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Notícias
06
out
2009
(CARBONO)
Maggi defende REDD
O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, pediu a compensação financeira aos produtores rurais que não desmatam. De acordo com ele, isso depende da inclusão de políticas de Redução de Emissões para o Desmatamento e a Degradação (REDD) nas discussões internacionais sobre o crédito de carbono.
"As políticas devem ser feitas em círculo.Que alternativa será dada aos que desmatam? E aqueles que serão impedidos de desmatar o que ganharão com isso? Não se pode simplesmente dizer que não pode [desmatar]", disse o governador.
A afirmação foi feita durante encontro entre frigoríficos, ambientalistas e o governador, para assinatura de um compromisso dos empresários pelo rompimento de seus contratos com fornecedores de carne que venham desmatando a floresta amazônica.
Maggi assinou o acordo e admitiu que hoje houve mudanças no mercado, dizendo que não tem dificuldade em também se transformar para atender às atuais exigências de atendimento à sustentabilidade por parte dos consumidores. No entanto, ele ponderou que, nos Estados onde a pecuária avançou mais, como Mato Grosso, Pará e Rondônia, é difícil fazer com que o produtor deixe de desmatar sem que se ofereça a ele e a sua família garantia de sustento.
"Os serviços ambientais de quem vive na floresta devem ser recompensados. Precisamos colocar o REDD na pauta das discussões sobre crédito de carbono", disse.
Para ele, os proprietários que se comprometem a não derrubar a floresta existente dentro dos 20% de seu imóvel que, pela lei, podem ser desmatados, deveriam receber por essa iniciativa. O governador também defende que seja facilitado o crédito voltado a tecnologias que permitam o aumento da produtividade, sem a necessidade de ampliação das áreas onde é realizada a produção.
Maggi acredita que é possível triplicar a quantidade de grãos produzidos no Brasil e ampliar a pecuária sem prejudicar o meio ambiente, a partir do aproveitamento de locais já devastados. "Precisamos fazer com que o dinheiro seja voltado a pecuaristas que têm áreas degradadas para que possam aumentar sua produtividade com crédito barato e sem necessidade de desmatamento", sugeriu.
O governador também afirmou que os dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que a produção brasileira continuou a aumentar, embora o setor agropecuário tenha perdido territórios após o reconhecimento de reservas ecológicas.
"Todos devem mudar e, daqui dois ou três anos, teremos cumprido a meta de cadastrar todas as propriedades, fazendo com que todos estejam no MT Legal [programa do governo estadual de incentivo à regularização fundiária] e a pecuária do Brasil seja legal, para que os frigoríficos possam ir ao exterior de peito aberto", afirmou.
Para Maggi, a preservação aliada à produção é um desejo da sociedade, e o Brasil deve aproveitar o fato de ser um dos poucos países do mundo que ainda tem condições de produzir de forma sustentável por ter parte de sua vegetação ainda preservada.
Marcelo Furtado, do Greenpeace disse esperar mesmo que as promessas do governo do Mato Grosso e dos empresários sejam cumpridas. "Na hora de fazer o movimento econômico, vocês são muito rápidos. Esperamos que nos critérios sustentáveis também seja assim", afirmou.
Paulo Adário, pesquisador da ONG, que reuniu documentos da região durante três anos, destacou, sobre a fala do governador Maggi, que o aumento da produtividade na Amazônia até hoje foi acompanhado de barbárie e decadência, problemas que devem ser combatidos. "A geração de emprego e renda em longo prazo na Amazônia, só será possível se tiver longo prazo para a floresta", disse.
De acordo com o ambientalista, mais de 700 mil quilômetros quadrados de floresta amazônica foram dizimados nos últimos anos, para dar lugar à expansão da produção, sendo que 20% das atividades econômicas que geraram a devastação revelaram ter baixíssima produtividade.
"As políticas devem ser feitas em círculo.Que alternativa será dada aos que desmatam? E aqueles que serão impedidos de desmatar o que ganharão com isso? Não se pode simplesmente dizer que não pode [desmatar]", disse o governador.
A afirmação foi feita durante encontro entre frigoríficos, ambientalistas e o governador, para assinatura de um compromisso dos empresários pelo rompimento de seus contratos com fornecedores de carne que venham desmatando a floresta amazônica.
Maggi assinou o acordo e admitiu que hoje houve mudanças no mercado, dizendo que não tem dificuldade em também se transformar para atender às atuais exigências de atendimento à sustentabilidade por parte dos consumidores. No entanto, ele ponderou que, nos Estados onde a pecuária avançou mais, como Mato Grosso, Pará e Rondônia, é difícil fazer com que o produtor deixe de desmatar sem que se ofereça a ele e a sua família garantia de sustento.
"Os serviços ambientais de quem vive na floresta devem ser recompensados. Precisamos colocar o REDD na pauta das discussões sobre crédito de carbono", disse.
Para ele, os proprietários que se comprometem a não derrubar a floresta existente dentro dos 20% de seu imóvel que, pela lei, podem ser desmatados, deveriam receber por essa iniciativa. O governador também defende que seja facilitado o crédito voltado a tecnologias que permitam o aumento da produtividade, sem a necessidade de ampliação das áreas onde é realizada a produção.
Maggi acredita que é possível triplicar a quantidade de grãos produzidos no Brasil e ampliar a pecuária sem prejudicar o meio ambiente, a partir do aproveitamento de locais já devastados. "Precisamos fazer com que o dinheiro seja voltado a pecuaristas que têm áreas degradadas para que possam aumentar sua produtividade com crédito barato e sem necessidade de desmatamento", sugeriu.
O governador também afirmou que os dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que a produção brasileira continuou a aumentar, embora o setor agropecuário tenha perdido territórios após o reconhecimento de reservas ecológicas.
"Todos devem mudar e, daqui dois ou três anos, teremos cumprido a meta de cadastrar todas as propriedades, fazendo com que todos estejam no MT Legal [programa do governo estadual de incentivo à regularização fundiária] e a pecuária do Brasil seja legal, para que os frigoríficos possam ir ao exterior de peito aberto", afirmou.
Para Maggi, a preservação aliada à produção é um desejo da sociedade, e o Brasil deve aproveitar o fato de ser um dos poucos países do mundo que ainda tem condições de produzir de forma sustentável por ter parte de sua vegetação ainda preservada.
Marcelo Furtado, do Greenpeace disse esperar mesmo que as promessas do governo do Mato Grosso e dos empresários sejam cumpridas. "Na hora de fazer o movimento econômico, vocês são muito rápidos. Esperamos que nos critérios sustentáveis também seja assim", afirmou.
Paulo Adário, pesquisador da ONG, que reuniu documentos da região durante três anos, destacou, sobre a fala do governador Maggi, que o aumento da produtividade na Amazônia até hoje foi acompanhado de barbárie e decadência, problemas que devem ser combatidos. "A geração de emprego e renda em longo prazo na Amazônia, só será possível se tiver longo prazo para a floresta", disse.
De acordo com o ambientalista, mais de 700 mil quilômetros quadrados de floresta amazônica foram dizimados nos últimos anos, para dar lugar à expansão da produção, sendo que 20% das atividades econômicas que geraram a devastação revelaram ter baixíssima produtividade.
Fonte: Amazônia.org.br
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