica fortalecido e os preços pagos aos produtores ficam mais remuneradores. De fato, os preços do carvão têm aumentado no mercado interno em decorrência do aumento evidente das exportações de ferro gusa. Atualmente os preços do carvão vegetal em Belo Horizonte e Sete Lagoas são R$ 132,00 e R$131,00/mdc, respectivamente. Em maio de 2009, esses mesmos preços eram de R$ 70,00 e R$ 75,00/mdc, respectivamente.
Equipe do Centro de Inteligência em Florestas
Naisy Silva Soares - Economista, MS. Ciência Florestal
Alberto Martins Rezende - Eng. Agrônomo, MS. Economia Rural
Márcio Lopes da Silva - Eng. Florestal, DS. Ciência Florestal
Sidney Araujo Cordeiro – Eng. Florestal, MS. Ciência Florestal
Altair Dias de Moura - Eng. Agrônomo, PhD. Agribusiness Management
*Permitida a reprodução desde que citada a fonte.
Segmento de celulose e papel
De janeiro a abril de 2010 foi observado um crescimento médio de 9% ao mês nas exportações brasileiras de celulose, o que provocou crescimento dos preços de exportação e superávit na balança comercial do segmento de 4% e 9,3%, respectivamente. Em abril, problemas de embarque nos portos brasileiros fizeram com que as exportações de celulose caíssem, aproximadamente, 17% em relação a março.
No caso do papel, a balança comercial apresentou-se negativa, o que pode ser devido ao fato do principal destino da produção brasileira ser o mercado interno e a prática de dumping por alguns países.
A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento abriu investigação para verificar se França, Itália e Hungria estão praticando dumping na venda de papel supercalandrado (usado por publicações de grande circulação devido à sua economia na hora da impressão) no Brasil. A apuração foi solicitada pela empresa MD Papéis, única produtora nacional do produto, alegando que indústrias desses países baixaram entre 7,7% e 28,3% o preço de venda na Europa e o exportado para o Brasil. Consequentemente, as importações nacionais desse papel da França, Itália e Hungria dispararam. Em julho de 2004, a participação no mercado brasileiro era de apenas 2,2% e em junho de 2009, esta subiu para 53,5%. Enquanto isso, a indústria nacional reduziu sua presença de 33,8% para 25,1%, de julho 2007 a junho de 2009.
No passado, os Estados Unidos e Finlândia já foram punidos por leis antidumping por terem vendido o papel a preços deslealmente baixos no Brasil.
Mesmo assim, a balança comercial do segmento de celulose e papel registrou superávit nos quatro primeiros meses desse ano, devido à elevada exportação brasileira de celulose, principalmente por causa do crescimento de demanda registrado no período. O superávit na balança comercial do segmento cresceu em média 9,3% ao mês, de janeiro a abril de 2010.
Segmento de madeira processada
Nos quatro primeiros meses do ano, a balança comercial do segmento de madeira processada totalizou US$ 286 milhões. Este resultado ocorreu graças às exportações que têm aumentado em virtude da recuperação da crise econômica e, embora o consumo interno destes produtos florestais seja grande, as importações representam apenas 0,21% das exportações, garantindo um elevado superávit na balança comercial. Esse montante de US$ 286 milhões são constituídos de 45,9% de madeira serrada, 9,7% de painéis de madeira reconstituída e 44,3% de compensado. A madeira serrada de folhosas está com a demanda aquecida, dado sua escassez no mercado global em virtude do declínio da produção nos países asiáticos. Já os painéis reconstituídos, segundo RadarSilviconsult, no primeiro trimestre de 2010, a produção brasileira totalizou 1,54 milhão m³, o que correspondeu a 30% de toda a produção de 2009. O consumo aparente no primeiro trimestre apresentou-se mais alto do que a média mensal de 2009. Isto demonstra que o segmento está aquecido e se recuperando da crise mundial do ano passado.
Devido à grande procura por painéis no primeiro trimestre, a maioria das grandes produtoras está com toda a produção negociada até julho deste ano.
No caso dos compensados, enquanto os demais países produtores vêm diminuindo a sua produção e substituindo por novos tipos de painéis, o Brasil vem aumentando a produção e se tornando o líder no mercado deste produto tradicional. Com relação aos preços destes produtos, observa-se que, nos quatro meses deste ano, o preço da madeira serrada apresentou uma ligeira queda de 6%, enquanto que painéis reconstituídos e compensados tiveram altas de 2% e 7%, respectivamente.
Segmento de produtos florestais não-madeireiros
De janeiro a abril de 2010 as exportações da Castanha-do-Pará, Palmito e Ceras Vegetais superaram as importações. Ainda assim, foram registrados déficits na balança comercial brasileira do segmento de produtos florestais não-madeireiros.
Esse déficit foi devido à crescente importação da borracha natural. O fato de o país produzir apenas um terço do que consome, aliado ao aquecimento da economia e ao dólar baixo, estimulou as importações.
Para Heiko Rossmann, diretor da Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha (APABOR), esse déficit pode ser suprido por produção nacional. “O Brasil é o único país no mundo que tem além de clima e solo favoráveis à heveicultura, tecnologia de produção e área disponível para expansão suficiente até mesmo para tornar o país um exportador”, afirmou
Rossmann.
