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Notícias
30
mar
2010
(DESMATAMENTO)
'Ninguém é mais burro porque desmata'
O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), defendeu neste sábado (27) o uso de incentivos financeiros para a população amazônica com o objetivo de incentivar as pessoas a protegerem a floresta. A ideia é mostrar que pode ser mais lucrativo manter as árvores em pé do que cortá-las.
"Ninguém é mais burro ou mais inteligente porque desmata. As pessoas desmatam para sobreviver. É importante haver unidades de conservação, mas ninguém vai aderir se não existirem compensações econômicas que façam com que as pessoas entendam que a floresta vale mais em pé do que derrubada”.
Braga participa do Fórum Internacional de Sustentabilidade, que reúne empresários e políticos em Manaus. Ele defendeu a adoção de medidas que estimulem a produção na floresta, mas sem causar desmatamento. Ele citou os exemplos da borracha, do cultivo da castanha e da pesca, que no Estado recebem incentivos fiscais para serem produzidos.
Desde 2004 o governo do Amazonas tem um projeto chamado Zona Franca Verde, em que produtores recebem financiamento, incentivos fiscais e ajuda para conseguir compradores para seus produtos. Ele também defendeu o Bolsa Floresta, em que famílias que vivem em unidades de conservação e se comprometem a não desmatar a área recebem R$ 600 por ano como compensação. O projeto é implementado pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) em 14 unidades de conservação do Estado - os recursos vêm de um fundo criado com recursos do governo e de empresas privadas. Cerca de 6.300 famílias recebem o benefício.
Dados de satélite indicam que o desmatamento da Amazônia ainda é alto, apesar de estar em queda. Entre agosto de 2008 e julho de 2009 a floresta perdeu mais de 7.000 km, uma queda de cerca de 45% em um ano, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Foi o menor índice em 21 anos.
Nesta sexta-feira (26), Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, disse que o Brasil ainda precisa entender melhor os benefícios e as vantagens, inclusive econômicas, de preservar a Amazônia e manter a floresta em pé.
"A Amazônia é um tesouro que pertence ao Brasil e pode garantir o futuro do país. Companhias de biotecnologia e cientistas estão começando a reconhecer o valor da floresta como arquivo de informações genéticas, de conhecimento. É algo construído em milhares de anos e que não pode ser feito pelo homem. Isso pode dar lucro e ser sustentável no longo prazo. Ao mesmo tempo, tem muito fazendeiro que mudou para a área e viu que a terra não é tão boa assim para a agricultura. É algo limitado”.
Do lado da fiscalização, o governador reconheceu que é "impossível fazer isso de forma presencial em toda a Amazônia", para coibir e punir quem desmata de forma ilegal. Ele disse que o governo usa métodos de "acupuntura" para combater o desmatamento, usando dados de satélites e informações fornecidas pelo Exército e pela Polícia Federal. Ao identificar uma degradação acima do normal, equipes vão até a região para verificar os abusos.
"Tem que ser uma operação cirúrgica. Ninguém pode sair por aí a esmo achando que vai combater o desmatamento”.
"Ninguém é mais burro ou mais inteligente porque desmata. As pessoas desmatam para sobreviver. É importante haver unidades de conservação, mas ninguém vai aderir se não existirem compensações econômicas que façam com que as pessoas entendam que a floresta vale mais em pé do que derrubada”.
Braga participa do Fórum Internacional de Sustentabilidade, que reúne empresários e políticos em Manaus. Ele defendeu a adoção de medidas que estimulem a produção na floresta, mas sem causar desmatamento. Ele citou os exemplos da borracha, do cultivo da castanha e da pesca, que no Estado recebem incentivos fiscais para serem produzidos.
Desde 2004 o governo do Amazonas tem um projeto chamado Zona Franca Verde, em que produtores recebem financiamento, incentivos fiscais e ajuda para conseguir compradores para seus produtos. Ele também defendeu o Bolsa Floresta, em que famílias que vivem em unidades de conservação e se comprometem a não desmatar a área recebem R$ 600 por ano como compensação. O projeto é implementado pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) em 14 unidades de conservação do Estado - os recursos vêm de um fundo criado com recursos do governo e de empresas privadas. Cerca de 6.300 famílias recebem o benefício.
Dados de satélite indicam que o desmatamento da Amazônia ainda é alto, apesar de estar em queda. Entre agosto de 2008 e julho de 2009 a floresta perdeu mais de 7.000 km, uma queda de cerca de 45% em um ano, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Foi o menor índice em 21 anos.
Nesta sexta-feira (26), Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, disse que o Brasil ainda precisa entender melhor os benefícios e as vantagens, inclusive econômicas, de preservar a Amazônia e manter a floresta em pé.
"A Amazônia é um tesouro que pertence ao Brasil e pode garantir o futuro do país. Companhias de biotecnologia e cientistas estão começando a reconhecer o valor da floresta como arquivo de informações genéticas, de conhecimento. É algo construído em milhares de anos e que não pode ser feito pelo homem. Isso pode dar lucro e ser sustentável no longo prazo. Ao mesmo tempo, tem muito fazendeiro que mudou para a área e viu que a terra não é tão boa assim para a agricultura. É algo limitado”.
Do lado da fiscalização, o governador reconheceu que é "impossível fazer isso de forma presencial em toda a Amazônia", para coibir e punir quem desmata de forma ilegal. Ele disse que o governo usa métodos de "acupuntura" para combater o desmatamento, usando dados de satélites e informações fornecidas pelo Exército e pela Polícia Federal. Ao identificar uma degradação acima do normal, equipes vão até a região para verificar os abusos.
"Tem que ser uma operação cirúrgica. Ninguém pode sair por aí a esmo achando que vai combater o desmatamento”.
Fonte: Portal R7
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