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Notícias
07
out
2009
(CARBONO)
Pará tem carbono para 30 anos, avaliado em US$ 65 bi
A governadora Ana Julia anuncia nos EUA que esse estoque "transforma as pessoas na Amazônia e ajuda a salvar o mundo". Outros quatro governadores da Amazônia estiveram no encontro.
O potencial de carbono do Estado do Pará tem período de duração estimado em 30 anos e foi avaliado hoje em US$ 65 bilhões pela governadora Ana Julia (PT), durante apresentação das políticas públicas adotadas para a conservação da floresta amazônica e a instalação de um novo modelo de desenvolvimento, baseado na sustentabilidade ambiental. Ana Julia e os demais governadores da Amazônia participam em Los Angeles do Fórum Global de Governadores sobre Clima e Floresta (GGCS2, sigla em inglês).
Lá também estão os governadores Arnóbio Marques, "Binho" (Acre), Valdez Góes (Amapá), Eduardo Braga (Amazonas) e o vice-governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa. Eles integraram o painel mais esperado do evento, que abordou o tema "Soluções para a Floresta: Protegendo o Pulmão do Mundo".
Levando em conta uma área degradada ilegalmente de 12% do território e a aplicação de modelos de negócio estabelecidos no Programa 1 Bilhão de Árvores para a Amazônia, cujo conceito é promover a recuperação de áreas degradadas com viés econômico, são mais US$ 31 bilhões em oportunidades de carbono, numa conta conservadora, que estabelece a tonelada a US$ 3 no mercado voluntário.
Pará X Califórnia
"Somos um estado detentor de um generoso estoque de carbono e queremos converter esse bem, que ajuda a salvar o mundo, na transformação da vida das pessoas, na valorização dos povos da floresta", destacou Ana Júlia para uma platéia que a aplaudiu com entusiasmo.
A governadora fez um comparativo entre o Pará e a Califórnia, explicando que governa um estado que tem o triplo do território do estado norte-americano. "No entanto, o PIB da Califórnia é 40% maior que o PIB do Brasil e 220 vezes maior que o PIB paraense. Enquanto no Pará a riqueza gerada por km2/ano é de US$ 20 mil, na Califórnia é de US$ 4 milhões por km²/ano", ela disse.
Para Ana Júlia, é necessário avaliar a dimensão dessa relação. "Não podemos falar em conservação sem levar em conta a melhoria da qualidade de vida dos povos que vivem na floresta", disse. Acrescentou que a floresta, "que tanto bem faz ao mundo, não pode ter como ônus o sofrimento social".
Políticas
A governadora discorreu ainda sobre as políticas de sustentabilidade que seu governo está implementando, como o zoneamento ecológico-econômico da zona oeste, já concluído, e o da borda leste e Calha Norte, em fase final de elaboração; o Cadastro Ambiental Rural; a lei estadual de regularização fundiária; o Plano Prevenção, Combate e Alternativas ao Desmatamento; o decreto que institui a recomposição de áreas degradadas; o Fórum Estadual de Mudanças Climáticas, além do Programa 1 Bilhão de Árvores para a Amazônia e parcerias com instituições não governamentais, como a The Nature Conservancy, Conservação Internacional, Imazon e institutos de pesquisas, entre os quais, o Museu Paraense Emílio Goeldi.
"Não é possível promover a sustentabilidade sem enfrentar os problemas históricos na Amazônia, que são o ordenamento territorial com regularização fundiária e ambiental", destacou. Outro aspecto enfatizado pela governadora foi o estabelecimento de metas de redução do desmatamento ilegal, previsto no Plano de Prevenção, de 80% até 2020, saindo de 6 mil km². até o limite de 1.200 km². "Ao estabelecermos essa meta, estamos contribuindo também para a redução das emissões do Brasil", frisou.
A governadora chamou a atenção dos estados e empresas poluidoras para apresentarem seus projetos e suas oportunidades de negócios, a fim de que junto com os estados detentores de carbono possam contribuir para conservar o planeta, gerar renda e reduzir a pobreza. "Não quero ser cobrada amanhã pelos meus filhos e meus netos por não ter tomado ações acertadas quando devia. Estou com a caneta na mão e comprometida com as futuras gerações, para construir um mundo melhor na questão ambiental", ressaltou.
