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Notícias
18
mai
2010
(MEIO AMBIENTE)
Ratinho vai explorar madeira em 150 mil ha de floresta nativa do Acre
A Radan Administração e Participação Ltda., que tem como sócio majoritário o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, obteve licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para exploração madeireira em 150 mil hectares de floresta nativa, na margem esquerda da BR-364, sentido Tarauacá-Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre.
Os planos de negócio e manejo florestal da Radan, que incluem a instalação de uma indústria de beneficiamento de madeira, foram apresentados pela empresa à Secretaria Executiva de Florestas e Extrativismo, analisados e aprovados pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial do Acre.
Apresentador de um programa de TV local, o jornalista Antonio Klemer disse que Ratinho passou o fim de semana no Acre e partiu nesta manhã para São Paulo.
- Ele ficou hospedado no Terraverde. Minha filha almoçou com ele no sábado e não o entrevistei ontem (domingo) por falta de câmera.
No sábado, o repórter-fotográfico Edison Caetano participou de sobrevôo no helicóptero do governo estadual sobre a região do rio Gregório.
- Havia um homem e uma mulher no helicóptero, que não se identificaram. Sobrevoamos a região onde Ratinho possui a propriedade, mas ninguém nos disse abertamente qual era o objetivo.
A empresa de Ratinho adquiriu duas glebas, em maio de 2002, da Companhia Paranaense de Colonização Agropecuária e Industrial do Acre (Paranacre). Ela tinha conhecimento de que haviam sido destacadas da área inicial da “Gleba Paranacre”, as áreas que foram reconhecidas e demarcadas para os povos Yawanawá/Katukina e Kaxinawá, respectivamente a Terra Indígena Yawanawá do Rio Gregório e a Terra Indígena Kaxinawá da Praia do Carapanã, totalizando 130 mil hectares.
Na verdade a área inicial da Radan era 195 mil hectares, mas foi reduzida porque a empresa aceitou doar parte para comunidades indígenas e menos de 10 mil hectares para assentar posseiros da região que ocupavam a propriedade.
Para colaborar com a disposição de a empresa investir no Acre, o então governador Jorge Viana (PT) cuidou da remoção dos posseiros. Os posseiros foram retirados da área de Ratinho pelo Instituto de Terras do Acre.
Eles foram alocados em outras áreas pertencentes ao Estado do Acre, doadas pela própria empresa, na margem da BR-364, ou em Projetos de Assentamentos do Incra, sem que haja qualquer responsabilidade de indenização por parte da Radan.
Por sugestão de Jorge Viana, a empresa se comprometeu em criar uma zona de amortecimento de 500 metros entre suas divisas e as áreas indígenas, que totaliza aproximadamente 74 quilômetros. A zona foi denominada “área de silêncio”, onde não desenvolverá atividades econômicas, mantendo, no entanto, a posse e propriedade da mesma.
A empresa se viu forçada a ceder a área aos indígenas após a Organização dos Agricultores Extrativistas Yawanawá do Rio Gregório fazer circular Carta Aberta na internet, em setembro de 2005, na qual negou qualquer intenção de negociar suas áreas de ocupação tradicional.
A organização indígena também demonstrou preocupação com o possível início das atividades madeireiras no entorno da terra e reafirmou a intenção de lutar, junto com a etnia dos katukina, pelo pleno reconhecimento do território que tradicionalmente ocupam no rio Gregório.
A carta teve enorme repercussão no país e no exterior e uma delegação Yawanawá foi recebida pelo então governador Jorge Viana, que reiterou a posição favorável do governo estadual em relação à demanda de revisão de limites da TI Rio Gregório.
Logo foi estabelecido um acordo formal entre o governo estadual e a Radan, garantindo a cessão de parte das terras da empresa (cerca de 130 mil hectares) contida na revisão de limites da TI Rio Gregório, bem como a não realização de atividades de manejo madeireiro no entorno da terra indígena.
