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Notícias
11
nov
2009
(MANEJO)
Manejo é opção para construir economia de baixo carbono
A madeira ilegal chega ao mercado com preços inferiores devido à sonegação de impostos, violações de direitos trabalhistas e transporte precário do produto.
Diretor do Instituto Floresta Tropical, organização parceira do WWF-Brasil, afirma que Amazônia não tem vocação agrícola e que o manejo assegura conservação da floresta e renda para populações locais
A utilização dos recursos naturais da Amazônia por meio do manejo florestal é mais vantajosa que as atividades tradicionais de agricultura, pecuária e exploração madeireira, tanto do ponto de vista da conservação da floresta como em relação aos ganhos econômicos. A constatação é de estudos realizados pelo Instituto Floresta Tropical (IFT), organização parceira do WWF-Brasil.
O IFT comparou resultados da exploração madeireira feita de forma convencional com o modelo do manejo florestal. As áreas manejadas provocam danos 50% menores às árvores remanescentes, o nível de desperdício de madeira é 67% menor, estradas, trilhas e pátios abertos na floresta ocupam áreas 50% menores e, por fim, os custos são 12% inferiores quando se opta pelo manejo florestal em lugar dos métodos usuais e predatórios de exploração.
De acordo com Marco Lentini, diretor-adjunto do IFT, os números demonstram que, em todos os aspectos, o manejo florestal é mais vantajoso: para o meio ambiente, para as comunidades locais e para o empresário que explora a área. “Em igualdade de condições, o manejo é bem mais interessante, inclusive do ponto de vista econômico”, resume.
Marco Lentini acrescenta que a Amazônia, devido ao solo, ao excesso de umidade, aos problemas de infraestrutura e consequentes dificuldades de acesso, não tem vocação para atividades agropecuárias. “O manejo é a única alternativa para conservar a Amazônia e garantir a inclusão social de milhões de pessoas que vivem da floresta”, sentencia.
Ele lembra também que, atualmente, o mundo demanda uma economia de baixo carbono, especialmente para conter os efeitos das mudanças climáticas, o que acaba desqualificando as atividades de agricultura e pecuária como opções viáveis para o desenvolvimento da região.
Questionado sobre alegações de que a pecuária ainda é mais rentável na região e que, portanto, seria difícil convencer os moradores da floresta a praticar o manejo, o diretor do IFT argumenta que a comparação não se sustenta. “Durante décadas o Brasil subsidiou e financiou com recursos públicos a agropecuária na Amazônia. É preciso também investir no manejo e capacitar mão-de-obra para que as duas atividades passem a competir de igual para igual. Desta forma, não há dúvidas de que o manejo é bem mais atrativo”, analisa.
Marco Lentini, que é engenheiro florestal e mestre em economia florestal, acrescenta que o Brasil precisa se preparar para uma cultura florestal. Na Suécia, por exemplo, o tempo que a floresta precisa para se regenerar é de cerca de 150 anos. Isso significa que, se alguém fizer o manejo madeireiro hoje em determinada área, provavelmente apenas os bisnetos poderão voltar para retirar madeira do mesmo local. Na Amazônia, devido às características naturais, o tempo necessário é de aproximadamente 35 anos. “Isso representa uma substancial vantagem competitiva para o Brasil”, explica.
Estudos do IFT demonstram que, para a Amazônia se tornar líder mundial na produção de madeira tropical manejada, seria necessária a qualificação de pelo menos 30 mil pessoas no longo prazo. “Não estamos nem perto disso, o governo precisa dar mais atenção a esse tema. Além disso, parcerias como as que existem entre IFT, WWF-Brasil e outras organizações, são fundamentais para a capacitação de profissionais para o manejo florestal na Amazônia”, conclui.
Em outubro deste ano, o IFT e o WWF-Brasil, em parceria com o Serviço Florestal dos Estados Unidos, realizou no Pará um curso para capacitar técnicos, engenheiros e agentes de governo na construção sustentável de estradas florestais na Amazônia.
