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Notícias
20
jan
2010
(CARBONO)
Consultoria prevê retração de mercado de CO2 em 2010
Crescimento do comércio de carbono foi de apenas 5% em valores em 2009 e a tendência é que o cenário se mantenha assim neste ano, porém as previsões seguem promissoras para 2020, quando o mercado pode chegar a US$ 1,4 trilhões.
Apesar das previsões a longo prazo ainda serem de crescimento, a Bloomberg New Energy Finance (NEF) prevê em uma análise divulgada nesta segunda-feira (18) que pela primeira vez o mercado global de carbono tenha uma leve contração neste ano depois de um modesto crescimento em 2009.
A principal razão para a queda seria uma estabilização nos preços e as mudanças no tratamento de produtos ligados ao carbono (como as permissões de emissão – EUA) para acabar com a chamada fraude do carrossel, que respondeu por um grande volume das transações em 2009.
Os fraudadores pediam o ressarcimento do imposto VAT (espécie de ICMS) ao exportar créditos de carbono entre os países da União Européia, afirmando ter pago o imposto quando na verdade não o haviam feito.
No ano passado, a fraude carrossel levou a um crescimento de 96% no volume negociado em relação a 2008, o que não foi nem de perto acompanhado em valores. O mercado chegou a US$ 125 bilhões tendo crescido apenas 5% em valores com relação a 2008 (US$ 119 bilhões). Este foi o menor crescimento anual do mercado desde 2004, que de 2007 a 2008 subiu 83%.
“A recessão associada à falta de apetite dos compradores por produtos de carbono pressionou os preços para baixo em todos os grandes mercados, incluindo o EU ETS e o mercado secundário de RCEs. Comparado com o preço médio das EUAs em 2008 (€24 a tonelada), 2009 viu os preços caírem para um valor tão baixo quanto €8,2 a tonelada em 13 de fevereiro, com uma média de €14 a tonelada no ano”, diz a consultoria.
Para 2010, a NEF prevê que o volume de comércio por parte das fornecedoras de energia cresça, já que elas devem começar a se preparar para a terceira fase do Esquema de Comércio de Emissões da União Européia (EU ETS) – 2013 a 2020 – comprando permissões de emissão (EUAs).
Contudo, este movimento deve gerar apenas 100 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (MT/CO2 eq) em negócios adicionais, o que seria insuficiente para compensar as transações que envolviam VAT e que chegaram a 400MT/COeq no ano passado.
“O ano de 2009 foi atípico para o mercado de carbono em muitos aspectos. Mesmo que em termo de valores o mercado acabe baixo em 2010, as perspectivas a longo prazo são boas visto que as metas européias devem se tornar mais duras e diversos outros países avaliam a criação de esquemas próprios de ‘cap-and-trade’”, comentou o diretor de pesquisas em mercado de carbono da Bloomberg New Energy FInance, Guy Turner.
Futuro promissor
Para além de 2011, as atividades devem ter uma retomada, segundo a consultoria, levadas pela necessidade das empresas de energia de garantir que estejam cobertas nos leilões pós-2012, e um aumento de atividades em antecipação aos novos comércios na Austrália e Estados Unidos.
E as previsões para 2020 continuam altas – o mercado global de carbono deve valer US$ 1,4 trilhões em 2020, diz. Apesar da Conferência das Nações Unidas de Mudanças Climáticas de Copenhague ter falhado em fechar um acordo forte e vinculante, a NEF avalia que algumas políticas a nível nacional têm tido um efeito positivo.
O EU ETS, principal mercado de carbono do mundo, confirmou sua posição em 2020 sobre o Pacote de Energia e Clima. Nos Estados Unidos, por sua vez, está cada vez mais próxima a aprovação de uma legislação para criar um esquema de comércio de emissões (cap-and-trade) nacional. Na Austrália, apesar do Senado ter votado contra um esquema nacional, o projeto foi retomado para ser votado em fevereiro deste ano.
