Voltar
Notícias
10
nov
2009
(MEIO AMBIENTE)
Nova praga do eucalipto chega ao Brasil na região de Curitiba
O percevejo bronzeado (Thaumastocoris peregrinus), inseto nativo da Austrália, foi localizado em árvores de eucalipto na beira da Rodovia BR 277, já no perímetro urbano de Curitiba. O inseto tem se dispersado rapidamente e pode causar danos em plantios de eucalipto, com reflexos importantes em uma cadeia produtiva responsável pela matéria prima de diversas indústrias do País: papel e celulose, energia, serraria, entre outros.
O percevejo bronzeado é um inseto sugador que, com sua alimentação, reduz a capacidade da árvore realizar fotossíntese. Dependendo da densidade populacional, pode desfolhar de forma parcial ou total a árvore, com possibilidade de levá-la á morte. As folhas ficam com aspecto bronzeado e progressivamente, o sintoma afeta toda copa.
Segundo o pesquisador Leonardo Barbosa, da Embrapa Florestas, “estudos sobre esta espécie ainda são bem recentes no Brasil. Os primeiros casos de infestação datam de 2008 no Rio Grande do Sul e São Paulo”. Países como África do Sul, Zimbábue, Argentina e Uruguai também já registraram incidência da praga. Só no Estado de São Paulo, são mais de 40 municípios que já detectaram o percevejo bronzeado, inclusive local com plantios de eucalipto com fins comerciais. Neste estado, pesquisas indicam que a dispersão do inseto está seguindo o caminho das estradas por onde são transportadas as toras de eucalipto, possibilitando a ampliação do número de locais infestados. No Brasil, as espécies mais atingidas são os Eucaliptos camaldulensis e os clones híbridos de Eucaliptos urograndis.
Um projeto de amplitude nacional, coordenado pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais – Ipef, com a participação da FCA/Unesp, Esalq/USP, Embrapa Florestas e Embrapa Meio Ambiente começa a estudar a dinâmica da praga e o desenvolvimento de estratégias para seu manejo integrado.
O pesquisador e supervisor do Laboratório de Quarentena “Costa Lima” da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Luiz Alexandre Nogueira de Sá, falou sobre a importação de agentes de controle biológico: normas vigentes e a situação da importação de inimigos naturais das pragas exóticas no país.
Conforme o pesquisador, a Embrapa propôs o controle biológico dessa praga por meio da importação de vespinhas e parasitóides provenientes da Austrália ou África do Sul. “Inicialmente, esse é o método de controle mais adequado e menos impactante no ecossistema florestal. Planejamos a importação e criação em laboratório e posterior liberação nos hortos florestais de eucalipto do parasitóide Cleruchoides noackae, conhecido como um mirmáride” informa Sá.
Essa praga, de origem australiana foi encontrada na África em 2004 apresentando grande potencial de dano, como a desfolha e clorose nas árvores. E, desde novembro de 2005, já estava em áreas nos arredores de Buenos Aires, na Argentina e também no Uruguai.
Em fevereiro de 2008 foi detectada no Brasil, em Jaguariúna, sem a manifestação de danos esperados para o verão. Foi encaminhado, então, um alerta fitossanitário pelo Protef para várias empresas florestais sobre o possível risco de introdução nas plantações localizadas em regiões fronteiriças.
Características do percevejo bronzeado
O pesquisador explica que a praga mede cerca de três milímetros e coloca seus ovos sobre as folhas. Quando eles eclodem, as ninfas passam a sugar a seiva da planta. Inicialmente, as folhas atingidas ficam esbranquiçadas. Com o tempo, a planta passa a tons marrons ou avermelhados. Daí o nome do inseto de percevejo “bronzeado”. Quanto à sua biologia, a reprodução é sexuada - presença de machos e fêmeas. Cada fêmea pode ovipositar 60 ovos, em média. Os ovos são pretos e colocados agrupados na folha. A fase ninfal dura aproximadamente 35 dias, podendo ter várias gerações ao longo do ano, quando o clima é favorável ao inseto. O dano se verifica com a queda de folhas, que pode ser total nas plantas mais suscetíveis, como a espécie Eucaliptos camaldulensis. Porém, o percevejo se adaptou muito bem aos clones híbridos como o “urograndis”, muito plantado no Brasil.
A praga também foi detectada em 2008 em dois municípios do estado do Rio Grande do Sul e durante o inverno não provocou danos. A tendência é que se disperse durante o verão. A preocupação aumentou em razão da sua ocorrência também no estado de São Paulo. Em Jaguariúna, depois de dois meses, as árvores apresentaram-se inteiramente desfolhadas. Uma vistoria confirmou a presença do inseto também em Campinas, SP, na região do Aeroporto Internacional de Viracopos e no entorno de São Paulo, principalmente na região de Barueri e em outros municípios do estado: Itu, Sorocaba, Piracicaba, Santa Bárbara do Oeste, Limeira, Anhembi, Botucatu e Avaré.
“Como a disseminação do inseto parece seguir o traçado das rodovias, a tendência é que se espalhe pelo oeste paulista, além de poder atingir os estados do Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul”, acredita Sá.
