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Notícias

18
out
2009
(SETOR FLORESTAL)
Empresa vence concorrência no BNDES para plantar florestas
O prazo para encaminhamento das propostas se encerrou em 17/07/2009 e a empresa vencedora foi a Global Equity.

O BNDES realizou chamada pública para a seleção de gestor de Fundo de Investimento em Participações, com foco em ativos florestais, no âmbito do Programa de Fundos de Investimentos do Banco. O prazo para encaminhamento das propostas se encerrou em 17/07/2009 e a empresa vencedora foi a Global Equity.

O que estranhou o mercado, e olha que tinha muita gente de peso no processo, foi o fato de a Global não ter nenhum histórico na área florestal, embora no site da empresa faça referência a um fundo denominado FIP Reflorestamento, mas que, segundo nossa pesquisa, não tem nenhum registro deste fundo no site da CVM.

O que deve ter pesado na balança na escolha da empresa pode ser a sua associação com a Vale, o que leva a supor que os investimentos estejam focados no projeto da Vale Florestar que já tem aproximadamente 41 km2 de florestas plantadas no sul do Pará. O projeto da Vale pretende plantar um total de 1,5 mil km2, provavelmente para fornecer madeira para a fábrica da Suzano.

Tais investimentos não poderão abranger desmatamento de floresta nativa e estarão obrigados a recompor as Reservas Legais – RL e Áreas de Preservação Permanente – APPs, bem como visar à geração de oportunidades de emprego para a mão-de-obra local.

Um percentual do patrimônio do fundo, a ser definido no seu regulamento, será destinado a projetos implantados em áreas degradadas.

Segundo os termos do programa de fundos de investimentos do BNDES, o banco entra com até 20% do fundo e o gestor escolhido é responsável por captar os restantes 80% do capital. O total do fundo e os valores a serem liberados também não foram divulgados.

Conheça o Grupo Global a qual pertence a Global Equity

O Grupo Global acumula mais de 10 anos de experiência na gestão de fundos de investimento. Com um histórico de eficiência comprovada em fundos Multimercado e de Renda Variável, o Grupo foi pioneiro nos fundos de crédito corporativo, a partir de 2002. Na ocasião, havia apenas uma empresa, a Globalvest Asset Management. Mas o rápido avanço do crédito levou à formação de outras duas empresas, uma para atuar especificamente nessa área, a Global Capital, e outra com foco nos fundos Multimercado, de Ações e Private Equity, a Global Equity. Assim a Globalvest deu lugar ao Grupo Global. Atualmente, o Grupo Global administra R$ 2,85 bilhões* em fundos de investimento. Desse montante, 100%* são destinados aos fundos exclusivos.

A Global Capital é a primeira asset independente no mercado brasileiro 100% focada em fundos de crédito corporativo. Nos mercados desenvolvidos, é comum que a operação de crédito seja separada das demais, até porque ela exige uma equipe especialmente formada para esse fim. Além do Grupo Global contar com essa equipe, o pioneirismo se traduziu em uma maior experiência para os profissionais que a compõem. Um reconhecimento disso foi o primeiro lugar obtido pela empresa no ranking das maiores assets focadas em fundos de pensão, realizado pela revista Investidor Institucional. A Global Capital administra R$ 1,58 bilhão* em Fundo de Investimento de Crédito Privado para Investidores Qualificados e Super Qualificados, além de FIDC’s.

A Global Equity também possui uma equipe altamente qualificada e pronta para atender à demanda de seus clientes. Ela inclui profissionais que atuam em gestão de fundos de Renda Fixa e Variável, além de Análise de Empresas e Private Equity. Sua eficiência tem sido constantemente premiada e reconhecida, como fez o último Guia Exame de Investimentos ao classificar o fundo Multimercado Global Equity Plus (nova denominação do Fundo Multimercado Globalvest Plus) como um dos únicos quatro melhores fundos com cinco estrelas. A Global Equity administra R$ 1,27 bilhão* em fundos de investimento. Desse montante, 98,0%* são destinados aos fundos exclusivos.

Buscando sempre explorar ineficiências do mercado local e tendo filosofia de investimento focada em valor, o Grupo Global tem como público-alvo.

Veja mais informações no site da empresa: http://www.globalequity.com.br/

Conheça o Projeto Vale Florestar

O Programa Vale Florestar está apenas começando e já gera renda, empregos com carteira assinada e novas perspectivas de recuperação e conservação da Floresta Amazônica

Imagine a área de duas cidades do tamanho de Londres ou 3 mil km². Esse é o tamanho do Vale Florestar, programa iniciado em 2007, com a missão de promover a reabilitação de áreas desmatadas da Amazônia a partir de ações de recuperação de matas nativas, combinadas com o plantio de florestas industriais. Serão 1,5 mil km² de proteção e recomposição de árvores e espécies originais, agregadas a 1,5 mil km² de reflorestamento industrial no sudeste do Estado do Pará – Brasil. Um investimento de US$ 300 milhões até o ano de 2015.

A idéia é criar um ciclo virtuoso que começa com a expansão da silvicultura na região e prossegue atraindo indústrias de base florestal e outras atividades produtivas associadas, além de incentivar a legalização das terras. Com isso, espera-se gerar um efeito multiplicador em renda, emprego, impostos e melhoria da qualidade de vida. Ao mesmo tempo, o programa dará uma ocupação ordenada às terras, o que ajudará na preservação das áreas de mata nativa que ainda existem na região.

