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Notícias
05
out
2009
(MADEIRA E PRODUTOS)
Ibama e PF: operação combate ladrões de madeira
A equipe, vinda de Brasília, mantém sigilo sobre o local exato onde irá agir para prender em flagrante os autores de crimes ambientais.
Roubo de madeira, devastação indiscriminada e grilagem de terras públicas levaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com apoio da Polícia Federal e uso de helicóptero a desfechar operação em áreas de floresta densa entre os municípios de Altamira e Marabá. A equipe, vinda de Brasília, mantém sigilo sobre o local exato onde irá agir para prender em flagrante os autores de crimes ambientais.
A ordem partiu do gabinete do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que em julho passado esteve na região da Terra do Meio, durante a operação “Boi Pirata”. Um sindicalista de Altamira informou que caminhões lotados com madeira ilegal saem diariamente de áreas pertencentes à União sem qualquer problema. A fiscalização é inexistente, o que estimula a ação das quadrilhas. Terras que deveriam ser destinadas à reforma agrária ou servir de modelo de extração sustentável de madeira são utilizadas na especulação imobiliária e contrabando de espécies nobres.
A rota dos crimes engloba os rios Pacajá e Anapu, o lago da hidrelétrica de Tucuruí e a Transamazônica que cortam os municípios de Anapu, Pacajá e Novo Repartimento. A madeira também é roubada num raio de duzentos quilômetros da área do cinturão verde do perímetro urbano de Repartimento e, inclusive, da Reserva Indígena (RI) Parakanã. “Até mogno é contrabandeado e declarado em Autorização de Transporte de Produto Florestal (ATPF) como jatobá, devido à semelhança entre as duas espécies”, informa um policial.
Propina
O acapu merece um capítulo à parte na extração ilegal de madeira. Segundo um madeireiro, a estaca do acapu é vendida a R$ 5 no mercado interno. Exportado clandestinamente para Governador Valadares (MG,) o preço aumenta quatorze vezes de cotação, passando a sair por 35 dólares a unidade. O acapu é utilizado em construções civis e até como obra de arte no interior mineiro e levado para os Estados Unidos.
A propina corre solta para que o saque à floresta fique impune. Um outro madeireiro relata que fiscais, policiais civis e militares recebem em conta bancária para liberar caminhões com toras de madeira. A tabela varia de R$ 1,5 mil a R$ 30 mil, dependendo da quantidade transportada e do número de caminhões envolvidos no contrabando. É comum ver carretas com toras de madeira no período noturno estacionadas em Novo Repartimento e de madrugada seguirem em direção a Marabá pela Transamazônica, sem nenhuma fiscalização.
Boi Pirata II
Desde o início da Operação Boi Pirata II, em junho deste ano, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já aplicou R$ 128,5 milhões em multas no Estado do Pará. Nos últimos dias, segundo o Ibama, foi aplicado mais de R$ 6,1 milhões em multas na região de Novo Progresso, na divisa com Altamira, no sudoeste do Pará.
A Boi Pirata II já embargou mais de 35 mil hectares de terras. A operação combate o desmate para a atividade pecuária em áreas protegidas na Amazônia Legal. Com o apoio da Força Nacional e do Batalhão de Polícia Ambiental, os fiscais já apreenderam 628 bois e 101 ovelhas que serão doados ao Programa Fome Zero, do Governo Federal, e notificaram a retirada de cerca de 20 mil cabeças de gado criado em terras proibidas, como as desmatadas irregularmente ou no interior da Floresta Nacional do Jamanxim.
A operação englobará áreas onde os criminosos atuam sem pudores, principalmente nos rios Pacajá, Anapu, na Hidrelétrica de Tucuruí e Transamazônica.
Roubo de madeira, devastação indiscriminada e grilagem de terras públicas levaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com apoio da Polícia Federal e uso de helicóptero a desfechar operação em áreas de floresta densa entre os municípios de Altamira e Marabá. A equipe, vinda de Brasília, mantém sigilo sobre o local exato onde irá agir para prender em flagrante os autores de crimes ambientais.
A ordem partiu do gabinete do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que em julho passado esteve na região da Terra do Meio, durante a operação “Boi Pirata”. Um sindicalista de Altamira informou que caminhões lotados com madeira ilegal saem diariamente de áreas pertencentes à União sem qualquer problema. A fiscalização é inexistente, o que estimula a ação das quadrilhas. Terras que deveriam ser destinadas à reforma agrária ou servir de modelo de extração sustentável de madeira são utilizadas na especulação imobiliária e contrabando de espécies nobres.
A rota dos crimes engloba os rios Pacajá e Anapu, o lago da hidrelétrica de Tucuruí e a Transamazônica que cortam os municípios de Anapu, Pacajá e Novo Repartimento. A madeira também é roubada num raio de duzentos quilômetros da área do cinturão verde do perímetro urbano de Repartimento e, inclusive, da Reserva Indígena (RI) Parakanã. “Até mogno é contrabandeado e declarado em Autorização de Transporte de Produto Florestal (ATPF) como jatobá, devido à semelhança entre as duas espécies”, informa um policial.
Propina
O acapu merece um capítulo à parte na extração ilegal de madeira. Segundo um madeireiro, a estaca do acapu é vendida a R$ 5 no mercado interno. Exportado clandestinamente para Governador Valadares (MG,) o preço aumenta quatorze vezes de cotação, passando a sair por 35 dólares a unidade. O acapu é utilizado em construções civis e até como obra de arte no interior mineiro e levado para os Estados Unidos.
A propina corre solta para que o saque à floresta fique impune. Um outro madeireiro relata que fiscais, policiais civis e militares recebem em conta bancária para liberar caminhões com toras de madeira. A tabela varia de R$ 1,5 mil a R$ 30 mil, dependendo da quantidade transportada e do número de caminhões envolvidos no contrabando. É comum ver carretas com toras de madeira no período noturno estacionadas em Novo Repartimento e de madrugada seguirem em direção a Marabá pela Transamazônica, sem nenhuma fiscalização.
Boi Pirata II
Desde o início da Operação Boi Pirata II, em junho deste ano, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já aplicou R$ 128,5 milhões em multas no Estado do Pará. Nos últimos dias, segundo o Ibama, foi aplicado mais de R$ 6,1 milhões em multas na região de Novo Progresso, na divisa com Altamira, no sudoeste do Pará.
A Boi Pirata II já embargou mais de 35 mil hectares de terras. A operação combate o desmate para a atividade pecuária em áreas protegidas na Amazônia Legal. Com o apoio da Força Nacional e do Batalhão de Polícia Ambiental, os fiscais já apreenderam 628 bois e 101 ovelhas que serão doados ao Programa Fome Zero, do Governo Federal, e notificaram a retirada de cerca de 20 mil cabeças de gado criado em terras proibidas, como as desmatadas irregularmente ou no interior da Floresta Nacional do Jamanxim.
A operação englobará áreas onde os criminosos atuam sem pudores, principalmente nos rios Pacajá, Anapu, na Hidrelétrica de Tucuruí e Transamazônica.
Fonte: Diário do Pará
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