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Notícias
02
set
2009
(QUEIMADAS)
Projeto estuda impacto das queimadas em florestas de MT
Quando notícias sobre queimadas chegam ao nosso conhecimento, logo nos preocupamos com os impactos ambientais que este tipo de ocorrência pode desencadear. Mas um grupo de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), em parceria com o Woods Hole Research Center (EUA), tem utilizado a prática como experimento para investigar a ação do fogo na região amazônica. Trata-se do Projeto Savanização, desenvolvido entre os dias 26 e 29 de agosto, em uma área da Fazenda Tanguro, unidade do Grupo André Maggi, localizada no município mato-grossense de Querência (912 km de Cuiabá).
Promovido desde 2004, o projeto visa diagnosticar o comportamento do fogo em florestas de transição - que apresentam características de cerrado e da Amazônia. São estudadas uma série de variáveis como quantidade de combustível (folhas e galhos), temperatura, umidade do ar e da terra, velocidade do vento, intensidade e freqüência do fogo, a rapidez com que ele se espalha, a quantidade de carbono liberada no ar e remanescente na floresta, impacto no solo e água, entre outras. “Os resultados são trabalhados em modelos para a Amazônia, bem como para criação de políticas públicas de preservação”, explica o pesquisador do Ipam, Paulo Brando.
Para os pesquisadores do Woods Hole, Michael Coe e Jennifer Balch, que atuam em parceria com o Ipam, as várias linhas de pesquisa do estudo contribuem para uma ação em âmbito ainda maior. É o caso da análise sobre a emissão e carbono na atmosfera, por exemplo, que atualmente figura como uma preocupação global. “Com a pesquisa e a relação das variáveis, podemos aprofundar o conhecimento sobre os impactos provocados por este tipo de situação (queimadas) no meio ambiente”, explica Coe. E Jennifer complementa: “investir na redução desse poluente e manutenção do carbono nas florestas já é uma realidade para diversos países”.
Segundo Brando, a impressão inicial sobre os efeitos das queimadas na área de trabalho mudou com o tempo, gerando uma série de indicadores para análise. “O ciclo de empobrecimento é assustador. A floresta parecia resistente ao fogo após as primeiras queimadas, mas logo se tornou uma área degradada. Durante esse período, percebemos a reação de fauna e flora, quem resistiu e quem cedeu lugar a outros”, disse, referindo-se, por exemplo, ao fato da vegetação nativa dar lugar à gramínea, típica do cerrado. Segundo o coordenador regional do Ipam, Oswaldo Carvalho Júnior, esta é a maior pesquisa com fogo experimental em áreas tropicais do mundo.
ETAPAS - Desde o início dos trabalhos, pesquisadores do Ipam acompanham o comportamento da área do experimento. O projeto é realizado em 150 hectares, divididos em três partes: 50 hectares que não sofrem queimadas - área de controle -, 50 que são queimados anualmente e outros 50 que são queimados a cada três anos. Paulo Brando explica que, primeiramente, faz-se necessário a degradação, para em seguida verificar e promover a recuperação. “Várias medidas são tomadas para garantir a segurança dos pesquisadores, bem como para que o fogo não escape para áreas próximas” ressalta.
Para o supervisor de Meio Ambiente do Grupo André Maggi, João Shimada, o projeto é fundamental no apoio a políticas de preservação e reflorestamento, vertente também trabalhada pelo Grupo. “Alguns dos resultados obtidos já são utilizados em nossos projetos de recuperação de áreas de preservação permanente (APP), tais como a utilização da vegetação adequada e a ampliação dos cuidados no mês de agosto, indicado como o mais seco e com maior risco de incêndios”, explica.
O projeto Savanização conta ainda com a parceria da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) – campus Nova Xavantina (MT), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), do Museu Paraense Emilio Goeldi, da Universidade Federal do Pará (UFPA), das americanas University of Florida, Yale Universtity e da inglesa RainFor – Oxford University.
Promovido desde 2004, o projeto visa diagnosticar o comportamento do fogo em florestas de transição - que apresentam características de cerrado e da Amazônia. São estudadas uma série de variáveis como quantidade de combustível (folhas e galhos), temperatura, umidade do ar e da terra, velocidade do vento, intensidade e freqüência do fogo, a rapidez com que ele se espalha, a quantidade de carbono liberada no ar e remanescente na floresta, impacto no solo e água, entre outras. “Os resultados são trabalhados em modelos para a Amazônia, bem como para criação de políticas públicas de preservação”, explica o pesquisador do Ipam, Paulo Brando.
Para os pesquisadores do Woods Hole, Michael Coe e Jennifer Balch, que atuam em parceria com o Ipam, as várias linhas de pesquisa do estudo contribuem para uma ação em âmbito ainda maior. É o caso da análise sobre a emissão e carbono na atmosfera, por exemplo, que atualmente figura como uma preocupação global. “Com a pesquisa e a relação das variáveis, podemos aprofundar o conhecimento sobre os impactos provocados por este tipo de situação (queimadas) no meio ambiente”, explica Coe. E Jennifer complementa: “investir na redução desse poluente e manutenção do carbono nas florestas já é uma realidade para diversos países”.
Segundo Brando, a impressão inicial sobre os efeitos das queimadas na área de trabalho mudou com o tempo, gerando uma série de indicadores para análise. “O ciclo de empobrecimento é assustador. A floresta parecia resistente ao fogo após as primeiras queimadas, mas logo se tornou uma área degradada. Durante esse período, percebemos a reação de fauna e flora, quem resistiu e quem cedeu lugar a outros”, disse, referindo-se, por exemplo, ao fato da vegetação nativa dar lugar à gramínea, típica do cerrado. Segundo o coordenador regional do Ipam, Oswaldo Carvalho Júnior, esta é a maior pesquisa com fogo experimental em áreas tropicais do mundo.
ETAPAS - Desde o início dos trabalhos, pesquisadores do Ipam acompanham o comportamento da área do experimento. O projeto é realizado em 150 hectares, divididos em três partes: 50 hectares que não sofrem queimadas - área de controle -, 50 que são queimados anualmente e outros 50 que são queimados a cada três anos. Paulo Brando explica que, primeiramente, faz-se necessário a degradação, para em seguida verificar e promover a recuperação. “Várias medidas são tomadas para garantir a segurança dos pesquisadores, bem como para que o fogo não escape para áreas próximas” ressalta.
Para o supervisor de Meio Ambiente do Grupo André Maggi, João Shimada, o projeto é fundamental no apoio a políticas de preservação e reflorestamento, vertente também trabalhada pelo Grupo. “Alguns dos resultados obtidos já são utilizados em nossos projetos de recuperação de áreas de preservação permanente (APP), tais como a utilização da vegetação adequada e a ampliação dos cuidados no mês de agosto, indicado como o mais seco e com maior risco de incêndios”, explica.
O projeto Savanização conta ainda com a parceria da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) – campus Nova Xavantina (MT), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), do Museu Paraense Emilio Goeldi, da Universidade Federal do Pará (UFPA), das americanas University of Florida, Yale Universtity e da inglesa RainFor – Oxford University.
Fonte: 24 Horas News
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