Mas plantar florestas comerciais pode contribuir para proteger florestas naturais? "Claro que sim." A resposta, carregada de entusiasmo, é do professor e doutor em política florestal e meio ambiente da Universidade Federal do Paraná, Joésio Pierin Siqueira. "Digo mais: essa é a única solução para recuperar terras já desmatadas e, ao mesmo tempo, preservar as áreas nativas", continua o professor, que, apesar de não estar envolvido com o Vale Florestar, já prestou consultoria para a empresa em outros projetos. Para ele, mesmo que todos os brasileiros se tornem fiscais da Amazônia, não será possível deter o desmatamento se não houver uma alternativa econômica de produção de madeira. "O mundo, inclusive o Brasil, quer e precisa de madeira. Então, vamos plantar. Temos sol, temos terra disponível e temos tecnologia", ressalta.

Com mais de 25 anos de experiência e estudos na área, o professor acredita que o Vale Florestar se transformará em um modelo de gestão florestal no Brasil e no mundo. "O programa reúne todas as ações fundamentais para construir as bases de um desenvolvimento sustentável na região. Gera riqueza econômica e desenvolvimento social, mantém a floresta e recupera o que já foi devastado. A iniciativa mostrará que é possível produzir e conservar. Outros virão depois", prevê Siqueira.

Florestas industriais

Desde o início das atividades, em fevereiro de 2007, o Vale Florestar já realizou o plantio de 41 km² de florestas industriais. Em 2008, com a incorporação de novas fazendas, o plantio atingirá 140 km², enquanto cerca de 250 km² serão destinados à recuperação de florestas nativas. Os processos de licenciamento das novas áreas já estão em curso.

"Queremos agilizar a implantação do programa porque é uma proposta de manejo que inclui um forte componente de fortalecimento da legalidade e daregulamentação fundiária", diz o secretário de Meio Ambiente do Pará, Valmir Ortega. Para ele, o principal desafio nos próximos anos será regulamentar um mecanismo de licenciamento para atividade de reflorestamento mais simples do que os existentes atualmente. "No caso do Pará, essa simplificação poderá alavancar também a legalização fundiária e a implantação de uma nova estratégia de zoneamento ecológico e econômico. Não queremos e não vamos repetir a experiência do centro-sul, de substituir áreas degradadas por pasto e plantação de soja. Queremos plantar florestas", promete Ortega.

Já realizamos o plantio de 41 km² de florestas industriais.

A proposta do Vale Florestar consiste em usar, no máximo, metade da área para produção de madeira e destinar o restante para reabilitação da floresta nativa. Um trabalho que inclui a proteção e o enriquecimento de fragmentos florestais ainda existentes. Entre esses fragmentos, uma especial atenção é dada às matas ciliares – fundamentais porque protegem as fontes de água – e aos corredores ecológicos, que ligam diferentes fragmentos. Esses dois tipos de área potencializam os resultados da reabilitação e ajudam a conservar e incrementar a biodiversidade local. "Nesse primeiro ano, a proporção de área de reabilitação foi maior do que a destinada à floresta industrial. Cerca de 65% da área trabalhada foi para reabilitação", conta o engenheiro florestal Manoel Brum, responsável pelo controle operacional e de qualidade do Vale Florestar.

Cultura do reflorestamento

A criação de empregos é uma transformação já percebida nas principais cidades da região. "As mesmas mãos que desmataram e queimaram madeira estão, agora, plantando florestas", observa Adnan Demachki, prefeito de Paragominas, município que, com Dom Eliseu, Ulianópolis e Rondon do Pará, compõe a área de abrangência do Vale Florestar, no sudeste do Pará – Brasil. Um dos pontos fortes do programa é sua capacidade de difusão e consolidação da cultura de reflorestamento como forma de gerar renda para as pessoas da região. "Não só no plantio de árvores, mas também porque vai viabilizar o fortalecimento do pólo moveleiro que já implantamos em Paragominas", destaca Demachki.

Em dezembro de 2007, o número de trabalhadores no programa atingiu 873 pessoas, sendo 41 empregados Vale e 832 terceiros contratados pelas duas empresas parceiras. "Pelo acordo, oferecemos aos nossos empregados benefícios que vão além da legislação, como plano de saúde, alimentação balanceada, treinamentos emsegurança e meio ambiente", conta Jacimar Zanelato, diretor da Enflora Empreendimentos Florestais, uma das empresas atuantes no Vale Florestar.


Uma especial atenção é dada às matas ciliares que protegem as fontes de água Linhares (ES-Brasil).

Depois de um começo difícil, o empresário acredita que os próximos anos serão promissores: "Tivemos problemas para reter o pessoal, porque eles não estavam acostumados ao trabalho fixo, com horários determinados. Mas agora já podemos perceber que eles valorizam o emprego e entendem o conceito de contribuir para recuperar a floresta".

O Vale Florestar também é visto como modelo pela Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf). "Sem dúvida, é o mais ambicioso e bem planejado programa de florestas plantadas já realizado no Brasil", afirma o diretor executivo, César Reis. "É socialmente justo e ambientalmente correto", resume.

Uma das características da iniciativa é que a Vale não compra as terras, mas estimula parcerias por meio de arrendamentos. A empresa incentiva a regulamentação fundiária das terras e dá oportunidade aos proprietários de continuar na região, com uma atividade que aumenta a disponibilidade de madeira e contribui para recuperar a mata nativa de áreas de preservação permanente e reservas legais. É um processo em que todos ganham.

Fonte: Painel Florestal

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