Na opinião do dirigente, o principal limitante hoje para o aumento da área plantada ainda é uma questão financeira, pois a cultura requer alto investimento e seu retorno é de longo prazo. Além disso, uma preocupação recente diz respeito à oferta futura de mão-de-obra para a atividade.
Para que o Brasil alcance auto-suficiência na produção do elastômero em 2025, a área plantada deveria dobrar, considerando uma produtividade média anual de 1.250 kg de borracha seca por hectare para as novas áreas. Porém, se fossem plantados 390 mil hectares adicionais, essa auto-suficiência poderia ser alcançada entre 2011 e 2016.
A área adicional seria responsável pela geração de cerca de 78 mil empregos diretos no campo, somente para a atividade de sangria.
“Hoje tenho refletido sobre a necessidade de o governo federal lançar o quarto Probor [Programa de Incentivo à Produção de Borracha Natural], com recursos destinados a regiões prioritárias e com contra-partida financeira do beneficiário”, disse Rossmann. “Diante do desafio, talvez não se tenha outra solução”.
Segmento de móveis
O valor das exportações do segmento moveleiro, nos quatros primeiros meses do ano de 2010, totalizou US$ 159 milhões, aproximadamente, representando um crescimento de 8,4% em relação ao mesmo período de 2009. As exportações de móveis de madeira para dormitório ocuparam o primeiro lugar em importância, sendo responsável por 48% do valor total; seguido pela categoria “outros tipos de móveis” com 41%. Por sua vez, os móveis de madeira para cozinha e escritório somaram, juntos, 10,8% do valor total das exportações do segmento. Um exemplo do aumento das exportações é o setor moveleiro na região Centro-Oeste que vem sofrendo uma série de mudanças nos últimos anos. Inicialmente, este era conhecido como um grande exportador de madeira bruta para o mercado externo; hoje, móveis inteiramente produzidos na região podem ser encontrados até mesmo na Arábia Saudita.
As importações de moveis de madeira representam apenas 1,8% do valor total das exportações do segmento e menos de 1% do valor total das exportações de todos os produtos do setor florestal, significando que essas favorecem significativamente a composição da balança comercial brasileira. A tendência nesses quatro meses de 2010 foi de queda nas importações, além do caráter aleatório ou irregular das mesmas.
Observa-se que há um crescimento médio das exportações de todos os tipos de móveis em torno de 8,4% ao mês, entre janeiro e abril de 2010, mostrando um mercado bem aquecido e em melhores condições que no ano anterior (2009), quando este se mostrou, em geral, em queda. A expectativa é que essa tendência continue nos próximos meses até 2011. O faturamento estimado nos 60 principais países do setor moveleiro gira em torno de U$$ 376 bilhões. Dentre estes países, destacam-se os Estados Unidos, Itália, Alemanha, Japão, França, Canadá e Reino Unido.
Com relação aos preços destes produtos, observa-se que nestes quatro primeiros meses do ano, o preço de móveis de madeira para escritório apresentou um crescimento de 6% de janeiro a março, com queda em abril. Os móveis de madeira para dormitório tiveram um crescimento de 6,4% de março a abril, enquanto os preços dos demais tipos de móveis oscilaram ao longo destes quatro meses.
Segmento de carvão vegetal
O carvão é um importante insumo na produção de ferro gusa e a maior parte de sua produção é destinada à indústria siderúrgica. Uma vez que o ferro gusa faz parte da balança comercial brasileira, optou-se por analisar o desempenho deste como indicador do desempenho do mercado de carvão. As análises desenvolvidas referem-se a dados de exportação, importação, balança comercial e preço de ferro gusa.
O valor das exportações de ferro gusa nos quatros primeiros meses do ano de 2010 totalizou US$ 4,8 milhões, aproximadamente, tendo um aumento médio de 16,8% ao mês, seguindo a tendência das exportações de produtos siderúrgicos que, em abril de 2010, atingiram 787,2 mil toneladas (442,8 milhões de dólares). Com esse resultado, as exportações em 2010 totalizaram 2,8 milhões de toneladas e 1,6 bilhões de dólares, representando aumento de 34,0% em volume e de 16,0 % em valor quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
As importações tiveram um aumento médio de 14,3% ao mês, sendo de importância significativa, pois anulam, praticamente, em mais de 80 %, o esforço de exportação do produto. O país importou cerca de quatro bilhões, aproximadamente.
Pode-se deduzir, a partir do valor das exportações, em forte expansão, que há um grande volume de produção de ferro gusa, também em crescimento, que por sua vez demandam cada vez mais carvão. Obviamente, o mercado de carvão fica fortalecido e os preços pagos aos produtores ficam mais remuneradores. De fato, os preços do carvão têm aumentado no mercado interno em decorrência do aumento evidente das exportações de ferro gusa. Atualmente os preços do carvão vegetal em Belo Horizonte e Sete Lagoas são R$ 132,00 e R$131,00/mdc, respectivamente. Em maio de 2009, esses mesmos preços eram de R$ 70,00 e R$ 75,00/mdc, respectivamente.
Equipe do Centro de Inteligência em Florestas
Naisy Silva Soares - Economista, MS. Ciência Florestal
Alberto Martins Rezende - Eng. Agrônomo, MS. Economia Rural
Márcio Lopes da Silva - Eng. Florestal, DS. Ciência Florestal
Sidney Araujo Cordeiro – Eng. Florestal, MS. Ciência Florestal
Altair Dias de Moura - Eng. Agrônomo, PhD. Agribusiness Management
*Permitida a reprodução desde que citada a fonte.
Fonte: CIFlorestas - Centro de Inteligência em Florestas
Notícias em destaque

