Voltar
Notícias
27
fev
2010
(SETOR FLORESTAL)
Florestas em expansão
Com pesquisa avançada e condições climáticas ideais, o eucalipto já ocupa uma área plantada de 5 milhões de hectares.
O plantio de florestas para a produção de papel e celulose é apontado como uma das fronteiras mais promissoras do agronegócio no Brasil. Na última década, as empresas investiram 12 bilhões de dólares para aumentar a capacidade de produção e agora estão se preparando para outro salto. Nos próximos dez anos, o setor planeja investir mais 14 bilhões de dólares. O objetivo é ampliar ainda mais a capacidade das fábricas e dobrar a área de florestas. Atualmente, há 5 milhões de hectares ocupados por eucaliptos e pinus no Brasil. O cenário internacional é extremamente favorável à concretização desses planos. Nos últimos anos, competidores do Brasil enfrentaram restrições para expandir a base florestal e os preços internacionais subiram. Na última década, as exportações brasileiras triplicaram. Os preços da celulose de fibra curta, a mais produzida no Brasil, superam os 530 dólares por tonelada na Europa, uma alta de 16% sobre os valores de dois anos atrás. Nos Estados Unidos, o preço atingiu 575 dólares por tonelada.
A maior vantagem brasileira nessa área está dentro do próprio país. As condições ambientais são ideais e a pesquisa genética está muito avançada. Enquanto por aqui o eucalipto precisa de sete anos para crescer, as florestas de outras regiões da América do Sul levam 12 anos. Em países como Portugal e Espanha as árvores precisam de 15 anos para entrar em produção. Na Finlândia e no Canadá, alguns dos gigantes desse mercado, as florestas entram em produção somente após 20 anos. O resultado das pesquisas é impressionante. No Brasil, alguns tipos de eucalipto produzem, em média, 40 metros cúbicos por hectare ao ano, o dobro do que obtinha 20 anos atrás. Em virtude dessas características, segundo os investidores o Brasil tem um dos menores custos de produção do mundo. Para a celulose, situa-se em 155 dólares por tonelada, metade do custo de produzir no Canadá e nos Estados Unidos.
O Brasil já conquistou posição de destaque no comércio mundial de celulose. É o sétimo maior fabricante mundial. Apesar de ser um grande produtor, o saldo na balança comercial do setor ainda é relativamente pequeno. O superávit anual de 3 bilhões de dólares é inferior a 1% dos negócios. O Canadá, primeiro no ranking mundial de comércio de papel e celulose, gera um saldo positivo 20 vezes maior com o comércio de produtos florestais. Os Estados Unidos, o segundo colocado, geram 34 bilhões de dólares anuais, e a Finlândia mais de 20 bilhões de dólares anuais.
Segundo as empresas, estão dentro do Brasil os principais fatores que podem inibir a expansão do negócio nesse mercado. Um dos mais importantes é a carga tributária elevada. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas, Carlos Aguiar, diz que 13% do dinheiro investido recentemente por uma empresa para construir uma nova planta para a produção de papel e celulose foi consumido por impostos. No Chile, segundo o executivo, a carga tributária para o setor não ultrapassa 1,5%.
Apesar de os indicadores serem em geral favoráveis, paira uma nuvem carregada sobre a indústria de papel e celulose no Brasil. Algumas teorias defendem a idéia de que as florestas de eucalipto são extremamente prejudiciais ao meio ambiente. Outras acusam o eucalipto de gerar miséria por onde passa, uma vez que o manejo das florestas requer pouca mão-de-obra. Ninguém foi capaz de demonstrar cientificamente essas teses, porém elas ecoam em alguns departamentos do governo, são sustentadas por várias ONGs e acabaram abraçadas pelo MST. O debate caloroso em torno do eucalipto resultou em uma série de iniciativas no âmbito legislativo. No Congresso Nacional, tramitam dois projetos de lei. Um visa limitar o plantio de espécies exóticas, como o eucalipto, que é originário da Austrália. O outro projeto incentiva a formação dessas florestas.
Especialistas dizem que, no passado, a formação de florestas de eucalipto realmente causou problemas sociais e ambientais. Essa herança explicaria muitas das controvérsias a respeito dessa cultura. Em razão dos avanços no front da pesquisa nos últimos anos, o setor merece ser examinado com mais atenção.
O plantio de florestas para a produção de papel e celulose é apontado como uma das fronteiras mais promissoras do agronegócio no Brasil. Na última década, as empresas investiram 12 bilhões de dólares para aumentar a capacidade de produção e agora estão se preparando para outro salto. Nos próximos dez anos, o setor planeja investir mais 14 bilhões de dólares. O objetivo é ampliar ainda mais a capacidade das fábricas e dobrar a área de florestas. Atualmente, há 5 milhões de hectares ocupados por eucaliptos e pinus no Brasil. O cenário internacional é extremamente favorável à concretização desses planos. Nos últimos anos, competidores do Brasil enfrentaram restrições para expandir a base florestal e os preços internacionais subiram. Na última década, as exportações brasileiras triplicaram. Os preços da celulose de fibra curta, a mais produzida no Brasil, superam os 530 dólares por tonelada na Europa, uma alta de 16% sobre os valores de dois anos atrás. Nos Estados Unidos, o preço atingiu 575 dólares por tonelada.
A maior vantagem brasileira nessa área está dentro do próprio país. As condições ambientais são ideais e a pesquisa genética está muito avançada. Enquanto por aqui o eucalipto precisa de sete anos para crescer, as florestas de outras regiões da América do Sul levam 12 anos. Em países como Portugal e Espanha as árvores precisam de 15 anos para entrar em produção. Na Finlândia e no Canadá, alguns dos gigantes desse mercado, as florestas entram em produção somente após 20 anos. O resultado das pesquisas é impressionante. No Brasil, alguns tipos de eucalipto produzem, em média, 40 metros cúbicos por hectare ao ano, o dobro do que obtinha 20 anos atrás. Em virtude dessas características, segundo os investidores o Brasil tem um dos menores custos de produção do mundo. Para a celulose, situa-se em 155 dólares por tonelada, metade do custo de produzir no Canadá e nos Estados Unidos.
O Brasil já conquistou posição de destaque no comércio mundial de celulose. É o sétimo maior fabricante mundial. Apesar de ser um grande produtor, o saldo na balança comercial do setor ainda é relativamente pequeno. O superávit anual de 3 bilhões de dólares é inferior a 1% dos negócios. O Canadá, primeiro no ranking mundial de comércio de papel e celulose, gera um saldo positivo 20 vezes maior com o comércio de produtos florestais. Os Estados Unidos, o segundo colocado, geram 34 bilhões de dólares anuais, e a Finlândia mais de 20 bilhões de dólares anuais.
Segundo as empresas, estão dentro do Brasil os principais fatores que podem inibir a expansão do negócio nesse mercado. Um dos mais importantes é a carga tributária elevada. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas, Carlos Aguiar, diz que 13% do dinheiro investido recentemente por uma empresa para construir uma nova planta para a produção de papel e celulose foi consumido por impostos. No Chile, segundo o executivo, a carga tributária para o setor não ultrapassa 1,5%.
Apesar de os indicadores serem em geral favoráveis, paira uma nuvem carregada sobre a indústria de papel e celulose no Brasil. Algumas teorias defendem a idéia de que as florestas de eucalipto são extremamente prejudiciais ao meio ambiente. Outras acusam o eucalipto de gerar miséria por onde passa, uma vez que o manejo das florestas requer pouca mão-de-obra. Ninguém foi capaz de demonstrar cientificamente essas teses, porém elas ecoam em alguns departamentos do governo, são sustentadas por várias ONGs e acabaram abraçadas pelo MST. O debate caloroso em torno do eucalipto resultou em uma série de iniciativas no âmbito legislativo. No Congresso Nacional, tramitam dois projetos de lei. Um visa limitar o plantio de espécies exóticas, como o eucalipto, que é originário da Austrália. O outro projeto incentiva a formação dessas florestas.
Especialistas dizem que, no passado, a formação de florestas de eucalipto realmente causou problemas sociais e ambientais. Essa herança explicaria muitas das controvérsias a respeito dessa cultura. Em razão dos avanços no front da pesquisa nos últimos anos, o setor merece ser examinado com mais atenção.
Fonte: Estadão
Notícias em destaque