As medidas contribuíram para a publicação, no Diário Oficial da União (DOU), em abril de 2006, de despacho do presidente da Fundação Nacional do Índio, aprovando a revisão de limites da TI Rio Gregório.
Os planos de negócio e manejo florestal da Radan, que incluem a instalação de uma indústria de beneficiamento de madeira, foram apresentados pela empresa à Secretaria Executiva de Florestas e Extrativismo, analisados e aprovados pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial do Acre.
Apresentador de um programa de TV local, o jornalista Antonio Klemer disse que Ratinho passou o fim de semana no Acre e partiu nesta manhã para São Paulo.
- Ele ficou hospedado no Terraverde. Minha filha almoçou com ele no sábado e não o entrevistei ontem (domingo) por falta de câmera.
No sábado, o repórter-fotográfico Edison Caetano participou de sobrevôo no helicóptero do governo estadual sobre a região do rio Gregório.
- Havia um homem e uma mulher no helicóptero, que não se identificaram. Sobrevoamos a região onde Ratinho possui a propriedade, mas ninguém nos disse abertamente qual era o objetivo.
A empresa de Ratinho adquiriu duas glebas, em maio de 2002, da Companhia Paranaense de Colonização Agropecuária e Industrial do Acre (Paranacre). Ela tinha conhecimento de que haviam sido destacadas da área inicial da “Gleba Paranacre”, as áreas que foram reconhecidas e demarcadas para os povos Yawanawá/Katukina e Kaxinawá, respectivamente a Terra Indígena Yawanawá do Rio Gregório e a Terra Indígena Kaxinawá da Praia do Carapanã, totalizando 130 mil hectares.
Na verdade a área inicial da Radan era 195 mil hectares, mas foi reduzida porque a empresa aceitou doar parte para comunidades indígenas e menos de 10 mil hectares para assentar posseiros da região que ocupavam a propriedade.
Para colaborar com a disposição de a empresa investir no Acre, o então governador Jorge Viana (PT) cuidou da remoção dos posseiros. Os posseiros foram retirados da área de Ratinho pelo Instituto de Terras do Acre.
Eles foram alocados em outras áreas pertencentes ao Estado do Acre, doadas pela própria empresa, na margem da BR-364, ou em Projetos de Assentamentos do Incra, sem que haja qualquer responsabilidade de indenização por parte da Radan.
Por sugestão de Jorge Viana, a empresa se comprometeu em criar uma zona de amortecimento de 500 metros entre suas divisas e as áreas indígenas, que totaliza aproximadamente 74 quilômetros. A zona foi denominada “área de silêncio”, onde não desenvolverá atividades econômicas, mantendo, no entanto, a posse e propriedade da mesma.
A empresa se viu forçada a ceder a área aos indígenas após a Organização dos Agricultores Extrativistas Yawanawá do Rio Gregório fazer circular Carta Aberta na internet, em setembro de 2005, na qual negou qualquer intenção de negociar suas áreas de ocupação tradicional.
A organização indígena também demonstrou preocupação com o possível início das atividades madeireiras no entorno da terra e reafirmou a intenção de lutar, junto com a etnia dos katukina, pelo pleno reconhecimento do território que tradicionalmente ocupam no rio Gregório.
A carta teve enorme repercussão no país e no exterior e uma delegação Yawanawá foi recebida pelo então governador Jorge Viana, que reiterou a posição favorável do governo estadual em relação à demanda de revisão de limites da TI Rio Gregório.
Logo foi estabelecido um acordo formal entre o governo estadual e a Radan, garantindo a cessão de parte das terras da empresa (cerca de 130 mil hectares) contida na revisão de limites da TI Rio Gregório, bem como a não realização de atividades de manejo madeireiro no entorno da terra indígena.
As medidas contribuíram para a publicação, no Diário Oficial da União (DOU), em abril de 2006, de despacho do presidente da Fundação Nacional do Índio, aprovando a revisão de limites da TI Rio Gregório.
Fonte: Terra Magazine
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