Voltar
Notícias
07
set
2009
(MEIO AMBIENTE)
ONU pressiona Lula para proteger floresta amazônica
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será pressionado a modificar sua política para a Amazônia e a atender a apelos internacionais em relação à proteção da floresta. Lula ainda será cobrado para que deixe de utilizar o argumento da soberania como elemento para impedir qualquer sugestão externa sobre como lidar com o desmatamento.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abandonou sua conhecida diplomacia e criticou as taxas de desmatamento do Brasil. Ele também deixou claro que são os países ricos que devem ter a "responsabilidade histórica" de realizar as maiores reduções de emissões de CO2 para que haja um acordo climático até o final do ano.
No dia 23 de setembro, Ban reunirá em Nova York presidentes de países com importantes florestas e de países doadores. "O desmatamento é sério. Há muitos países como Brasil, Indonésia e Congo que têm debatido muito esse tema internamente. Mas o que vou apelar é para que esses países estabeleçam uma política clara para lidar com o fenômeno e uma política de administração da situação", disse.
O desmatamento acumulado dos últimos 12 meses na Amazônia foi 46% menor do que no ano anterior, segundo números divulgados há poucos dias pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Apesar da queda no período, há uma ressalva: entre junho e julho, houve aumento de 18,5% em relação aos mesmos dois meses de 2008. Para o Greenpeace, isso indicaria uma inversão da curva e a retomada do desmatamento.
Apesar disso, Ban alerta que os últimos dados sobre o desmatamento no Brasil "ainda são muito sérios." A ONU revelou ao Estado que a cobrança sobre Lula será clara em Nova York. A entidade promete pressionar os países doadores a fazerem compromissos reais para ajudar os países emergentes a manterem suas florestas.
Mas o gabinete de Ban quer uma posição mais flexível de Lula em relação à floresta e que o Brasil e outros emergentes atendam algumas demandas dos doadores. Entre os pontos que o Brasil terá de encarar, estão a insistência para que haja uma metodologia comum para medir o desmatamento, a existência de metas claras de redução do desmatamento e o desmatamento que possa ser medido por critérios adotados por todos os países.
A ONU ainda quer que o Brasil deixe de usar o argumento da soberania para impedir qualquer sugestão sobre o que fazer com a Amazônia. Para a ONU, a posição do Brasil será fundamental para permitir que outros governos sigam uma posição de consenso.
Acordo - O encontro em Nova York será a etapa final antes da reunião de Copenhague em dezembro para tentar fechar um acordo climático. "Só temos 15 dias de negociação até lá", disse Ban, que admite que o tema da floresta tropical estará no centro dos debates em dezembro. Para ele, porém, a grande responsabilidade pelo acordo será dos países ricos, tanto em reduzir emissões como em ajudar financeiramente os países emergentes. Ban estima que o corte de emissões terá de ficar entre 25% e 40% para que se "evite o pior".
"Os cenários mais pessimistas em relação às emissões já estão ocorrendo. Estamos com nosso pé preso ao acelerador e estamos indo ao abismo. As emissões estão se acelerando e o impacto econômico será desastroso", alertou. "A negociação está parada e vivemos uma inércia perigosa", disse.
Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), alerta que o aumento de temperaturas já é uma realidade. "Cometeremos um erro histórico se não assinarmos o acordo", disse.
Observação - Na quarta-feira (2) a ONU obteve um acordo mundial para começar a criação de um sistema internacional de serviços climatológicos. O objetivo é garantir uma troca gratuita de informações e aumentar o volume de dados. A ideia é ainda que as informações sejam usadas por agricultores, profissionais de saúde e outros. "Precisamos mais observação para poder lidar com os desastres", disse Pachauri. "Esse foi o dia em que se pode dizer que os serviços climáticos nasceram", comemorou Janne Lubchenko, chefe do serviço de meteorologia dos Estados Unidos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abandonou sua conhecida diplomacia e criticou as taxas de desmatamento do Brasil. Ele também deixou claro que são os países ricos que devem ter a "responsabilidade histórica" de realizar as maiores reduções de emissões de CO2 para que haja um acordo climático até o final do ano.
No dia 23 de setembro, Ban reunirá em Nova York presidentes de países com importantes florestas e de países doadores. "O desmatamento é sério. Há muitos países como Brasil, Indonésia e Congo que têm debatido muito esse tema internamente. Mas o que vou apelar é para que esses países estabeleçam uma política clara para lidar com o fenômeno e uma política de administração da situação", disse.
O desmatamento acumulado dos últimos 12 meses na Amazônia foi 46% menor do que no ano anterior, segundo números divulgados há poucos dias pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Apesar da queda no período, há uma ressalva: entre junho e julho, houve aumento de 18,5% em relação aos mesmos dois meses de 2008. Para o Greenpeace, isso indicaria uma inversão da curva e a retomada do desmatamento.
Apesar disso, Ban alerta que os últimos dados sobre o desmatamento no Brasil "ainda são muito sérios." A ONU revelou ao Estado que a cobrança sobre Lula será clara em Nova York. A entidade promete pressionar os países doadores a fazerem compromissos reais para ajudar os países emergentes a manterem suas florestas.
Mas o gabinete de Ban quer uma posição mais flexível de Lula em relação à floresta e que o Brasil e outros emergentes atendam algumas demandas dos doadores. Entre os pontos que o Brasil terá de encarar, estão a insistência para que haja uma metodologia comum para medir o desmatamento, a existência de metas claras de redução do desmatamento e o desmatamento que possa ser medido por critérios adotados por todos os países.
A ONU ainda quer que o Brasil deixe de usar o argumento da soberania para impedir qualquer sugestão sobre o que fazer com a Amazônia. Para a ONU, a posição do Brasil será fundamental para permitir que outros governos sigam uma posição de consenso.
Acordo - O encontro em Nova York será a etapa final antes da reunião de Copenhague em dezembro para tentar fechar um acordo climático. "Só temos 15 dias de negociação até lá", disse Ban, que admite que o tema da floresta tropical estará no centro dos debates em dezembro. Para ele, porém, a grande responsabilidade pelo acordo será dos países ricos, tanto em reduzir emissões como em ajudar financeiramente os países emergentes. Ban estima que o corte de emissões terá de ficar entre 25% e 40% para que se "evite o pior".
"Os cenários mais pessimistas em relação às emissões já estão ocorrendo. Estamos com nosso pé preso ao acelerador e estamos indo ao abismo. As emissões estão se acelerando e o impacto econômico será desastroso", alertou. "A negociação está parada e vivemos uma inércia perigosa", disse.
Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), alerta que o aumento de temperaturas já é uma realidade. "Cometeremos um erro histórico se não assinarmos o acordo", disse.
Observação - Na quarta-feira (2) a ONU obteve um acordo mundial para começar a criação de um sistema internacional de serviços climatológicos. O objetivo é garantir uma troca gratuita de informações e aumentar o volume de dados. A ideia é ainda que as informações sejam usadas por agricultores, profissionais de saúde e outros. "Precisamos mais observação para poder lidar com os desastres", disse Pachauri. "Esse foi o dia em que se pode dizer que os serviços climáticos nasceram", comemorou Janne Lubchenko, chefe do serviço de meteorologia dos Estados Unidos.
Fonte: Estdão Online
Notícias em destaque

