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Notícias
03
set
2009
(MADEIRA E PRODUTOS)
Setor madeireiro passa por fusões
Em meio à queda nas vendas, indústria de painéis de madeira para fabricação de móveis vive momento de consolidação.
A compra da Tafisa Brasil, ligada ao grupo português Sonae, pela chilena Arauco, anunciada na se¬¬mana passada promete agitar o mercado de painéis de madeira nos próximos meses. Esse é o segundo grande negócio do setor neste ano. Em junho, a Duratex, do grupo Itaúsa, e a Satipel anunciaram a unificação das operações, criando a maior indústria do setor no Hemisfério Sul e a quinta maior do mundo.
“Esse movimento vai forçar mais consolidações nos próximos meses”, aposta o consultor Marco Tuoto, da STCP Engenharia de Projetos, especializada no mercado ma¬¬deireiro. Juntas, Duratex e Satipel passam a deter cerca de 40% do mercado brasileiro. Na disputa pelo segundo lugar ficam Arauco/Tafisa e a Berneck – ambas com fᬬbricas no Paraná –, com cerca de 12% cada uma. Muito próxima está a chilena Masisa, com fábrica em Ponta Grossa (Campos Gerais) e Montenegro (RS).
O mercado de painéis de madeira – usados na indústria de móveis –, no entanto, não vive seus melhores dias. O forte ritmo de investimentos – entre 2007 e 2010 estão previstos aportes de US$ 1 bilhão – deve elevar a capacidade de produção de 6 milhões de metros cúbicos por ano para 10,2 milhões de metros cúbicos, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa). Mas as vendas de 2009 devem representar entre 4,5 milhões de metros cúbicos e 5 milhões de metros cúbicos. “A demanda só deve absorver toda essa capacidade dentro de cinco anos”, afirma Gilson Berneck, presidente da Berneck, que tem fábrica em Araucária, região metropolitana de Curitiba.
A venda de painéis nos três primeiros meses de 2009 foi 20% menor do que no último trimestre do ano passado. O mesmo aconteceu com as exportações, que tiveram queda de 30% na mesma base de comparação, de acordo com Rosane Donati, superintendente executiva da Abipa.
A crise econômica pegou o setor no contrapé ao diminuir as vendas da indústria de móveis – seu principal cliente. Afetada pela queda nas exportações e nas vendas no mercado interno, a indústria moveleira reduziu o ritmo de encomendas e forçou a queda no preço do produto em cerca de 25%, em média.
O freio no mercado fez a Berneck segurar a construção de uma nova fábrica em Santa Catarina, orçada em R$ 300 milhões. Embora as vendas tenham começado a reagir em junho, o presidente da empresa acredita que o setor ainda deve fechar o ano com uma queda de 15% nos negócios.
Jorge Hillmann, diretor geral da Masisa Brasil, acredita que a queda deve ficar entre 5% e 10%. “Muitos imóveis fruto do ‘boom imobiliário’ ainda não foram equipados, o que representa uma demanda que terá que ser atendida no futuro”. Para ele, o fato de o setor de móveis não ter sido beneficiado com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), como aconteceu com outros setores, também dificulta as vendas. “As pessoas preferiram comprar eletrodomésticos.” A Masisa colocou em funcionamento, em maio, a fábrica de Montenegro, que vai triplicar a capacidade de produção (para 1,05 milhões de metros cúbicos). “Esperamos um equilíbrio de mercado entre demanda e oferta com as novas fábricas dentro de dois anos.”.
Para as empresas do setor, o movimento de fusões e aquisições deve provocar o fechamento de fábricas mais antigas. No mercado, comenta-se que é o que a Arauco deverá fazer a partir da compra da Tafisa – deve ser fechada a fábrica da Placas do Paraná em Curitiba, considerada obsoleta e pouco produtiva. O foco seria concentrar a produção na Tafisa, que tem unidade em Piên, a 90 quilômetros de Curitiba, e na unidade da Placas em Jaguariaíva (Campos Gerais). A empresa não comentou o assunto.
Ajustes - Sonae deixa o mercado brasileiro
A venda da Tafisa Brasil – comprada por US$ 227 milhões (incluindo dívidas) pela Arauco – coloca um ponto final na atuação do grupo português Sonae no segmento de painéis de ma¬¬deira no país. A fábrica de Piên era a única do grupo – hoje o quarto maior fabricante mundial do setor – no Brasil. O conglomerado vem desmobilizando seus ativos em segmentos distintos no Brasil desde 2005, quando vendeu os supermercados Big e Mercadorama para o Wal-Mart. Com a venda da Tafisa, a atuação fica concentrada no setor de shop¬ping centers. Em comunicado enviado ao mercado em Portugal, o grupo Sonae diz que a alienação deverá ter um impacto positivo de 65 milhões de euros e reduzirá o endividamento líquido em aproximadamente 130 milhões de euros.
De acordo com o grupo, o Brasil é o mercado em que o Sonae se encontrava mais distanciado de uma posição de liderança em painéis de madeira, devido aos investimentos de expansão da capacidade realizados, ou em vias de realização, pelos concorrentes locais. O principal entrave ao crescimento da Tafisa era a ausência de florestas, fator que também dificultou a venda da operação brasileira para outros grupos. No início do ano passado, a chilena Masisa chegou a anunciar a compra de 37% do capital da Tafisa Brasil, por US$ 70 milhões, mas o negócio foi desfeito cerca de seis meses depois.
