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Notícias
25
out
2009
(BIOENERGIA)
Menos papel e mais energia
As atividades do setor florestal nos 56 países membros da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (CEPE) melhorarão em 2010, após a enorme queda registrada em 2008 e 2009, embora ainda não se possa falar de uma recuperação plena. Entretanto, o setor da polpa e do papel se afasta dessa tendência e as previsões indicam que no próximo ano continuará caindo, disse à IPS o especialista em produtos florestais da divisão de comércio e madeira da CEPE, Ed Pepke.
Na realidade, o único segmento incólume à atual crise econômica e financeira mundial tem sido o de madeira usada na produção de energia, devido ao estímulo dos governos às fontes renováveis, no contexto de políticas para reduzir emissões contaminantes. O mercado da energia originada na madeira continua crescendo apesar da baixa dos preços do petróleo em mais de 50% com relação aos valores de 2008, disse Pepke.
Os programas oficiais de apoio à energia renovável na América do Norte se canalizam através da produção de biocombustíveis líquidos para o transporte, obtidos a partir de produtos agrícolas como o milho. Por outro lado, os países europeus favorecem mais o emprego das energias renováveis como fontes de calor e de eletricidade. A América do Norte (menos o México) e a Europa formam a CEPE junto com os países da Comunidade de Estados Independentes (CEI), que pertenceram ao domínio soviético.
Mesmo quando o setor da madeira atravessa dificuldades, os especialistas da agência da Organização das Nações Unidas alertam que está chamado a ter cada vez mais um papel protagonista, não apenas econômico, mas também político, pelo valor que representa a absorção de carbono, gás essencial nos compromissos internacionais para mitigar a mudança climática. As atividades florestais podem atravessar uma transformação estrutural a partir de 2012, disse Pepke. Tudo dependerá das ambições do novo acordo internacional que sucederá o primeiro período de compromissos do Protocolo de Kyoto, acrescentou. Nesse aspecto, as negociações que a comunidade internacional manterá em dezembro em Copenhague podem “determinar mudanças dramáticas”, afirmou Pepke.
Algumas das propostas sobre a mesa indicam a polêmica inclusão do reflorestamento nos esquemas de absorção de dióxido de carbono que poderia contemplar o novo tratado, mediante mecanismos de estímulo econômico. Entretanto, a realidade exposta pela CEPE situa em 8,5% a queda do consumo de produtos florestais registrada quando começou a crise no ano passado, a contração mais severa suportada pelo setor desde que na década de 70 houve o primeiro estremecimento na indústria petroleira mundial. A previsão para 2009 indica uma redução no consumo desse setor, com exceção das madeiras destinadas a gerar energia.
Porém, guiando-se pelos indicadores da madeira serrada, a CEPE prognostica uma recuperação em 2010, com aumento no consumo de até 27,9% na CEI, de 2,5% na Europa e de 5,5% na América do Norte. Em conjunto, o consumo de madeira serrada durante o ano que vem crescerá 4,3% nos territórios dos países da CEPE, que se estendem desde a Ásia central, no leste, até o Alasca, no oeste. Os especialistas da ONU alertam que, mesmo com o mercado recuperando sua vitalidade, a capacidade de produção demorará a se estabilizar porque muitas fábricas foram fechadas, com efeitos desastrosos na força de trabalho.
Na queda de produção de polpa e de papel intervêm tanto os esforços da presente crise econômica e financeira mundial quanto do declínio próprio do setor de publicações impressas, disse Pepke. O especialista lembrou um detalhe aparentemente contraditório porque no setor de papel há contração no consumo destinado a jornais, livros e outras obras, mas também tem a mesma sorte a demanda de papel para embalagem, um indício mais relacionado com a atividade econômica geral. As estimativas indicam que durante este ano a produção de papel e papelão cairá 9% na Europa e 4% na América do Norte. No caso da polpa, as perdas são parecidas nas duas regiões.
