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Vislumbram-se novos cenários para a silvicultura brasileira! A crise de 2008 proporcionou abrupta interrupção num novo ciclo de expansão que vinha acontecendo no setor.
Paralisações dos serviços de plantios e de colheita, impactos negativos em toda a cadeia de produtos e de serviços, programas de fomento e fomentados marginalizados, etc.
De outro lado, surgiram as novas fronteiras com grandes empreendimentos, consolidou-se a atuação das TIMOS (Gestores de Investimentos Florestais) com novos investidores, acirraram-se as discussões sobre o Código Florestal e a reunião sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, reacendeu de forma muito branda, para não se manter otimista, as expectativas com respeito à criação de mecanismos para alavancar novos plantios de floresta.
Enfim, juntando o que houve de positivo e negativo, no início de 2010, temos a sensação de que novos cenários poderão ser vislumbrados para a silvicultura brasileira nos próximos anos! Sinalizar com precisão matemática é quase impossível, mas tendências, que repetem histórias do passado, permitem algumas conclusões:
- parte significativa da expansão da silvicultura vai se dar por conta da agressiva participação das Timos. Esse interesse de investidores externos deverá provocar a curiosidade e o interesse de investidores brasileiros.
Conclusão: a expansão vai se dar com gente nova e com novos valores. Dificilmente, escaparemos das discussões sobre custos e produtividade. Problemas de sempre, mas aferidos com instrumentos tecnológicos sem paixão, muita precisão e nível de tolerância quase zero!
- vão aumentar as dificuldades para os programas de fomento em algumas regiões, principalmente naquelas em que as empresas que fomentavam deixaram seus parceiros por conta do departamento jurídico. Um verdadeiro tiro no pé e que terá alto custo para uma inevitável aproximação!
-o buraco gerado pela crise não foi coberto e com certeza vai faltar madeira e o preço, em médio prazo, deverá subir bem acima das conservadoras previsões anterior. Esse quadro vai se tornando cada vez mais grave, quanto mais demorar a reação do pós-crise. Aparentemente, a ressaca está longe de ser deixada para trás.
- a silvicultura nas novas fronteiras vai reviver problemas antigos e solucionados nas regiões tradicionais. Nem sempre a receita conhecida dará resultado e atenção especial será demandada na seleção de material genético, nutrição, espaçamentos, etc. Vai valer muito a experiência do silvicultor de nariz queimado e de bota suja de barro. Mosca branca nessas condições em que se exigem soluções para ontem!
- os problemas burocráticos oriundos da complexa legislação dos estados, nas novas fronteiras, deverão ser agravados pelo aumento da demanda, falta de estrutura dos órgãos estaduais e vamos torcer para que não se estabeleçam dificuldades e caminhos tortuosos para soluções de problemas do dia-a-dia, corriqueiramente, resolvidos em outros estados. A novidade deverá gerar muitas oportunidades, mas cuidado especial deverá ser tomado com os oportunistas.
Nenhum dos cenários deverá criar dificuldades insuperáveis à silvicultura brasileira. Com certeza, um setor desenvolvido com base nos princípios da sustentabilidade, só vai se sentir ainda mais fortalecido com respostas objetivas a eventuais questionamentos!
Fonte: Painel Florestal
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