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Notícias
19
mai
2010
(MEIO AMBIENTE)
Nestlé dá um passo pela floresta
Após campanha do Greenpeace, maior empresa alimentícia do mundo lança nova política interna para excluir o desmatamento de florestas tropicais de sua linha de produção.
A Nestlé, a maior empresa alimentícia do mundo, anunciou hoje a intenção de parar de comprar matéria-prima cuja produção tenha provocado o desmatamento de florestas tropicais.
A empresa se compromete a identificar e excluir de sua lista de fornecedores companhias que possuam ou gerenciem “plantações ou fazendas de alto risco ligadas ao desmatamento”. Nesse grupo entraria, por exemplo, a Sinar Mas, a maior produtora de óleo de dendê e de papel e celulose da Indonésia, caso não siga a nova política da Nestlé, e intermediadoras como a Cargill, que compram da Sinar Mas.
O anúncio acontece depois de o Greenpeace conduzir uma campanha pública mundial que expôs o uso de óleo de dendê, proveniente de áreas recém-desmatadas na Indonésia, para produzir chocolates como o KitKat. Em dois meses, centenas de milhares de pessoas contataram a Nestlé para avisar que não comprariam produtos ligados à destruição das florestas tropicais.
A expansão das plantações de dendê – usado pela indústria alimentícia, cosmética e como biocombustível – é um dos principais vetores de destruição dessas importantes florestas tropicais, lar de espécies ameaçadas como o orangotango. A Indonésia hoje é um dos países campeões de desmatamento do mundo e, por conta disso, terceiro maior emissor de gases do efeito-estufa.
"Ficamos contentes pela Nestlé ter a intenção de dar um tempo para os orangotangos, e convidamos os compradores internacionais, como Carrefour e Wal-Mart, a fazerem o mesmo", afirma o diretor da campanha de Florestas do Greenpeace International, Pat Venditti.
"O passo dado pela Nestlé manda um sinal claro para a Sinar Mas e as demais empresas do setor que a destruição das florestas não é aceitável no mercado global. Elas precisam limpar a cadeia de produção e implementar uma moratória que interrompa a destruição e promova a proteção", diz Venditti. "O Greenpeace vai monitorar de perto o cumprimento e a implantação da política da Nestlé."
Segundo Paulo Adario, diretor da campanha Amazônia, do Greenpeace, "a decisão de um ator mundial como a Nestlé é um claro sinal que o consumidor global não aceita mais estar envolvido com produtos ligados a desmatamento e perda da biodiversidade. Trata-se de uma clara advertência às empresas que, aqui no Brasil, causam, direta ou indiretamente, a destruição de nossas florestas". "Vale também como recado para a bancada ruralista do Congresso: mudar o Código Florestal para permitir mais desmatamento em nada vai ajudar o produtor brasileiro. Ao contrário, vai contribuir para fechar as portas do mercado."
O Greenpeace pede ao governo indonésio que tome atitudes rígidas para conservar as florestas tropicais e de turfa. "Uma moratória protegeria não apenas a natureza como também a reputação de indústrias de óleo e de papel", diz Bustar Maitar, coordenador da campanha na região. "O Greenpeace manterá a pressão tanto no governo da Indonésia quanto nas indústrias que causam a devastação da biodiversidade e do clima”.
A Nestlé, a maior empresa alimentícia do mundo, anunciou hoje a intenção de parar de comprar matéria-prima cuja produção tenha provocado o desmatamento de florestas tropicais.
A empresa se compromete a identificar e excluir de sua lista de fornecedores companhias que possuam ou gerenciem “plantações ou fazendas de alto risco ligadas ao desmatamento”. Nesse grupo entraria, por exemplo, a Sinar Mas, a maior produtora de óleo de dendê e de papel e celulose da Indonésia, caso não siga a nova política da Nestlé, e intermediadoras como a Cargill, que compram da Sinar Mas.
O anúncio acontece depois de o Greenpeace conduzir uma campanha pública mundial que expôs o uso de óleo de dendê, proveniente de áreas recém-desmatadas na Indonésia, para produzir chocolates como o KitKat. Em dois meses, centenas de milhares de pessoas contataram a Nestlé para avisar que não comprariam produtos ligados à destruição das florestas tropicais.
A expansão das plantações de dendê – usado pela indústria alimentícia, cosmética e como biocombustível – é um dos principais vetores de destruição dessas importantes florestas tropicais, lar de espécies ameaçadas como o orangotango. A Indonésia hoje é um dos países campeões de desmatamento do mundo e, por conta disso, terceiro maior emissor de gases do efeito-estufa.
"Ficamos contentes pela Nestlé ter a intenção de dar um tempo para os orangotangos, e convidamos os compradores internacionais, como Carrefour e Wal-Mart, a fazerem o mesmo", afirma o diretor da campanha de Florestas do Greenpeace International, Pat Venditti.
"O passo dado pela Nestlé manda um sinal claro para a Sinar Mas e as demais empresas do setor que a destruição das florestas não é aceitável no mercado global. Elas precisam limpar a cadeia de produção e implementar uma moratória que interrompa a destruição e promova a proteção", diz Venditti. "O Greenpeace vai monitorar de perto o cumprimento e a implantação da política da Nestlé."
Segundo Paulo Adario, diretor da campanha Amazônia, do Greenpeace, "a decisão de um ator mundial como a Nestlé é um claro sinal que o consumidor global não aceita mais estar envolvido com produtos ligados a desmatamento e perda da biodiversidade. Trata-se de uma clara advertência às empresas que, aqui no Brasil, causam, direta ou indiretamente, a destruição de nossas florestas". "Vale também como recado para a bancada ruralista do Congresso: mudar o Código Florestal para permitir mais desmatamento em nada vai ajudar o produtor brasileiro. Ao contrário, vai contribuir para fechar as portas do mercado."
O Greenpeace pede ao governo indonésio que tome atitudes rígidas para conservar as florestas tropicais e de turfa. "Uma moratória protegeria não apenas a natureza como também a reputação de indústrias de óleo e de papel", diz Bustar Maitar, coordenador da campanha na região. "O Greenpeace manterá a pressão tanto no governo da Indonésia quanto nas indústrias que causam a devastação da biodiversidade e do clima”.
Fonte: Greenpeace Brasil
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