Também em 2009 foram localizados adultos da praga em árvores de eucalipto na Rodovia BR 277, já no perímetro urbano de Curitiba, PR pelo pesquisador Leonardo Barbosa da Embrapa Florestas (Colombo, PR).
Já foram realizadas vistorias em alguns municípios mineiros sem que o inseto fosse encontrado até o momento.
O percevejo bronzeado é um inseto sugador que, com sua alimentação, reduz a capacidade da árvore realizar fotossíntese. Dependendo da densidade populacional, pode desfolhar de forma parcial ou total a árvore, com possibilidade de levá-la á morte. As folhas ficam com aspecto bronzeado e progressivamente, o sintoma afeta toda copa.
Segundo o pesquisador Leonardo Barbosa, da Embrapa Florestas, “estudos sobre esta espécie ainda são bem recentes no Brasil. Os primeiros casos de infestação datam de 2008 no Rio Grande do Sul e São Paulo”. Países como África do Sul, Zimbábue, Argentina e Uruguai também já registraram incidência da praga. Só no Estado de São Paulo, são mais de 40 municípios que já detectaram o percevejo bronzeado, inclusive local com plantios de eucalipto com fins comerciais. Neste estado, pesquisas indicam que a dispersão do inseto está seguindo o caminho das estradas por onde são transportadas as toras de eucalipto, possibilitando a ampliação do número de locais infestados. No Brasil, as espécies mais atingidas são os Eucaliptos camaldulensis e os clones híbridos de Eucaliptos urograndis.
Um projeto de amplitude nacional, coordenado pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais – Ipef, com a participação da FCA/Unesp, Esalq/USP, Embrapa Florestas e Embrapa Meio Ambiente começa a estudar a dinâmica da praga e o desenvolvimento de estratégias para seu manejo integrado.
O pesquisador e supervisor do Laboratório de Quarentena “Costa Lima” da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Luiz Alexandre Nogueira de Sá, falou sobre a importação de agentes de controle biológico: normas vigentes e a situação da importação de inimigos naturais das pragas exóticas no país.
Conforme o pesquisador, a Embrapa propôs o controle biológico dessa praga por meio da importação de vespinhas e parasitóides provenientes da Austrália ou África do Sul. “Inicialmente, esse é o método de controle mais adequado e menos impactante no ecossistema florestal. Planejamos a importação e criação em laboratório e posterior liberação nos hortos florestais de eucalipto do parasitóide Cleruchoides noackae, conhecido como um mirmáride” informa Sá.
Essa praga, de origem australiana foi encontrada na África em 2004 apresentando grande potencial de dano, como a desfolha e clorose nas árvores. E, desde novembro de 2005, já estava em áreas nos arredores de Buenos Aires, na Argentina e também no Uruguai.
Em fevereiro de 2008 foi detectada no Brasil, em Jaguariúna, sem a manifestação de danos esperados para o verão. Foi encaminhado, então, um alerta fitossanitário pelo Protef para várias empresas florestais sobre o possível risco de introdução nas plantações localizadas em regiões fronteiriças.
Características do percevejo bronzeado
O pesquisador explica que a praga mede cerca de três milímetros e coloca seus ovos sobre as folhas. Quando eles eclodem, as ninfas passam a sugar a seiva da planta. Inicialmente, as folhas atingidas ficam esbranquiçadas. Com o tempo, a planta passa a tons marrons ou avermelhados. Daí o nome do inseto de percevejo “bronzeado”. Quanto à sua biologia, a reprodução é sexuada - presença de machos e fêmeas. Cada fêmea pode ovipositar 60 ovos, em média. Os ovos são pretos e colocados agrupados na folha. A fase ninfal dura aproximadamente 35 dias, podendo ter várias gerações ao longo do ano, quando o clima é favorável ao inseto. O dano se verifica com a queda de folhas, que pode ser total nas plantas mais suscetíveis, como a espécie Eucaliptos camaldulensis. Porém, o percevejo se adaptou muito bem aos clones híbridos como o “urograndis”, muito plantado no Brasil.
A praga também foi detectada em 2008 em dois municípios do estado do Rio Grande do Sul e durante o inverno não provocou danos. A tendência é que se disperse durante o verão. A preocupação aumentou em razão da sua ocorrência também no estado de São Paulo. Em Jaguariúna, depois de dois meses, as árvores apresentaram-se inteiramente desfolhadas. Uma vistoria confirmou a presença do inseto também em Campinas, SP, na região do Aeroporto Internacional de Viracopos e no entorno de São Paulo, principalmente na região de Barueri e em outros municípios do estado: Itu, Sorocaba, Piracicaba, Santa Bárbara do Oeste, Limeira, Anhembi, Botucatu e Avaré.
“Como a disseminação do inseto parece seguir o traçado das rodovias, a tendência é que se espalhe pelo oeste paulista, além de poder atingir os estados do Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul”, acredita Sá.
Também em 2009 foram localizados adultos da praga em árvores de eucalipto na Rodovia BR 277, já no perímetro urbano de Curitiba, PR pelo pesquisador Leonardo Barbosa da Embrapa Florestas (Colombo, PR).
Já foram realizadas vistorias em alguns municípios mineiros sem que o inseto fosse encontrado até o momento.
Fonte: Portal Florestal e Design
Notícias em destaque

