Voltar
Notícias
07
dez
2009
(MADEIRA E PRODUTOS)
Em um ano, Piracicaba (SP) consumiu mil caminhões de madeira amazônica
Município do inteior de São Paulo tem 358 mil habitantes. Maior parte da madeira foi usada na construção civil.
Apenas em 2008, cerca de mil caminhões de madeira saíram da Amazônia rumo a Piracicaba, no interior de São Paulo. A cidade, de 358 mil habitantes, consumiu nesse ano 11 mil metros cúbicos de madeira serrada – o equivalente a cerca de 25 mil m³ de toras, ou 6,6 mil árvores. Os números foram obtidos por uma pesquisa da ONG Imaflora, que tem sede na cidade.
Para produzir toda essa matéria-prima de forma sustentável, sem destruir a floresta, o Imaflora calcula que seriam necessários cerca de 660 km² de mata - o equivalente a metade do município de Piracicaba.
A maior parte dessa madeira (68%) foi adquirida pelo consumidor final para uso na construção civil em telhados, portas e formas. Uma menor parte (16%) foi consumida por construtoras e o restante (16%) foi usado por marcenarias e indústrias de materiais feitos de madeira, como móveis.
Ao contrário do que se imagina, a maior parte da madeira usada é de baixa qualidade: apesar de ser resistente, não tem bom acabamento. Segundo o estudo, 69,1% do volume total era de espécies como cambará, garapeira, cedroarana e cedrinho, geralmente usados como madeira bruta na construção civil.
Para fazer o levantamento, o Imaflora consultou 71 empresas entre depósitos de madeira, materiais para construção e indústrias de móveis. A ONG não avaliou se a madeira vendida tinha origem legal.
Segundo leonardo Sobral, coordenador de certificação do Imaflora, os resultados da pesquisa em Piracicaba não servem como parâmetro para o restante do país, mas podem indicar como é o consumo no estado, já que as cidades do interior de São Paulo têm perfil econômico semelhante entre si.
Consumidor tem que exigir
As empresas ouvidas pelo Imaflora informaram que raramente são questionadas sobre a origem da madeira que vendem. Por isso, a ONG pede para que os consumidores comecem a questionar as lojas. “Na nossa visão, não é necessário diminuir o consumo de madeira, mas utilizar madeira que venha de fontes sustentáveis”, afirma Sobral.
Veja, abaixo, algumas dicas deles para que, mesmo estando em São Paulo, seja possível ajudar a diminuir o desmatamento ilegal da Amazônia:
Dicas da ONG Imaflora para comprar madeira de origem legal:
• Exija nota fiscal do produto;
• Peça o Documento de Origem Florestal (DOF) ou a Guia Florestal (GF), que comprovam a origem legal da madeira;
• Verifique se a empresa tem Cadastro Técnico Federal (CTF). Isso quer dizer que ela é cadastrada junto ao Ibama;
• Sempre que possível reutilize a madeira adquirida;
• Dê preferência a madeira com a certificação FSC.
Apenas em 2008, cerca de mil caminhões de madeira saíram da Amazônia rumo a Piracicaba, no interior de São Paulo. A cidade, de 358 mil habitantes, consumiu nesse ano 11 mil metros cúbicos de madeira serrada – o equivalente a cerca de 25 mil m³ de toras, ou 6,6 mil árvores. Os números foram obtidos por uma pesquisa da ONG Imaflora, que tem sede na cidade.
Para produzir toda essa matéria-prima de forma sustentável, sem destruir a floresta, o Imaflora calcula que seriam necessários cerca de 660 km² de mata - o equivalente a metade do município de Piracicaba.
A maior parte dessa madeira (68%) foi adquirida pelo consumidor final para uso na construção civil em telhados, portas e formas. Uma menor parte (16%) foi consumida por construtoras e o restante (16%) foi usado por marcenarias e indústrias de materiais feitos de madeira, como móveis.
Ao contrário do que se imagina, a maior parte da madeira usada é de baixa qualidade: apesar de ser resistente, não tem bom acabamento. Segundo o estudo, 69,1% do volume total era de espécies como cambará, garapeira, cedroarana e cedrinho, geralmente usados como madeira bruta na construção civil.
Para fazer o levantamento, o Imaflora consultou 71 empresas entre depósitos de madeira, materiais para construção e indústrias de móveis. A ONG não avaliou se a madeira vendida tinha origem legal.
Segundo leonardo Sobral, coordenador de certificação do Imaflora, os resultados da pesquisa em Piracicaba não servem como parâmetro para o restante do país, mas podem indicar como é o consumo no estado, já que as cidades do interior de São Paulo têm perfil econômico semelhante entre si.
Consumidor tem que exigir
As empresas ouvidas pelo Imaflora informaram que raramente são questionadas sobre a origem da madeira que vendem. Por isso, a ONG pede para que os consumidores comecem a questionar as lojas. “Na nossa visão, não é necessário diminuir o consumo de madeira, mas utilizar madeira que venha de fontes sustentáveis”, afirma Sobral.
Veja, abaixo, algumas dicas deles para que, mesmo estando em São Paulo, seja possível ajudar a diminuir o desmatamento ilegal da Amazônia:
Dicas da ONG Imaflora para comprar madeira de origem legal:
• Exija nota fiscal do produto;
• Peça o Documento de Origem Florestal (DOF) ou a Guia Florestal (GF), que comprovam a origem legal da madeira;
• Verifique se a empresa tem Cadastro Técnico Federal (CTF). Isso quer dizer que ela é cadastrada junto ao Ibama;
• Sempre que possível reutilize a madeira adquirida;
• Dê preferência a madeira com a certificação FSC.
Fonte: Globo Amazônia
Notícias em destaque
O que a floresta tem a ensinar à inteligência artificial?
Temos falado muito “sobre” e “com” inteligências artificiais. Mas é fato que em estudos mais aprofundados de...
(GERAL)
Como transformei a madeira na minha linguagem e construí uma trajetória no design autoral
Quando revisito minha trajetória, percebo que a transição da educação física para o design não...
(GERAL)
Reflorestamento cresce no país e abre espaço para novos modelos produtivos; Tocantins apresenta exemplo em sistema silvipastoril
Para a engenheira florestal Hellen Cristina de Freitas, especialista em fertilidade do solo e ciências florestais e ambientais, apesar dos...
(SILVICULTURA)
Floresta viva de araucária no Sul do país
Iniciativas mostram como proteger fortalece a biodiversidade e o compromisso ambiental de empresas
Um dos principais símbolos culturais...
(GERAL)
A China plantou tantas árvores que alterou o ciclo da água em parte do país
O programa de reflorestação massiva da China conseguiu travar a degradação ambiental, mas novos estudos mostram que...
(GERAL)
Imazon é um dos vencedores do “Campeões da Terra” 2025
É a primeira vez que um instituto de pesquisa brasileiro ganha o prêmio do PNUMA
Considerada a mais alta honraria ambiental da...
(EVENTOS)














