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Notícias

19
mar
2010
(MEIO AMBIENTE)
Mais um bilhão para florestas tropicais
A primeira reunião de alto nível sobre florestas depois da COP-15 ocorreu na quinta-feira passada, na França. O presidente Nicolas Sarkozy recebeu ministros de mais de 60 nações, mais representantes da ONU e do Banco Mundial. A reunião foi dedicada à Redução das Emissões do Desmatamento e Degradação, ou REDD.

Negociações de REDD foram uma das poucas áreas de grande progresso em Copenhague, com um acordo final impedido apenas pela falta de um acordo climático global. O Acordo de Copenhague contém um parágrafo específico sobre o REDD+, em que os países concordam sobre a necessidade de estabelecimento imediato de um mecanismo para permitir a mobilização de recursos financeiros dos países desenvolvidos. Além disso, pouco antes da adoção de Acordo de Copenhague, os Estados Unidos, Austrália, França, Japão, Noruega e Reino Unido se comprometeram com 3,5 bilhões de dólares para financiamento das atividades de REDD+.

Na semana passada, em Paris, foi comprometido mais um bilhão de dólares para reduzir desmatamento e degradação das florestas tropicais e eventualmente aumentar seus estoques de carbono. Além disso, foi formado um grupo de trabalho que visa elaborar um plano concreto e detalhado para a implantação de um regime de REDD+ para levar para a COP no México, em dezembro.

Apesar de reconhecimento mundial de importância de REDD, existem ainda vários assuntos que precisam ser resolvidos até o México. Um deles é o mecanismo de financiamento. Numa entrevista coletiva realizada em 20 de janeiro em Bonn, Yvo de Boer, secretário da UNFCCC, disse que os 3,5 bilhões de doláres não foram prometidos para a UNFCCC e que as instituições "existentes" – UN-REDD e o Banco Mundial – "poderiam ser vias de financiamento, uma vez que a UNFCCC ainda não adotou um quadro de REDD através do qual seria possível canalizar os recursos". Outro assunto é o tal do "MRV" (mensurável, reportável e verificável) que, no caso, se aplica não somente ao monitoramento de redução de emissões mas também à distribuição de recursos.

Os diversos atores do setor florestal internacional – governos dos países em desenvolvimento, ONGs ambientais, a ONU e o Banco Mundial – estão agora ansiosos para ver que esse impulso não será perdido. O acordo sobre os princípios de REDD + e as salvaguardas para florestas e povos indígenas, junto com o financiamento conseguido, representam uma oportunidade crucial para mobilizar uma ação rápida.

Fonte: Portal Exame

ITTO Sindimadeira_rs