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Notícias
13
nov
2009
(MEIO AMBIENTE)
Desmatamento na Amazônia cai 45% entre 2008 e 2009
O Brasil registrou o menor índice de desmatamento anual na Amazônia dos últimos 21 anos, atingindo 7 mil quilômetros quadrados. No período 2007-2008, a devastação registrada havia sido de 12,9 mil quilômetros quadrados. O novo resultado representa uma queda de cerca de 45%.
O novo número é estimado pelo sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e refere-se ao período 2008-2009.
"Esse desmatamento representa a menor taxa de longe. Pelo menos desde 1988, quando o Inpe começou a fazer o levantamento", disse o diretor do Inpe, Gilberto Câmara, durante evento que conta com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de ministros e de governadores da região. De acordo com ele, a margem de erro é de 10%, e os números serão confirmados em março do ano que vem.
"Estes números são bastante confiáveis e, quando há revisão, ficam dentro da margem de erro", acrescentou.
Câmara salientou que o desmatamento em 2004 abrangeu 27 mil quilômetros quadrados. "Desde 2004, percebemos uma queda substancial de desmatamento, com quedas recorrentes nos últimos seis anos", disse.
O diretor apresentou alguns porcentuais considerados como "substanciais" de queda do desmatamento no período de agosto de 2008 a julho de 2009.
No caso do Mato Grosso, a queda foi de 65%; em Rondônia, a redução observada foi de 50%; no Pará, de 35%; no Amazonas, 30%; no Maranhão, de 20%; e no Acre, 18%.
Sistema - Desde 1988, o Inpe utiliza o Prodes para estimar a taxa anual do desmatamento por corte raso, quando ocorre a retirada total da cobertura florestal. Não registra as derrubadas parciais da floresta resultantes de queimadas e de extração seletiva de madeira.
Utilizando sensores de melhor resolução, o Prodes consegue captar todos os desmatamentos maiores que 6,25 hectares. As medidas deste sistema são feitas em meses de boas condições de observação na Amazônia, em geral de julho a setembro.
Por ser mais detalhado e depender das condições climáticas da estação seca para aquisição de imagens livres de nuvens, é feito apenas uma vez por ano.
'Exploração sustentável' - Figura de destaque na festa preparada pelo governo para anunciar a queda de 45% no desmatamento na Amazônia, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o porcentual foi obtido pelo modelo de desenvolvimento sustentável adotado, que não se limitou apenas à repressão.
Em discurso de 15 minutos, Dilma tentou dar uma marca pessoal à política ambiental do governo e ofuscar o papel que a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva teve na área, no primeiro mandato do presidente Lula.
"Não podia ter só uma proposta de coerção, reprimindo o desmatamento", disse a ministra, que, na condição de gerente das obras de infraestrutura do governo, teve divergências com Marina Silva. "Era também necessário garantir que o arco fosse considerado um arco verde, com uma exploração sustentável", disse, referindo-se a uma grande área que engloba 43 municípios do Pará, Mato Grosso e Rondônia, uma região que historicamente apresenta elevados índices de desmatamento.
Repercussão - Em, nota, a ONG Greenpeace lembra que a área desmatada, mesmo representando queda expressiva, ainda é maior do que a do Distrito Federal.
Nota da organização ambientalista também ironiza a presença da ministra Dilma Rousseff - "que nunca escondeu seu pouco interesse por questões ambientais", segundo o Greenpeace - justamente no anúncio de um número favorável.
"A queda é importante, mas ainda está se derrubando muita floresta na Amazônia", afirma Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace.
'Muito feios' - O evento de apresentação dos números começou com certo mal estar. Gilberto Câmara não conseguia apresentar no telão os números do desmatamento. Lula se levantou para reclamar do problema técnico, que só foi solucionado 15 minutos depois.
Lula chegou até mesmo a ironizar ao ver o monitor sem os dados: "Parece um campo de soja, Maggi", disse ao governador de Mato Grosso. Depois, ao olhar para o telão e ver apenas os ministros e governadores presentes, ele disse: "Todos muito feios".
O novo número é estimado pelo sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e refere-se ao período 2008-2009.
"Esse desmatamento representa a menor taxa de longe. Pelo menos desde 1988, quando o Inpe começou a fazer o levantamento", disse o diretor do Inpe, Gilberto Câmara, durante evento que conta com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de ministros e de governadores da região. De acordo com ele, a margem de erro é de 10%, e os números serão confirmados em março do ano que vem.
"Estes números são bastante confiáveis e, quando há revisão, ficam dentro da margem de erro", acrescentou.
Câmara salientou que o desmatamento em 2004 abrangeu 27 mil quilômetros quadrados. "Desde 2004, percebemos uma queda substancial de desmatamento, com quedas recorrentes nos últimos seis anos", disse.
O diretor apresentou alguns porcentuais considerados como "substanciais" de queda do desmatamento no período de agosto de 2008 a julho de 2009.
No caso do Mato Grosso, a queda foi de 65%; em Rondônia, a redução observada foi de 50%; no Pará, de 35%; no Amazonas, 30%; no Maranhão, de 20%; e no Acre, 18%.
Sistema - Desde 1988, o Inpe utiliza o Prodes para estimar a taxa anual do desmatamento por corte raso, quando ocorre a retirada total da cobertura florestal. Não registra as derrubadas parciais da floresta resultantes de queimadas e de extração seletiva de madeira.
Utilizando sensores de melhor resolução, o Prodes consegue captar todos os desmatamentos maiores que 6,25 hectares. As medidas deste sistema são feitas em meses de boas condições de observação na Amazônia, em geral de julho a setembro.
Por ser mais detalhado e depender das condições climáticas da estação seca para aquisição de imagens livres de nuvens, é feito apenas uma vez por ano.
'Exploração sustentável' - Figura de destaque na festa preparada pelo governo para anunciar a queda de 45% no desmatamento na Amazônia, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o porcentual foi obtido pelo modelo de desenvolvimento sustentável adotado, que não se limitou apenas à repressão.
Em discurso de 15 minutos, Dilma tentou dar uma marca pessoal à política ambiental do governo e ofuscar o papel que a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva teve na área, no primeiro mandato do presidente Lula.
"Não podia ter só uma proposta de coerção, reprimindo o desmatamento", disse a ministra, que, na condição de gerente das obras de infraestrutura do governo, teve divergências com Marina Silva. "Era também necessário garantir que o arco fosse considerado um arco verde, com uma exploração sustentável", disse, referindo-se a uma grande área que engloba 43 municípios do Pará, Mato Grosso e Rondônia, uma região que historicamente apresenta elevados índices de desmatamento.
Repercussão - Em, nota, a ONG Greenpeace lembra que a área desmatada, mesmo representando queda expressiva, ainda é maior do que a do Distrito Federal.
Nota da organização ambientalista também ironiza a presença da ministra Dilma Rousseff - "que nunca escondeu seu pouco interesse por questões ambientais", segundo o Greenpeace - justamente no anúncio de um número favorável.
"A queda é importante, mas ainda está se derrubando muita floresta na Amazônia", afirma Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace.
'Muito feios' - O evento de apresentação dos números começou com certo mal estar. Gilberto Câmara não conseguia apresentar no telão os números do desmatamento. Lula se levantou para reclamar do problema técnico, que só foi solucionado 15 minutos depois.
Lula chegou até mesmo a ironizar ao ver o monitor sem os dados: "Parece um campo de soja, Maggi", disse ao governador de Mato Grosso. Depois, ao olhar para o telão e ver apenas os ministros e governadores presentes, ele disse: "Todos muito feios".
Fonte: Estadão Online
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