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Notícias
27
jan
2010
(INDÚSTRIA)
Falta de mão-de-obra atinge silvicultura em MS e o Brasil como um todo
O mercado de trabalho foi um dos últimos a se recuperar da crise, mas o medo de perder o emprego já é passado para os brasileiros. Empresas, comércio e serviços não só voltaram a contratar, como falta trabalhadores com qualificação suficiente para preencher vagas. Empresários e analistas temem a repetição do "apagão de mão-de-obra" de 2008, o que comprometeria o avanço sustentável da economia.
"Toda vez que o Brasil cresce 4,5% ou mais, falta mão de obra qualificada", disse o professor da Universidade de São Paulo (USP) José Pastore, especialista em trabalho, em entrevista à Agência Estado. No mercado, prevê-se que o Produto Interno Bruto (PIB) suba de 5% a 6% este ano. O déficit de trabalhadores qualificados é preocupante na construção civil, mas ocorre também no agronegócio, na saúde, em hotéis e até em alguns ramos da indústria.
Uma estimativa da consultoria LCA, com base no Cadastro Geral de Trabalhadores (Caged) e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), aponta que o número de brasileiros empregados atingiu 32,28 milhões em novembro de 2009, 1,1 milhão a mais que em outubro de 2008, antes da crise, quando o problema de falta de mão-de-obra qualificada era grave. Em dezembro, com a demissão dos temporários contratados para o Natal, caiu para 31,87 milhões, 685 mil a mais que antes da crise.
Há uma diferença entre os setores. Na construção, no comércio e nos serviços, o número de empregados supera o nível anterior à crise. Na indústria, há 289 mil pessoas sem emprego em relação a outubro de 2008. "Tem um estoque de trabalhadores qualificados à disposição no setor", disse o economista da LCA Fábio Romão. Ele prevê que a indústria retomará o nível de antes da crise em meados do ano. "Em alguns meses, teremos falta de mão qualificada geral", prevê o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.
Nota da redação do Painel:
Esta falta de mão-de-obra já é sentida no Mato Grosso do Sul no setor de silvicultura. Empresas que implantam florestas não encontram mais funcionários para poder cumprir suas metas junto aos clientes.
Novas empresas que chegam ao mercado do Estado estão sendo obrigadas a pagar mais para poder contratar funcionários.
Segundo Ricardo Nassif, da Ambient Reflorestadora, "este mês mesmo perdi vários funcionários que saíram para ganhar mais numa empresa que veio de Minas Gerais, estou tendo de ir a outras cidades do interior para contratar. O duro que daqui há 3 meses quando acabar o contrato da outra empresa com o produtor rural eles vão voltar e os salários já não serão os mesmos. Temos que tomar cuidado para não trabalharmos fora da realidade e inflacionarmos o mercado, aí a conta vai cair no bolso do produtor".
Segundo ele, o bom seria que houvesse no Estado e em todo o Brasil, empresas que qualificassem mão-de-obra para o setor de silvicultura.
"Se por aqui tivesse um 'gato' como tem no setor de canavieiro, talvez conseguíssemos arrebatar este pessoal que tanto precisamos. Como não tem, temos de fazer o trabalho de ir de cidade em cidade", salientou.
"Toda vez que o Brasil cresce 4,5% ou mais, falta mão de obra qualificada", disse o professor da Universidade de São Paulo (USP) José Pastore, especialista em trabalho, em entrevista à Agência Estado. No mercado, prevê-se que o Produto Interno Bruto (PIB) suba de 5% a 6% este ano. O déficit de trabalhadores qualificados é preocupante na construção civil, mas ocorre também no agronegócio, na saúde, em hotéis e até em alguns ramos da indústria.
Uma estimativa da consultoria LCA, com base no Cadastro Geral de Trabalhadores (Caged) e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), aponta que o número de brasileiros empregados atingiu 32,28 milhões em novembro de 2009, 1,1 milhão a mais que em outubro de 2008, antes da crise, quando o problema de falta de mão-de-obra qualificada era grave. Em dezembro, com a demissão dos temporários contratados para o Natal, caiu para 31,87 milhões, 685 mil a mais que antes da crise.
Há uma diferença entre os setores. Na construção, no comércio e nos serviços, o número de empregados supera o nível anterior à crise. Na indústria, há 289 mil pessoas sem emprego em relação a outubro de 2008. "Tem um estoque de trabalhadores qualificados à disposição no setor", disse o economista da LCA Fábio Romão. Ele prevê que a indústria retomará o nível de antes da crise em meados do ano. "Em alguns meses, teremos falta de mão qualificada geral", prevê o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.
Nota da redação do Painel:
Esta falta de mão-de-obra já é sentida no Mato Grosso do Sul no setor de silvicultura. Empresas que implantam florestas não encontram mais funcionários para poder cumprir suas metas junto aos clientes.
Novas empresas que chegam ao mercado do Estado estão sendo obrigadas a pagar mais para poder contratar funcionários.
Segundo Ricardo Nassif, da Ambient Reflorestadora, "este mês mesmo perdi vários funcionários que saíram para ganhar mais numa empresa que veio de Minas Gerais, estou tendo de ir a outras cidades do interior para contratar. O duro que daqui há 3 meses quando acabar o contrato da outra empresa com o produtor rural eles vão voltar e os salários já não serão os mesmos. Temos que tomar cuidado para não trabalharmos fora da realidade e inflacionarmos o mercado, aí a conta vai cair no bolso do produtor".
Segundo ele, o bom seria que houvesse no Estado e em todo o Brasil, empresas que qualificassem mão-de-obra para o setor de silvicultura.
"Se por aqui tivesse um 'gato' como tem no setor de canavieiro, talvez conseguíssemos arrebatar este pessoal que tanto precisamos. Como não tem, temos de fazer o trabalho de ir de cidade em cidade", salientou.
Fonte: Paraná Online
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