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Notícias
23
out
2009
(MADEIRA E PRODUTOS)
Salvem as florestas de Pinus
O sul e sudeste do país concentram a maior parte das florestas de pinus do Brasil. Devido ao clima apropriado, essas espécies têm se desenvolvido muito bem por aqui, alcançando altos índices de produtividade – ou incremento - muito superiores aos seus países de origem.
A floresta de pinus é diferenciada pelo seu “multi-uso” porque a mesma árvore, em seu ciclo, pode ser destinada à indústria laminadora, que a utiliza para fabricação de compensados; para a indústria de serrados, que transforma em madeira beneficiada ou é convertida em móveis; para a indústria de papel e celulose; para a indústria de MDF e, mesmo o seu resíduo, tem sido aproveitado como biomassa para geração de vapor e energia. Importante salientar que a floresta de pinus é uma cultura, com ciclo definido de plantio, manejo, produção e colheita, como qualquer outra cultura como soja, milho, feijão e arroz.
Percebe-se que a cultura de pinus oferece muitas alternativas de uso da sua produção, o que a torna atraente para muitos investidores. Não por acaso, vemos o grande interesse de fundos de pensão e fundos de investimentos estrangeiros em adquirir florestas de pinus no Brasil. O “multi-uso” do pinus gera “renda democratizada”, pois possibilita a geração de riqueza em vários segmentos da cadeia produtiva.
Na cadeia produtiva do pinus, são muitos os negócios que agregam valor, desde o pequeno produtor até aos vários segmentos industriais, gerando empregos e promovendo, assim, uma distribuição de renda. Também é importante lembrar que o plantio de pinus tem se transformado em uma importante renda alternativa para os pequenos agricultores, que utilizam áreas de terras disponíveis para complementar sua renda.
No entanto, vivemos um paradoxo instigante, onde, mesmo com tantas virtudes e sendo uma importante alternativa para o desenvolvimento de muitas regiões, a cultura de pinus carece de estímulo governamental e sofre ataques dos mais variáveis possíveis. As alegações contra o seu cultivo vão desde o argumento de que se trata de uma “espécie exótica invasora” até o enquadramento equivocado das ditas florestas plantadas no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, que tem a finalidade de preservar e não de produzir.
Não por acaso, o país tem, neste momento, escassez de madeira de pinus em muitas regiões e, segundo estimativas, com tendência de faltar ainda mais no futuro.
De tudo isso, percebe-se que faltam elementos estruturais e oficiais, que orientem o cultivo destas florestas, a começar por estudos sérios e imparciais, sobre os impactos destas culturas para a economia e para o meio ambiente, que possibilitem a criação de uma política pública que regulamente, adequadamente, o cultivo das florestas plantadas - e aqui se inclui o Eucaliptus – que estimule o desenvolvimento equilibrado e sustentável destas culturas.
Os mitos que rondam as culturas de pinus devem ser esclarecidos e, acima de tudo, deve-se “perceber” a vantagem competitiva natural que o país tem, e transformar isso em fonte de geração de riqueza e renda para a sua população.
O grande esforço do setor de silvicultura não tem sido suficiente, ainda, para despertar, nos responsáveis pelo desenvolvimento do país a importância das florestas plantadas. Assim, sobram espaços para que, cada um, seja do setor produtivo ou ambientalista, defenda da forma conveniente seu ponto de vista. Assistimos, desta forma, a um embate de opiniões, desde as que merecem a devida atenção pela sua importância e relevância até as mais variadas elucubrações, todas contaminadas por ideologias e, obviamente, sem consenso. Não se enxerga, num curto prazo, uma luz que leve a convergência destas opiniões.
É hora, pois, do governo federal, através do Ministério da Agricultura, interessado e responsável pelo desenvolvimento sustentável do agronegócio do país, abraçar este assunto, promover uma ampla discussão com os segmentos da sociedade interessados e propor a criação de uma regra clara que estimule o investimento em florestas plantadas de forma responsável. Os fundos de investimentos estrangeiros já enxergaram, há algum tempo, o potencial do nosso país para a produção de madeira de floresta plantada. É preciso que os governantes também percebam isso.
Assim, com incentivos e políticas transparentes, poderemos nos consolidar como um grande player na produção de florestas plantadas de pinus no mundo, capitalizando nossa vantagem competitiva natural, gerando e distribuindo riqueza e renda para o país. E, ainda, estaremos contribuindo, de forma exemplar, com o meio ambiente, nosso e de outros países, que poderão preservar as suas florestas nativas, inclusive de pinus.
