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Notícias

11
nov
2009
(MADEIRA E PRODUTOS)
Polícia investiga esquema de contrabando de madeira no Maranhão
Piratas da internet invadiram sistema do governo federal. Em outro caso, foram denunciados 3 suspeitos de destruir provas de crime.

A polícia investiga um esquema de contrabando de madeira que pode ter desviado meio bilhão de reais no Maranhão. Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça mostram que piratas da internet invadiram o sistema do governo federal para cometer as fraudes. Em outra apuração, o Ministério Público denunciou uma ex-secretária de Meio Ambiente e outros dois funcionários que teriam destruído evidências de crimes ambientais.

O quartel general do crime contra o meio ambiente era dentro da própria secretaria estadual. Segundo a denúncia do Ministério Público, funcionários invadiram o prédio, destruíram câmeras de segurança, arrombaram as portas e roubaram computadores. Uma vigilante que anotou a ação em um livro contou que recebeu R$ 1 mil para ficar quieta e sumir com o registro.

Os equipamentos foram levados da secretaria para um outro prédio, onde a ex-secretária tinha uma sala comercial. O plano só não foi perfeito porque o edifício também tem sistema de câmeras, que flagraram a movimentação.

Nas imagens, a ex-secretária, a chefe de gabinete e até um deputado federal aparecem entrando e saindo do prédio. Os promotores dizem que eles tiraram a memória dos equipamentos, com a ajuda de um técnico em informática.

O Ministério Público acredita que o objetivo era apagar transações suspeitas entre a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, donos de serraria, madeireiras e cerâmicas. O caso está agora na Justiça.

Sistema invadido

Outra investigação descobriu uma fraude na extração de madeira também no Maranhão. As operações ilegais podem ter movimentado quase meio bilhão de reais. De toda a madeira extraída no estado, 57% tinham documentos falsos.

Piratas da internet invadiram o sistema do governo federal, que emite notas e controla o estoque, venda e transporte de madeira. Depois, criaram uma espécie de crédito virtual em nome de madeireiros. Dessa maneira, era possível legalizar o esquema. "Eles criaram uma floresta virtual de ipê roxo no Maranhão. E o ipê roxo não é nativo daqui. Se for computar todo o volume de ipê que lançaram nas contas, daria para desmatar quase toda a Floresta Amazônica", disse o delegado Paulo Roberto.

A polícia monitorou, com autorização da Justiça, as conversas que revelam uma rede de informações. Os criminosos sabiam até os passos que seriam dados pela Polícia Federal.

Fonte: G1/Jornal Hoje

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