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Notícias

18
out
2009
(IBAMA)
Tora de castanheira de 15t será exposta na Mostra Nacional Ambiental
Uma castanheira imponente no meio da floresta amazônica: 40 metros de comprimento e mais de 250 anos de idade. Dentes famintos giram enquanto roem a madeira. Satisfeita, a motosserra silencia apenas quando o tronco jaz no solo úmido. Uma equipe de fiscais do Ibama/MT realiza seu trabalho de rotina contra o desmatamento ilegal. Em uma das ações, a castanheira é encontrada ainda em seu local de queda.

Do município de Novo Mundo, em Mato Grosso, um pedaço daquela castanheira, tora de sete metros de comprimento por dois metros de espessura na base e quase 15 toneladas, segue para Brasília. Ela será exposta ao público como símbolo de um tempo que já não pode mais existir: a nova consciência social pede sustentabilidade. Esse é o teor da Mostra Nacional Ambiental – Caminhos da Sustentabilidade, a ser realizada entre os dias 03 e 07 de novembro próximo, na sede do Ibama, em Brasília/DF.

O evento funcionará de 8h30 às 20h entre os dias 03 a 05/11 e de 8h30 às 22h nos dias 06 e 07/11. A tora de castanheira já está na entrada da sede do Ibama. O analista ambiental Gerson Sternadt realizou a medição da madeira e fez a estimativa da idade e da altura original. O Laboratório de Produtos Florestais, ligado ao Serviço Florestal Brasileiro, está produzindo o suporte para a tora, que ficará suspensa e terá placa de informações sobre a árvore.
Castanheira

A castanheira, árvore de grande porte que chega a atingir 60m de altura, é encontrada em vários países amazônicos, mas suas maiores concentrações estão na Amazônia brasileira. A castanha, além de alimento muito rico, é utilizada na produção de um óleo com propriedades gastronômicas, cosméticas e lubrificantes.

O abate dessa espécie é proibido por lei, já que a castanha é fonte de subsistência das comunidades locais. Em Jamari/RO, por exemplo, a castanha-do-pará é coletada pelas populações tradicionais. Por isso, sua exploração é vetada ao concessionário de terras, que é obrigado a garantir o acesso dos comunitários às áreas de manejo para que coletem seus frutos durante a safra, que, na região, vai de dezembro a abril.

Fonte: Envolverde/Ibama

ITTO Sindimadeira_rs