Voltar
Notícias
28
abr
2010
(SETOR FLORESTAL)
Eucalipto no Sul, controle no Norte
A Stora Enso, gigante sueco-finlandesa da indústria “florestal”, está conquistando o Brasil em alta velocidade. A ação envolve múltiplos problemas, mas nem os acionistas nem os consumidores parecem preocupados. A América do Sul poderá ser um Oeste Selvagem para a indústria do papel, baseada no eucalipto?
Há cerca de uma década, o exótico eucalipto foi o imã que atraiu os gigantes ocidentais da indústria florestal e do papel para o calor das disputas por terra, corrupção e acusações de crime ambiental na América do Sul e no Extremo Oriente. O desejo eram lucros rápidos.
A produção desloca-se para o Sul, mas o centro de decisões permanece no Norte distante. Neste arranjo, é impossível controlar cada elo da cadeia de produção. Há sempre pontos cegos. A informação sobre problemas nas plantações do Sul quase nunca chega aos ativistas ou à mídia do Norte. Quando isso acontece, a falta de contexto torna impossível desencadear as ações necessárias. Políticos, acionistas e consumidores do Norte ficam sem condições de atuar.
Esta desconexão fez do Sul, durante uma década, o Oeste Selvagem para a indústria de reflorestamento. Quando as leis eram violadas, ou as tensões locais transformavam-se em conflitos, não havia, nos países-sedes, riscos de demissão de dirigentes nem de boicotes de consumidores.
A Stora Enso, finlando-sueca, é uma das muitas grandes empresas que migraram para o Sul, na busca por matérias-primas baratas. É, também uma das grandes companhias obrigadas a enfrentar o fato de que os tempos de Oeste Selvagem estão terminando. ONGs suecas e finlandesas e estão somando forças para que a opinião pública dos dois países preocupe-se com a imagem da empresas. Ela responde com uma campanha agressiva de lavagem de imagem.
Com o enorme crescimento das plantações destinadas à produção de celulose, é pouco provável que as disputas entre as corporações e os camponeses se atenuem. Porém, estas disputas envolveram, na última década, muito mais que disputas locais, no Sul ou no Norte. Elas dizem respeito a uma batalha constante sobre o controle de o que atrai a atenção da mídia no Norte e o que ocorre de fato no Sul.
A fala de João Paulo Rodrigues está em http://www.voima.fi/tiedostot/MST-lyhyt.mp3.
Há cerca de uma década, o exótico eucalipto foi o imã que atraiu os gigantes ocidentais da indústria florestal e do papel para o calor das disputas por terra, corrupção e acusações de crime ambiental na América do Sul e no Extremo Oriente. O desejo eram lucros rápidos.
A produção desloca-se para o Sul, mas o centro de decisões permanece no Norte distante. Neste arranjo, é impossível controlar cada elo da cadeia de produção. Há sempre pontos cegos. A informação sobre problemas nas plantações do Sul quase nunca chega aos ativistas ou à mídia do Norte. Quando isso acontece, a falta de contexto torna impossível desencadear as ações necessárias. Políticos, acionistas e consumidores do Norte ficam sem condições de atuar.
Esta desconexão fez do Sul, durante uma década, o Oeste Selvagem para a indústria de reflorestamento. Quando as leis eram violadas, ou as tensões locais transformavam-se em conflitos, não havia, nos países-sedes, riscos de demissão de dirigentes nem de boicotes de consumidores.
A Stora Enso, finlando-sueca, é uma das muitas grandes empresas que migraram para o Sul, na busca por matérias-primas baratas. É, também uma das grandes companhias obrigadas a enfrentar o fato de que os tempos de Oeste Selvagem estão terminando. ONGs suecas e finlandesas e estão somando forças para que a opinião pública dos dois países preocupe-se com a imagem da empresas. Ela responde com uma campanha agressiva de lavagem de imagem.
Com o enorme crescimento das plantações destinadas à produção de celulose, é pouco provável que as disputas entre as corporações e os camponeses se atenuem. Porém, estas disputas envolveram, na última década, muito mais que disputas locais, no Sul ou no Norte. Elas dizem respeito a uma batalha constante sobre o controle de o que atrai a atenção da mídia no Norte e o que ocorre de fato no Sul.
A fala de João Paulo Rodrigues está em http://www.voima.fi/tiedostot/MST-lyhyt.mp3.
Fonte: Envolverde/Outras Palavras
Notícias em destaque

Por que as bancadas de madeira estão conquistando projetos de alto padrão?
Com beleza natural e múltiplas aplicações, elas são protagonistas no design de interiores contemporâneo
A...
(MADEIRA E PRODUTOS)

O que a seringueira produz? Conheça mais sobre a árvore amazônica
Na natureza, a seringueira produz látex como mecanismo de defesa contra ferimentos, insetos e microrganismos
A seringueira, conhecida...
(MADEIRA E PRODUTOS)

Queimadas atingiram 30 milhões de hectares no país em 2024
O ano de 2024 registrou 30 milhões de hectares do território nacional atingidos por queimadas. Essa foi a segunda maior...
(QUEIMADAS)

Você sabia que existe uma árvore capaz de produzir até 40 frutas diferentes ao mesmo tempo?
A árvore capaz de dar mais de 40 tipos de frutas distintas é resultado de um trabalho inovador de enxertia, técnica que...
(GERAL)

Fábricas de celulose e de pellets devem impulsionar plantio de eucalipto no RS
Dois grandes projetos que necessitarão de madeira despontam na Região Sul. Enquanto a CMPC projeta a implementação de...
(PAPEL E CELULOSE)

Piso Madeira de Demolição: O que era lixo virou luxo!
Você já pensou em como materiais podem ser reutilizados? Um amigo nosso, ao reformar sua casa, encontrou tábuas de madeira...
(GERAL)