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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Valorização desenfreada do Real preocupa setor madeireiro
A falta de controle sobre a valorização do Real frente ao dólar nos últimos meses tem causado preocupação nos empresários de produtos de madeira. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente – Abimci, o setor de base florestal é responsável por 7% das exportações brasileiras, atrás apenas do minério de ferro e da soja. Com a variação da cotação do dólar, que registrou 17,1% de baixa acumulada desde o começo de abril, os produtores de Compensado de Pinus, por exemplo, já perceberam queda nas exportações. No dia 12 de maio, a moeda norte-americana teve o menor valor desde 18 de julho de 2002, R$ 2,86. É a quinta queda consecutiva.
Segundo o empresário Luiz Carlos de Toledo Barros, produtor de Compensado de Pinus, a valorização rápida do Real nesses últimos meses provocou perda de receita de 20% na empresa sem redução de custos. “Se o dólar ficar muito abaixo de R$ 3,50, deveremos ter uma redução perto de 50% do volume total das exportações de Compensado de Pinus, que é de US$ 22 milhões por mês”, revela Barros. Para ele, a variação do câmbio de forma descontrolada sempre é prejudicial. Segundo o vice-presidente do Comitê de Pinus da Abimci, Paulo Roberto Pupo, as exportações estão em queda desde abril e isso deve se intensificar em maio. “O custo final do produto ainda se encontra em um patamar muito elevado”, explica Pupo.
No ano passado, a forte desvalorização da moeda brasileira gerou aumento da produção de Compensado de Pinus, reduzindo o preço no mercado internacional, já que a oferta do produto cresceu. “Em contrapartida, houve alta nos custos da matéria-prima (toras) e dos insumos, principalmente da cola”, afirma Barros. De acordo com o empresário, a saída para os produtores de Compensado de Pinus nesse momento é a redução da produção para que seja possível uma negociação do preço internacional junto aos importadores e do valor de insumos e matéria-prima. Para Pupo, essa também seria a solução nas atuais circunstâncias. “A única forma de recuperar o valor final do produto é uma redução drástica de pelo menos 50% da produção”, afirma o vice-presidente do Comitê. Além disso, ele conta que os produtores já estão pedindo um reajuste aos importadores para embarques no mês de junho, como no caso do Compensado de Pinus 18 mm C+/C a US$ 200/FOB.
Para o vice-presidente de Relações Internacionais da Abimci, Isac Zugman, não há estratégias por parte dos empresários que consigam compensar tão acentuada valorização da moeda brasileira. “As exportações cairão a cada dia. A situação somente se reverterá se houver uma certa desvalorização do Real e aumento de preços”, contesta Zugman. Segundo o vice-presidente, falta experiência ao atual Governo. Além disso, ele lembra que as conseqüências não foram boas quando o Real esteve “excessivamente forte”. Para ele, o dólar deveria permanecer no patamar de R$ 3,20 ou R$ 3,25. “O Governo não deve ficar eufórico porque a inflação diminuiu. Isso é ilusório. Empregos e mercados estão sendo perdidos e a cadeia produtiva vai sendo desmantelada”, completa Zugman. De acordo com a Abimci, no setor madeireiro, o Brasil pode perder mercado principalmente para o leste europeu, além de países Escandinavos, Chile, Nova Zelândia, Canadá, Estados Unidos e China.
Fonte: Singular Agência
Segundo o empresário Luiz Carlos de Toledo Barros, produtor de Compensado de Pinus, a valorização rápida do Real nesses últimos meses provocou perda de receita de 20% na empresa sem redução de custos. “Se o dólar ficar muito abaixo de R$ 3,50, deveremos ter uma redução perto de 50% do volume total das exportações de Compensado de Pinus, que é de US$ 22 milhões por mês”, revela Barros. Para ele, a variação do câmbio de forma descontrolada sempre é prejudicial. Segundo o vice-presidente do Comitê de Pinus da Abimci, Paulo Roberto Pupo, as exportações estão em queda desde abril e isso deve se intensificar em maio. “O custo final do produto ainda se encontra em um patamar muito elevado”, explica Pupo.
No ano passado, a forte desvalorização da moeda brasileira gerou aumento da produção de Compensado de Pinus, reduzindo o preço no mercado internacional, já que a oferta do produto cresceu. “Em contrapartida, houve alta nos custos da matéria-prima (toras) e dos insumos, principalmente da cola”, afirma Barros. De acordo com o empresário, a saída para os produtores de Compensado de Pinus nesse momento é a redução da produção para que seja possível uma negociação do preço internacional junto aos importadores e do valor de insumos e matéria-prima. Para Pupo, essa também seria a solução nas atuais circunstâncias. “A única forma de recuperar o valor final do produto é uma redução drástica de pelo menos 50% da produção”, afirma o vice-presidente do Comitê. Além disso, ele conta que os produtores já estão pedindo um reajuste aos importadores para embarques no mês de junho, como no caso do Compensado de Pinus 18 mm C+/C a US$ 200/FOB.
Para o vice-presidente de Relações Internacionais da Abimci, Isac Zugman, não há estratégias por parte dos empresários que consigam compensar tão acentuada valorização da moeda brasileira. “As exportações cairão a cada dia. A situação somente se reverterá se houver uma certa desvalorização do Real e aumento de preços”, contesta Zugman. Segundo o vice-presidente, falta experiência ao atual Governo. Além disso, ele lembra que as conseqüências não foram boas quando o Real esteve “excessivamente forte”. Para ele, o dólar deveria permanecer no patamar de R$ 3,20 ou R$ 3,25. “O Governo não deve ficar eufórico porque a inflação diminuiu. Isso é ilusório. Empregos e mercados estão sendo perdidos e a cadeia produtiva vai sendo desmantelada”, completa Zugman. De acordo com a Abimci, no setor madeireiro, o Brasil pode perder mercado principalmente para o leste europeu, além de países Escandinavos, Chile, Nova Zelândia, Canadá, Estados Unidos e China.
Fonte: Singular Agência
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