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Notícias
20
abr
2010
(PAPEL E CELULOSE)
Celulose em alta; carvão vegetal projeta fomento
O painel de abertura do Fórum Internacional do Agronegócio Florestal tratou das oportunidades de mercado no setor florestal. Representante da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), a executiva Heloísa Dorea Barbosa, destacou a rápida recuperação do setor de celulose, um dos mais abalados pela crise em 2008 e 2009. A tonelada da celulose no mercado internacional vale hoje quase o dobro do que em abril do ano passado, passando de US$ 450 para US$ 840 no período. “Já há rumores de novos aumentos no segundo trimestre”, observou Heloísa.
Os estoques mundiais em baixos níveis e a demanda em alta devem manter aquecidos os preços da celulose no mercado internacional para este segundo trimestre, projeta a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). Em fevereiro, os estoques mundiais chegaram aos patamares mais baixos dos últimos cinco anos, batendo em apenas 27 dias. De acordo com a Bracelpa, alguns fatores contribuem para a continuidade desse quadro, como as paradas de manutenção previstas por indústrias brasileiras, os impactos causados na produção pelo terremoto do Chile e o inverno rigoroso na Escandinávia, que atrasou o corte da madeira. Por outro lado, a demanda segue em alta, projeta Heloísa.
O consumo de papel higiênico, principal produto feito com celulose de fibra curta (eucalipto) deve crescer 4% neste ano, na esteira da melhora do poder de compra em países em desenvolvimento, como China. Até 2025, mesmo com queda em alguns segmentos, como papel jornal, ameaçado pelas mídias eletrônicas, a previsão é de crescimento de 1,5% no consumo mundial de papel, explicou Heloísa.
Para fazer frente a essa demanda, o Brasil tende a ter papel chave. Atualmente com cerca de 6 milhões de hectares de florestas plantadas, o país pode dobrar essa área em 15 anos, projeta. Em palestra no Fórum, o consultor Jefferson Bueno Mendes, da Silviconsult, defendeu que parte desse aumento se dê com arranjos produtivos regionais, formando pequenos polos florestais, com bases a partir de 5 mil hectares. Esse modelo, alternativa para pequenos e médios produtores, deve ser aplicado especialmente em Estados com mercado agrícola já desenvolvido, onde a terra é mais cara, como São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo. “A ideia é fazer o que o Uruguai está fazendo, formando clusters, com florestas não-verticalizadas e voltadas a múltiplos usos”, compara.
Segundo Mendes, a existência de uma parceria público-privada para organizar esses polos e atrair indústrias de diferentes segmentos é fundamental. Os recursos para implantação de florestas já existem, por meio de programas como o Proflora e Pronaf. Já nos Estados com fronteiras agrícolas, a expansão da área de florestas se daria com projetos de grandes empresas.
Outra painelista foi a da representante do Inmetro, Maria Tereza Rezende, que explicou o Cerflor, programa de certificação de florestas com manejo sustentável no Brasil. Ela lembrou que atualmente, cerca de 1,4 milhões de hectares de florestas plantadas possuem a certificação no país. Completou a programação o presidente da Asiflor (Associação das Siderúrgicas para Fomento Florestal), João Câncio de Andrade Araújo. Ele descreveu o mercado de carvão vegetal para alimentar a indústria siderúrgica produtora de ferro gusa mineira. Minas Gerais possui hoje 220 mil hectares de florestas cultivados apenas para produzir esse combustível. A ideia no Estado é reverter a atual configuração da produção, que faz com que 70% das florestas sejam das próprias siderúrgicas e apenas 30% de produtores rurais parceiros. "Temos a meta de chegar a meio a meio, com programas de fomento", afirmou. O modelo de parceria tem a vantagem de manter o médio e pequeno produtores no campo, inseridos na cadeia produtiva.
Os estoques mundiais em baixos níveis e a demanda em alta devem manter aquecidos os preços da celulose no mercado internacional para este segundo trimestre, projeta a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). Em fevereiro, os estoques mundiais chegaram aos patamares mais baixos dos últimos cinco anos, batendo em apenas 27 dias. De acordo com a Bracelpa, alguns fatores contribuem para a continuidade desse quadro, como as paradas de manutenção previstas por indústrias brasileiras, os impactos causados na produção pelo terremoto do Chile e o inverno rigoroso na Escandinávia, que atrasou o corte da madeira. Por outro lado, a demanda segue em alta, projeta Heloísa.
O consumo de papel higiênico, principal produto feito com celulose de fibra curta (eucalipto) deve crescer 4% neste ano, na esteira da melhora do poder de compra em países em desenvolvimento, como China. Até 2025, mesmo com queda em alguns segmentos, como papel jornal, ameaçado pelas mídias eletrônicas, a previsão é de crescimento de 1,5% no consumo mundial de papel, explicou Heloísa.
Para fazer frente a essa demanda, o Brasil tende a ter papel chave. Atualmente com cerca de 6 milhões de hectares de florestas plantadas, o país pode dobrar essa área em 15 anos, projeta. Em palestra no Fórum, o consultor Jefferson Bueno Mendes, da Silviconsult, defendeu que parte desse aumento se dê com arranjos produtivos regionais, formando pequenos polos florestais, com bases a partir de 5 mil hectares. Esse modelo, alternativa para pequenos e médios produtores, deve ser aplicado especialmente em Estados com mercado agrícola já desenvolvido, onde a terra é mais cara, como São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo. “A ideia é fazer o que o Uruguai está fazendo, formando clusters, com florestas não-verticalizadas e voltadas a múltiplos usos”, compara.
Segundo Mendes, a existência de uma parceria público-privada para organizar esses polos e atrair indústrias de diferentes segmentos é fundamental. Os recursos para implantação de florestas já existem, por meio de programas como o Proflora e Pronaf. Já nos Estados com fronteiras agrícolas, a expansão da área de florestas se daria com projetos de grandes empresas.
Outra painelista foi a da representante do Inmetro, Maria Tereza Rezende, que explicou o Cerflor, programa de certificação de florestas com manejo sustentável no Brasil. Ela lembrou que atualmente, cerca de 1,4 milhões de hectares de florestas plantadas possuem a certificação no país. Completou a programação o presidente da Asiflor (Associação das Siderúrgicas para Fomento Florestal), João Câncio de Andrade Araújo. Ele descreveu o mercado de carvão vegetal para alimentar a indústria siderúrgica produtora de ferro gusa mineira. Minas Gerais possui hoje 220 mil hectares de florestas cultivados apenas para produzir esse combustível. A ideia no Estado é reverter a atual configuração da produção, que faz com que 70% das florestas sejam das próprias siderúrgicas e apenas 30% de produtores rurais parceiros. "Temos a meta de chegar a meio a meio, com programas de fomento", afirmou. O modelo de parceria tem a vantagem de manter o médio e pequeno produtores no campo, inseridos na cadeia produtiva.
Fonte: Assessoria de Imprensa citado por Portal Madeira Total
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