Agef celebra 50 anos com evento no dia 12 de julho em Lajeado
Em comemoração aos 50 anos de sua fundação, a Agef realizará o evento “A Engenharia Florestal na...
(EVENTOS)

Guia inovador para ampliar o uso inteligente de árvores de crescimento rápido
Árvores de crescimento rápido
A Comissão Internacional sobre Choupos e Outras Árvores de Crescimento Rápido...
(MADEIRA E PRODUTOS)

Exportações brasileiras de produtos madeireiros (exceto celulose e papel) diminuíram 12 por cento em valo
Em maio de 2025, as exportações brasileiras de produtos madeireiros (exceto celulose e papel) diminuíram 12% em valor em...
(MERCADO)

Suzano e SEST/SENAT impulsionam qualificação profissional e geração de empregos no setor florestal em Três Lagoas (MS)
Programa Escola de Motoristas já formou 57 motoristas, dos(as) quais 47,37% foram contratados pelas operações florestais da...
(GERAL)

As exportações de madeira da Malásia podem ganhar vantagem competitiva nos EUA?
As exportações de madeira da Malásia podem ganhar vantagem competitiva no mercado americano devido às tarifas mais...
(INTERNACIONAL)

Onde está localizada a maior árvore do mundo? Sua altura supera a do Cristo Redentor
Com um tamanho gigantesco, essas árvores podem ser consideradas verdadeiros arranha-céus verdes. Algumas delas têm o dobro da...
(GERAL)