“O crescimento futuro do mercado mundial de carbono não será determinado pelo sucesso, ou fracasso, do processo liderado pela ONU para fechar um acordo legalmente obrigatório, mas sim no progresso das legislações climáticas a nível nacional”, analisa a consultoria.
Apesar das previsões a longo prazo ainda serem de crescimento, a Bloomberg New Energy Finance (NEF) prevê em uma análise divulgada nesta segunda-feira (18) que pela primeira vez o mercado global de carbono tenha uma leve contração neste ano depois de um modesto crescimento em 2009.
A principal razão para a queda seria uma estabilização nos preços e as mudanças no tratamento de produtos ligados ao carbono (como as permissões de emissão – EUA) para acabar com a chamada fraude do carrossel, que respondeu por um grande volume das transações em 2009.
Os fraudadores pediam o ressarcimento do imposto VAT (espécie de ICMS) ao exportar créditos de carbono entre os países da União Européia, afirmando ter pago o imposto quando na verdade não o haviam feito.
No ano passado, a fraude carrossel levou a um crescimento de 96% no volume negociado em relação a 2008, o que não foi nem de perto acompanhado em valores. O mercado chegou a US$ 125 bilhões tendo crescido apenas 5% em valores com relação a 2008 (US$ 119 bilhões). Este foi o menor crescimento anual do mercado desde 2004, que de 2007 a 2008 subiu 83%.
“A recessão associada à falta de apetite dos compradores por produtos de carbono pressionou os preços para baixo em todos os grandes mercados, incluindo o EU ETS e o mercado secundário de RCEs. Comparado com o preço médio das EUAs em 2008 (€24 a tonelada), 2009 viu os preços caírem para um valor tão baixo quanto €8,2 a tonelada em 13 de fevereiro, com uma média de €14 a tonelada no ano”, diz a consultoria.
Para 2010, a NEF prevê que o volume de comércio por parte das fornecedoras de energia cresça, já que elas devem começar a se preparar para a terceira fase do Esquema de Comércio de Emissões da União Européia (EU ETS) – 2013 a 2020 – comprando permissões de emissão (EUAs).
Contudo, este movimento deve gerar apenas 100 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (MT/CO2 eq) em negócios adicionais, o que seria insuficiente para compensar as transações que envolviam VAT e que chegaram a 400MT/COeq no ano passado.
“O ano de 2009 foi atípico para o mercado de carbono em muitos aspectos. Mesmo que em termo de valores o mercado acabe baixo em 2010, as perspectivas a longo prazo são boas visto que as metas européias devem se tornar mais duras e diversos outros países avaliam a criação de esquemas próprios de ‘cap-and-trade’”, comentou o diretor de pesquisas em mercado de carbono da Bloomberg New Energy FInance, Guy Turner.
Futuro promissor
Para além de 2011, as atividades devem ter uma retomada, segundo a consultoria, levadas pela necessidade das empresas de energia de garantir que estejam cobertas nos leilões pós-2012, e um aumento de atividades em antecipação aos novos comércios na Austrália e Estados Unidos.
E as previsões para 2020 continuam altas – o mercado global de carbono deve valer US$ 1,4 trilhões em 2020, diz. Apesar da Conferência das Nações Unidas de Mudanças Climáticas de Copenhague ter falhado em fechar um acordo forte e vinculante, a NEF avalia que algumas políticas a nível nacional têm tido um efeito positivo.
O EU ETS, principal mercado de carbono do mundo, confirmou sua posição em 2020 sobre o Pacote de Energia e Clima. Nos Estados Unidos, por sua vez, está cada vez mais próxima a aprovação de uma legislação para criar um esquema de comércio de emissões (cap-and-trade) nacional. Na Austrália, apesar do Senado ter votado contra um esquema nacional, o projeto foi retomado para ser votado em fevereiro deste ano.
“O crescimento futuro do mercado mundial de carbono não será determinado pelo sucesso, ou fracasso, do processo liderado pela ONU para fechar um acordo legalmente obrigatório, mas sim no progresso das legislações climáticas a nível nacional”, analisa a consultoria.
Fonte: Carbono Brasil
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