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Notícias

08
set
2009
(GERAL)
Revoadas de cupins atacam residências e árvores em SP
Começaram nesta semana as revoadas do cupim Coptotermes (que ataca principalmente casas e árvores) na capital paulista. As revoadas, que antecedem a primavera, vão ocorrer até por volta de outubro, informa Marcos Roberto Potenza, o pesquisador do Instituto Biológico (IB-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A engenheira agrônoma Teresa Jocys, pesquisadora do instituto especializada em controle de pragas, diz que uma forma de remediar a situação para que a revoada não acabe dentro de casa e manter portas e janelas fechadas ao entardecer e as luzes apagadas ou que não sejam percebidas de fora. “Os cupins são atraídos pela luz”, afirma. Mas não há muito mais o que fazer.

O Coptotermes gestroi é a principal praga na cidade de São Paulo. Segundo o boletim técnico Cupins: pragas em áreas urbanas, do IB, “o cupim C. gestroi ocupa vários ninhos – estruturas independentes, muitos deles desprovidos de reprodutores, chamados de ninhos secundários ou subsidiários”. É frequente encontrar esses ninhos nas construções, inclusive com a presença de jovens, porém não é fácil encontrar o ninho central, com o par de reprodutores primários. Este aspecto da biologia dessa espécie torna ainda mais problemática a sua erradicação do local infestado, informa o Potenza.

Teresa acrescenta que os cupins são sociáveis, não disputam, seguem a hierarquia e protegem muito bem sua reprodutora, que pode viver anos, gerando novos cupins aos milhares.

Além de ocorrer infestações em árvores vivas e/ou raízes, esses cupins atacam madeiras usado em construções, mobiliário e outros materiais celulósicos (papelão, livros), plásticos, tijolos de barro, couro, conduítes elétricos, gesso etc. "Apenas a madeira e produtos que contenham celulose são alimentos, os outros não celulósicos são eliminados sem serem digeridos”.

Pesquisadores do IB realizam inspeção para a identificação de pragas em residências, prédios residenciais e comerciais, indústrias e armazéns. "Durante uma inspeção, é muito importante coletar os espécimes e/ou amostras do material danificado para posterior identificação", relata o boletim técnico do IB. "Os cupins são coletados sem a presença de solo ou fragmentos de madeira e preservados em álcool. É importante etiquetar o material e incluir o máximo possível de informações sobre a localidade", ressalta o pesquisador.

O IB também recebe insetos para identificação. Eles devem ser acondicionados em recipientes com álcool, com exceção de lagartas, mariposas e borboletas. Já as formas jovens (larvas, lagartas, ninfas) devem ser enviadas vivas. Todo o material enviado deve ser rotulado com data e local de coleta (sítio, fazenda, cidade, estado), hospedeiro e nome do coletor.

Fonte: DiárioNet

ITTO Sindimadeira_rs