Pepke disse que a expansão do trabalho reduz o emprego do papel, especialmente pela maior consciência ecológica das gerações jovens que evitam as impressões supérfluas. No campo do papel, as duas regiões, Europa e América do Norte, figuram como as maiores consumidoras. A China ainda não ocupa uma posição relevante, embora domine as importações de papel usado que recicla para a produção.
Na realidade, o único segmento incólume à atual crise econômica e financeira mundial tem sido o de madeira usada na produção de energia, devido ao estímulo dos governos às fontes renováveis, no contexto de políticas para reduzir emissões contaminantes. O mercado da energia originada na madeira continua crescendo apesar da baixa dos preços do petróleo em mais de 50% com relação aos valores de 2008, disse Pepke.
Os programas oficiais de apoio à energia renovável na América do Norte se canalizam através da produção de biocombustíveis líquidos para o transporte, obtidos a partir de produtos agrícolas como o milho. Por outro lado, os países europeus favorecem mais o emprego das energias renováveis como fontes de calor e de eletricidade. A América do Norte (menos o México) e a Europa formam a CEPE junto com os países da Comunidade de Estados Independentes (CEI), que pertenceram ao domínio soviético.
Mesmo quando o setor da madeira atravessa dificuldades, os especialistas da agência da Organização das Nações Unidas alertam que está chamado a ter cada vez mais um papel protagonista, não apenas econômico, mas também político, pelo valor que representa a absorção de carbono, gás essencial nos compromissos internacionais para mitigar a mudança climática. As atividades florestais podem atravessar uma transformação estrutural a partir de 2012, disse Pepke. Tudo dependerá das ambições do novo acordo internacional que sucederá o primeiro período de compromissos do Protocolo de Kyoto, acrescentou. Nesse aspecto, as negociações que a comunidade internacional manterá em dezembro em Copenhague podem “determinar mudanças dramáticas”, afirmou Pepke.
Algumas das propostas sobre a mesa indicam a polêmica inclusão do reflorestamento nos esquemas de absorção de dióxido de carbono que poderia contemplar o novo tratado, mediante mecanismos de estímulo econômico. Entretanto, a realidade exposta pela CEPE situa em 8,5% a queda do consumo de produtos florestais registrada quando começou a crise no ano passado, a contração mais severa suportada pelo setor desde que na década de 70 houve o primeiro estremecimento na indústria petroleira mundial. A previsão para 2009 indica uma redução no consumo desse setor, com exceção das madeiras destinadas a gerar energia.
Porém, guiando-se pelos indicadores da madeira serrada, a CEPE prognostica uma recuperação em 2010, com aumento no consumo de até 27,9% na CEI, de 2,5% na Europa e de 5,5% na América do Norte. Em conjunto, o consumo de madeira serrada durante o ano que vem crescerá 4,3% nos territórios dos países da CEPE, que se estendem desde a Ásia central, no leste, até o Alasca, no oeste. Os especialistas da ONU alertam que, mesmo com o mercado recuperando sua vitalidade, a capacidade de produção demorará a se estabilizar porque muitas fábricas foram fechadas, com efeitos desastrosos na força de trabalho.
Na queda de produção de polpa e de papel intervêm tanto os esforços da presente crise econômica e financeira mundial quanto do declínio próprio do setor de publicações impressas, disse Pepke. O especialista lembrou um detalhe aparentemente contraditório porque no setor de papel há contração no consumo destinado a jornais, livros e outras obras, mas também tem a mesma sorte a demanda de papel para embalagem, um indício mais relacionado com a atividade econômica geral. As estimativas indicam que durante este ano a produção de papel e papelão cairá 9% na Europa e 4% na América do Norte. No caso da polpa, as perdas são parecidas nas duas regiões.
Pepke disse que a expansão do trabalho reduz o emprego do papel, especialmente pela maior consciência ecológica das gerações jovens que evitam as impressões supérfluas. No campo do papel, as duas regiões, Europa e América do Norte, figuram como as maiores consumidoras. A China ainda não ocupa uma posição relevante, embora domine as importações de papel usado que recicla para a produção.
Fonte: Envolverde/IPS
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