A floresta de pinus é diferenciada pelo seu “multi-uso” porque a mesma árvore, em seu ciclo, pode ser destinada à indústria laminadora, que a utiliza para fabricação de compensados; para a indústria de serrados, que transforma em madeira beneficiada ou é convertida em móveis; para a indústria de papel e celulose; para a indústria de MDF e, mesmo o seu resíduo, tem sido aproveitado como biomassa para geração de vapor e energia. Importante salientar que a floresta de pinus é uma cultura, com ciclo definido de plantio, manejo, produção e colheita, como qualquer outra cultura como soja, milho, feijão e arroz.
Percebe-se que a cultura de pinus oferece muitas alternativas de uso da sua produção, o que a torna atraente para muitos investidores. Não por acaso, vemos o grande interesse de fundos de pensão e fundos de investimentos estrangeiros em adquirir florestas de pinus no Brasil. O “multi-uso” do pinus gera “renda democratizada”, pois possibilita a geração de riqueza em vários segmentos da cadeia produtiva.
Na cadeia produtiva do pinus, são muitos os negócios que agregam valor, desde o pequeno produtor até aos vários segmentos industriais, gerando empregos e promovendo, assim, uma distribuição de renda. Também é importante lembrar que o plantio de pinus tem se transformado em uma importante renda alternativa para os pequenos agricultores, que utilizam áreas de terras disponíveis para complementar sua renda.
No entanto, vivemos um paradoxo instigante, onde, mesmo com tantas virtudes e sendo uma importante alternativa para o desenvolvimento de muitas regiões, a cultura de pinus carece de estímulo governamental e sofre ataques dos mais variáveis possíveis. As alegações contra o seu cultivo vão desde o argumento de que se trata de uma “espécie exótica invasora” até o enquadramento equivocado das ditas florestas plantadas no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, que tem a finalidade de preservar e não de produzir.
Não por acaso, o país tem, neste momento, escassez de madeira de pinus em muitas regiões e, segundo estimativas, com tendência de faltar ainda mais no futuro.
De tudo isso, percebe-se que faltam elementos estruturais e oficiais, que orientem o cultivo destas florestas, a começar por estudos sérios e imparciais, sobre os impactos destas culturas para a economia e para o meio ambiente, que possibilitem a criação de uma política pública que regulamente, adequadamente, o cultivo das florestas plantadas - e aqui se inclui o Eucaliptus – que estimule o desenvolvimento equilibrado e sustentável destas culturas.
Os mitos que rondam as culturas de pinus devem ser esclarecidos e, acima de tudo, deve-se “perceber” a vantagem competitiva natural que o país tem, e transformar isso em fonte de geração de riqueza e renda para a sua população.
O grande esforço do setor de silvicultura não tem sido suficiente, ainda, para despertar, nos responsáveis pelo desenvolvimento do país a importância das florestas plantadas. Assim, sobram espaços para que, cada um, seja do setor produtivo ou ambientalista, defenda da forma conveniente seu ponto de vista. Assistimos, desta forma, a um embate de opiniões, desde as que merecem a devida atenção pela sua importância e relevância até as mais variadas elucubrações, todas contaminadas por ideologias e, obviamente, sem consenso. Não se enxerga, num curto prazo, uma luz que leve a convergência destas opiniões.
É hora, pois, do governo federal, através do Ministério da Agricultura, interessado e responsável pelo desenvolvimento sustentável do agronegócio do país, abraçar este assunto, promover uma ampla discussão com os segmentos da sociedade interessados e propor a criação de uma regra clara que estimule o investimento em florestas plantadas de forma responsável. Os fundos de investimentos estrangeiros já enxergaram, há algum tempo, o potencial do nosso país para a produção de madeira de floresta plantada. É preciso que os governantes também percebam isso.
Assim, com incentivos e políticas transparentes, poderemos nos consolidar como um grande player na produção de florestas plantadas de pinus no mundo, capitalizando nossa vantagem competitiva natural, gerando e distribuindo riqueza e renda para o país. E, ainda, estaremos contribuindo, de forma exemplar, com o meio ambiente, nosso e de outros países, que poderão preservar as suas florestas nativas, inclusive de pinus.
Fonte: Odivan Cargnin é diretor administrativo-financeiro da Celulose IRANI - Painel florestal
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