Veracel é considerada uma das melhores empresas para trabalhar pelo ranking GPTW de Diversidade
Empresa foi reconhecida por suas práticas de inclusão e equidade no ambiente corporativo e no território onde atua
A...
(GERAL)

Espírito Madeira 2025 promete impulsionar negócios e inovação nas Montanhas Capixabas
Participe da 3ª edição da Espírito Madeira – Design de Origem e descubra um dos principais eventos dedicados ao...
(EVENTOS)

Exportações de celulose do Brasil mantêm competitividade diante de incertezas globais
Moody’s destaca vantagens do setor no país, mesmo com tensões comerciais e menor demanda da China
As exportadoras de...
(MERCADO)

Árvores da Amazônia revelam cenário preocupante no bioma
Análises feitas em duas espécies de árvores revelaram mudanças importantes no ciclo de chuvas na Amazônia nos...
(GERAL)

Forro de madeira: como ele transforma ambientes com charme, conforto e personalidade
Uma solução versátil que une estética natural, isolamento térmico e valorização do projeto...
(MADEIRA E PRODUTOS)

Por que as bancadas de madeira estão conquistando projetos de alto padrão?
Com beleza natural e múltiplas aplicações, elas são protagonistas no design de interiores contemporâneo
A...
(MADEIRA E PRODUTOS)