Veracel celebra uma década de transporte de celulose 100 por cento marítimo e a redução de mais de 100 mil toneladas de emissões de CO2
Veracel celebra uma década de transporte de celulose 100 por cento marítimo e a redução de mais de 100 mil toneladas...
(LOGÍSTICA)

AkzoNobel anuncia as Cores do Ano de 2026
As Cores do Ano de 2026 da AkzoNobel trazem o Ritmo do Blues para o mercado de acabamentos de madeira, com um trio de cores versáteis que...
(INTERNACIONAL)

Ibá relança Manual do Setor de Árvores Cultivadas na reta final do Prêmio de Jornalismo
Material tem por objetivo apresentar setor para jornalistas e auxiliar na apuração de pautas e reportagens; inscrições...
(EVENTOS)

Celulose brasileira fica totalmente isenta de tarifaço de Trump
Insumo usado na fabricação de papéis, fraldas e absorventes já estava na lista de exceções da sobretaxa...
(PAPEL E CELULOSE)

Com "Abrace este Projeto", Arauco e SENAI-MS transformam vidas e qualificam mão de obra para a indústria de celulose
Iniciativa visa capacitar mão de obra e fortalecer a economia regional com cursos técnicos em áreas estratégicas e...
(GERAL)

400 associações de produtos florestais assinam carta conjunta a Trump
Mais de 400 associações, empresas e proprietários de terras que representam o setor de produtos florestais assinaram...
(INTERNACIONAL)