A compra da Tafisa Brasil, ligada ao grupo português Sonae, pela chilena Arauco, anunciada na se¬¬mana passada promete agitar o mercado de painéis de madeira nos próximos meses. Esse é o segundo grande negócio do setor neste ano. Em junho, a Duratex, do grupo Itaúsa, e a Satipel anunciaram a unificação das operações, criando a maior indústria do setor no Hemisfério Sul e a quinta maior do mundo.
“Esse movimento vai forçar mais consolidações nos próximos meses”, aposta o consultor Marco Tuoto, da STCP Engenharia de Projetos, especializada no mercado ma¬¬deireiro. Juntas, Duratex e Satipel passam a deter cerca de 40% do mercado brasileiro. Na disputa pelo segundo lugar ficam Arauco/Tafisa e a Berneck – ambas com fᬬbricas no Paraná –, com cerca de 12% cada uma. Muito próxima está a chilena Masisa, com fábrica em Ponta Grossa (Campos Gerais) e Montenegro (RS).
O mercado de painéis de madeira – usados na indústria de móveis –, no entanto, não vive seus melhores dias. O forte ritmo de investimentos – entre 2007 e 2010 estão previstos aportes de US$ 1 bilhão – deve elevar a capacidade de produção de 6 milhões de metros cúbicos por ano para 10,2 milhões de metros cúbicos, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa). Mas as vendas de 2009 devem representar entre 4,5 milhões de metros cúbicos e 5 milhões de metros cúbicos. “A demanda só deve absorver toda essa capacidade dentro de cinco anos”, afirma Gilson Berneck, presidente da Berneck, que tem fábrica em Araucária, região metropolitana de Curitiba.
A venda de painéis nos três primeiros meses de 2009 foi 20% menor do que no último trimestre do ano passado. O mesmo aconteceu com as exportações, que tiveram queda de 30% na mesma base de comparação, de acordo com Rosane Donati, superintendente executiva da Abipa.
A crise econômica pegou o setor no contrapé ao diminuir as vendas da indústria de móveis – seu principal cliente. Afetada pela queda nas exportações e nas vendas no mercado interno, a indústria moveleira reduziu o ritmo de encomendas e forçou a queda no preço do produto em cerca de 25%, em média.
O freio no mercado fez a Berneck segurar a construção de uma nova fábrica em Santa Catarina, orçada em R$ 300 milhões. Embora as vendas tenham começado a reagir em junho, o presidente da empresa acredita que o setor ainda deve fechar o ano com uma queda de 15% nos negócios.
Jorge Hillmann, diretor geral da Masisa Brasil, acredita que a queda deve ficar entre 5% e 10%. “Muitos imóveis fruto do ‘boom imobiliário’ ainda não foram equipados, o que representa uma demanda que terá que ser atendida no futuro”. Para ele, o fato de o setor de móveis não ter sido beneficiado com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), como aconteceu com outros setores, também dificulta as vendas. “As pessoas preferiram comprar eletrodomésticos.” A Masisa colocou em funcionamento, em maio, a fábrica de Montenegro, que vai triplicar a capacidade de produção (para 1,05 milhões de metros cúbicos). “Esperamos um equilíbrio de mercado entre demanda e oferta com as novas fábricas dentro de dois anos.”.
Para as empresas do setor, o movimento de fusões e aquisições deve provocar o fechamento de fábricas mais antigas. No mercado, comenta-se que é o que a Arauco deverá fazer a partir da compra da Tafisa – deve ser fechada a fábrica da Placas do Paraná em Curitiba, considerada obsoleta e pouco produtiva. O foco seria concentrar a produção na Tafisa, que tem unidade em Piên, a 90 quilômetros de Curitiba, e na unidade da Placas em Jaguariaíva (Campos Gerais). A empresa não comentou o assunto.
Ajustes - Sonae deixa o mercado brasileiro
A venda da Tafisa Brasil – comprada por US$ 227 milhões (incluindo dívidas) pela Arauco – coloca um ponto final na atuação do grupo português Sonae no segmento de painéis de ma¬¬deira no país. A fábrica de Piên era a única do grupo – hoje o quarto maior fabricante mundial do setor – no Brasil. O conglomerado vem desmobilizando seus ativos em segmentos distintos no Brasil desde 2005, quando vendeu os supermercados Big e Mercadorama para o Wal-Mart. Com a venda da Tafisa, a atuação fica concentrada no setor de shop¬ping centers. Em comunicado enviado ao mercado em Portugal, o grupo Sonae diz que a alienação deverá ter um impacto positivo de 65 milhões de euros e reduzirá o endividamento líquido em aproximadamente 130 milhões de euros.
De acordo com o grupo, o Brasil é o mercado em que o Sonae se encontrava mais distanciado de uma posição de liderança em painéis de madeira, devido aos investimentos de expansão da capacidade realizados, ou em vias de realização, pelos concorrentes locais. O principal entrave ao crescimento da Tafisa era a ausência de florestas, fator que também dificultou a venda da operação brasileira para outros grupos. No início do ano passado, a chilena Masisa chegou a anunciar a compra de 37% do capital da Tafisa Brasil, por US$ 70 milhões, mas o negócio foi desfeito cerca de seis meses depois.
Fonte: Gazeta do Povo
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