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Notícias

17
nov
2009
(MÓVEIS)
Cresce venda de móveis para o fim de ano
Surpreendidas pela alta nas vendas, fábricas de móveis de Minas já encerraram encomendas para este ano. Entregas, agora, só em janeiro. Setor refaz cálculos e fala em fechar ano no azul.

Surpreendida pela reação das vendas nos últimos três meses, boa parte da indústria mineira de móveis encerrou mais cedo o prazo para entrada nas fábricas de pedidos de móveis feitos sob encomenda com entrega ainda este ano. Na Grande Belo Horizonte e em Ubá, na Zona da Mata, dois dos maiores polos de produção do setor, algumas fábricas só negociam novas entregas a partir de janeiro. As empresas refizeram as projeções sinistras de queda dos negócios no começo do ano, passando agora a apostar em balanços de vendas no azul em 2009.

O consumidor mais disposto a gastar, passada a fase crítica da turbulência na economia, e o aquecimento da construção civil deram novo ânimo às vendas desde setembro. Fabricantes da região de Ubá que fechariam a carteira de pedidos em 20 de novembro se viram obrigados a antecipar a programação para dar conta do fluxo maior de clientes nas lojas, informa Michel Pires, presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário de Ubá. "A maioria das empresas trabalha no nível máximo da sua capacidade, com a volta da confiança do consumidor e o retorno das compras do varejo", afirma.

O pico das vendas das fábricas que tradicionalmente ocorria em outubro é observado este mês pelo setor, que prevê crescimento de 4% na comparação com 2008. Depois do estouro da crise financeira mundial, segundo Pires, a estimativa que rondava as fábricas era de uma queda de até 5% das vendas. São cerca de 350 empresas, mantendo 30 mil empregos em Ubá, Visconde do Rio Branco, São Geraldo, Rodeiro, Guidoval, Tocantins e Rio Pomba.

As fábricas especializadas na produção de móveis modulados e sob encomenda da Grande BH já não aceitam, desde o mês passado, pedidos para entrega até dezembro. Para Dale Fialho, presidente do Sindicato da Indústria de Móveis de Minas Gerais, não existem mais dúvidas, em função do ritmo dos negócios dos primeiros 10 dias deste mês, de que as fábricas vão cumprir a meta de crescimento de 15% das vendas. "É um número praticamente consolidado. Não se esperava uma recuperação tão rápida", afirma.

No começo do ano, as empresas jogavam todas as fichas num cenário em que manteriam estabilidade, pelo menos, frente a 2008. O avanço da construção civil, principalmente de apartamentos de espaço reduzido, impulsionou as encomendas. Outro sinal positivo, observa Dale Fialho, está no aproveitamento nas fábricas dos jovens aprendizes que se formaram este ano no Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Madeira e do Mobiliário Petrônio Machado Zica, mantido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em convênio com a indústria moveleira em Contagem, na Região Metropolitana de BH. No meio do ano, 150 alunos foram diplomados.

A Mobiliadora Líder, uma das maiores do setor no estado, com unidades fabris em Mateus Leme, na Grande BH, e Carmo do Cajuru, no Centro-Oeste do estado, teve de dilatar de 15 para 20 dias úteis o prazo para entrega de pedidos e contratou 97 trabalhadores para as fábricas há cerca de dois meses. As linhas de produção ocupam cerca de 900 pessoas. "O ritmo de trabalho é muito maior do que prevíamos. Temos dificuldade de atender a demanda do consumidor", afirma Tiago Nogueira Fonseca, gerente de Marketing da empresa. Termômetro do fluxo de clientes nas 16 lojas da rede na Grande BH, Divinópolis, Juiz de Fora, São Paulo, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Brasília e Vitória, o resultado da liquidação de outubro, já incorporada ao calendário da Líder, foi o dobro do percentual estipulado inicialmente em 14% de expansão das vendas, na comparação com o mesmo período de ofertas de 2008. Este mês, a empresa quer crescer 15% ante novembro do ano passado.

Fonte: Uai.com

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