Diretor do Instituto Floresta Tropical, organização parceira do WWF-Brasil, afirma que Amazônia não tem vocação agrícola e que o manejo assegura conservação da floresta e renda para populações locais
A utilização dos recursos naturais da Amazônia por meio do manejo florestal é mais vantajosa que as atividades tradicionais de agricultura, pecuária e exploração madeireira, tanto do ponto de vista da conservação da floresta como em relação aos ganhos econômicos. A constatação é de estudos realizados pelo Instituto Floresta Tropical (IFT), organização parceira do WWF-Brasil.
O IFT comparou resultados da exploração madeireira feita de forma convencional com o modelo do manejo florestal. As áreas manejadas provocam danos 50% menores às árvores remanescentes, o nível de desperdício de madeira é 67% menor, estradas, trilhas e pátios abertos na floresta ocupam áreas 50% menores e, por fim, os custos são 12% inferiores quando se opta pelo manejo florestal em lugar dos métodos usuais e predatórios de exploração.
De acordo com Marco Lentini, diretor-adjunto do IFT, os números demonstram que, em todos os aspectos, o manejo florestal é mais vantajoso: para o meio ambiente, para as comunidades locais e para o empresário que explora a área. “Em igualdade de condições, o manejo é bem mais interessante, inclusive do ponto de vista econômico”, resume.
Marco Lentini acrescenta que a Amazônia, devido ao solo, ao excesso de umidade, aos problemas de infraestrutura e consequentes dificuldades de acesso, não tem vocação para atividades agropecuárias. “O manejo é a única alternativa para conservar a Amazônia e garantir a inclusão social de milhões de pessoas que vivem da floresta”, sentencia.
Ele lembra também que, atualmente, o mundo demanda uma economia de baixo carbono, especialmente para conter os efeitos das mudanças climáticas, o que acaba desqualificando as atividades de agricultura e pecuária como opções viáveis para o desenvolvimento da região.
Questionado sobre alegações de que a pecuária ainda é mais rentável na região e que, portanto, seria difícil convencer os moradores da floresta a praticar o manejo, o diretor do IFT argumenta que a comparação não se sustenta. “Durante décadas o Brasil subsidiou e financiou com recursos públicos a agropecuária na Amazônia. É preciso também investir no manejo e capacitar mão-de-obra para que as duas atividades passem a competir de igual para igual. Desta forma, não há dúvidas de que o manejo é bem mais atrativo”, analisa.
Marco Lentini, que é engenheiro florestal e mestre em economia florestal, acrescenta que o Brasil precisa se preparar para uma cultura florestal. Na Suécia, por exemplo, o tempo que a floresta precisa para se regenerar é de cerca de 150 anos. Isso significa que, se alguém fizer o manejo madeireiro hoje em determinada área, provavelmente apenas os bisnetos poderão voltar para retirar madeira do mesmo local. Na Amazônia, devido às características naturais, o tempo necessário é de aproximadamente 35 anos. “Isso representa uma substancial vantagem competitiva para o Brasil”, explica.
Estudos do IFT demonstram que, para a Amazônia se tornar líder mundial na produção de madeira tropical manejada, seria necessária a qualificação de pelo menos 30 mil pessoas no longo prazo. “Não estamos nem perto disso, o governo precisa dar mais atenção a esse tema. Além disso, parcerias como as que existem entre IFT, WWF-Brasil e outras organizações, são fundamentais para a capacitação de profissionais para o manejo florestal na Amazônia”, conclui.
Em outubro deste ano, o IFT e o WWF-Brasil, em parceria com o Serviço Florestal dos Estados Unidos, realizou no Pará um curso para capacitar técnicos, engenheiros e agentes de governo na construção sustentável de estradas florestais na Amazônia.
Fonte: Envolverde/WWF Brasil
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