O que a seringueira produz? Conheça mais sobre a árvore amazônica
Na natureza, a seringueira produz látex como mecanismo de defesa contra ferimentos, insetos e microrganismos
A seringueira, conhecida...
(MADEIRA E PRODUTOS)

Queimadas atingiram 30 milhões de hectares no país em 2024
O ano de 2024 registrou 30 milhões de hectares do território nacional atingidos por queimadas. Essa foi a segunda maior...
(QUEIMADAS)

Você sabia que existe uma árvore capaz de produzir até 40 frutas diferentes ao mesmo tempo?
A árvore capaz de dar mais de 40 tipos de frutas distintas é resultado de um trabalho inovador de enxertia, técnica que...
(GERAL)

Fábricas de celulose e de pellets devem impulsionar plantio de eucalipto no RS
Dois grandes projetos que necessitarão de madeira despontam na Região Sul. Enquanto a CMPC projeta a implementação de...
(PAPEL E CELULOSE)

Piso Madeira de Demolição: O que era lixo virou luxo!
Você já pensou em como materiais podem ser reutilizados? Um amigo nosso, ao reformar sua casa, encontrou tábuas de madeira...
(GERAL)

O que a seringueira produz? Conheça mais sobre a árvore amazônica
Na natureza, a seringueira produz látex como mecanismo de defesa contra ferimentos, insetos e microrganismos
A seringueira, conhecida...
(MADEIRA E PRODUTOS)