O potencial de carbono do Estado do Pará tem período de duração estimado em 30 anos e foi avaliado hoje em US$ 65 bilhões pela governadora Ana Julia (PT), durante apresentação das políticas públicas adotadas para a conservação da floresta amazônica e a instalação de um novo modelo de desenvolvimento, baseado na sustentabilidade ambiental. Ana Julia e os demais governadores da Amazônia participam em Los Angeles do Fórum Global de Governadores sobre Clima e Floresta (GGCS2, sigla em inglês).
Lá também estão os governadores Arnóbio Marques, "Binho" (Acre), Valdez Góes (Amapá), Eduardo Braga (Amazonas) e o vice-governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa. Eles integraram o painel mais esperado do evento, que abordou o tema "Soluções para a Floresta: Protegendo o Pulmão do Mundo".
Levando em conta uma área degradada ilegalmente de 12% do território e a aplicação de modelos de negócio estabelecidos no Programa 1 Bilhão de Árvores para a Amazônia, cujo conceito é promover a recuperação de áreas degradadas com viés econômico, são mais US$ 31 bilhões em oportunidades de carbono, numa conta conservadora, que estabelece a tonelada a US$ 3 no mercado voluntário.
Pará X Califórnia
"Somos um estado detentor de um generoso estoque de carbono e queremos converter esse bem, que ajuda a salvar o mundo, na transformação da vida das pessoas, na valorização dos povos da floresta", destacou Ana Júlia para uma platéia que a aplaudiu com entusiasmo.
A governadora fez um comparativo entre o Pará e a Califórnia, explicando que governa um estado que tem o triplo do território do estado norte-americano. "No entanto, o PIB da Califórnia é 40% maior que o PIB do Brasil e 220 vezes maior que o PIB paraense. Enquanto no Pará a riqueza gerada por km2/ano é de US$ 20 mil, na Califórnia é de US$ 4 milhões por km²/ano", ela disse.
Para Ana Júlia, é necessário avaliar a dimensão dessa relação. "Não podemos falar em conservação sem levar em conta a melhoria da qualidade de vida dos povos que vivem na floresta", disse. Acrescentou que a floresta, "que tanto bem faz ao mundo, não pode ter como ônus o sofrimento social".
Políticas
A governadora discorreu ainda sobre as políticas de sustentabilidade que seu governo está implementando, como o zoneamento ecológico-econômico da zona oeste, já concluído, e o da borda leste e Calha Norte, em fase final de elaboração; o Cadastro Ambiental Rural; a lei estadual de regularização fundiária; o Plano Prevenção, Combate e Alternativas ao Desmatamento; o decreto que institui a recomposição de áreas degradadas; o Fórum Estadual de Mudanças Climáticas, além do Programa 1 Bilhão de Árvores para a Amazônia e parcerias com instituições não governamentais, como a The Nature Conservancy, Conservação Internacional, Imazon e institutos de pesquisas, entre os quais, o Museu Paraense Emílio Goeldi.
"Não é possível promover a sustentabilidade sem enfrentar os problemas históricos na Amazônia, que são o ordenamento territorial com regularização fundiária e ambiental", destacou. Outro aspecto enfatizado pela governadora foi o estabelecimento de metas de redução do desmatamento ilegal, previsto no Plano de Prevenção, de 80% até 2020, saindo de 6 mil km². até o limite de 1.200 km². "Ao estabelecermos essa meta, estamos contribuindo também para a redução das emissões do Brasil", frisou.
A governadora chamou a atenção dos estados e empresas poluidoras para apresentarem seus projetos e suas oportunidades de negócios, a fim de que junto com os estados detentores de carbono possam contribuir para conservar o planeta, gerar renda e reduzir a pobreza. "Não quero ser cobrada amanhã pelos meus filhos e meus netos por não ter tomado ações acertadas quando devia. Estou com a caneta na mão e comprometida com as futuras gerações, para construir um mundo melhor na questão ambiental", ressaltou.
Fonte: Envolverde/Agência Amazônia
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