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Notícias
25
ago
2009
(ECONOMIA)
O pior já passou nos EUA? Ainda é cedo pra dizer
O pior para a economia dos EUA já passou? Alguns dados recentes indicam isso e boa parte dos comentários econômicos no país, cautelosamente, mostra-se cada vez mais otimista.
Ainda assim, por enquanto, a ênfase precisa estar na cautela e não no otimismo.
Certamente, a economia está se estabilizando: a produção não está mais em queda livre e o desemprego não cresce mais em taxa recorde no pós-guerra. Ainda é incerto, porém, se já se atingiu o fundo em termos de produção. Uma vez que tenha se chegado ao ponto mais baixo, o crescimento poderia ser lento por algum tempo. No que se refere ao trabalho, não importa o que aconteça, o desemprego deverá continuar em alta antes de voltar a patamares mais normais.
Se a situação ainda está piorando, ainda que piorando menos do que antes, é difícil argumentar que o pior já passou. Só é possível dizer que o ritmo de declínio ficou mais moderado. E como ainda restam canhões que não dispararam assombrando o cenário financeiro, não é possível garantir que não surgirão mais golpes repentinos.
Na semana passada o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de fato pareceu um pouco mais animado. Informou que o maior período de declínio econômico do país desde a Grande Depressão estava chegando ao fim, desencadeando especulações de que a recuperação teria se iniciado. O banco central, contudo, também deixou sua taxa referencial de juros em zero e informou que continuará assim "por um período prolongado". A posição monetária parece correta, mas é difícil considerar isso uma mostra de confiança.
O índice de desemprego caiu em julho de 9,5% para 9,4%, uma boa notícia que foi amplamente percebida. Mas o ritmo mensal de perda de empregos (em torno a 250 mil no setor privado, em comparação com os 600 mil vistos no início do ano), ainda ficou na margem mais alta do que se veria em uma recessão normal. O índice de desemprego caiu porque mais de 400 mil trabalhadores deixaram a força de trabalho e não estão mais buscando emprego. O mercado de trabalho ainda não mudou de direção.
Uma estatística ainda mais preocupante foi o número de retomadas judiciais de imóveis em julho. Chegou-se ao recorde de 360 mil. Nos primeiros sete meses do ano, os avisos de inadimplência, leilão ou retomada dos imóveis somaram 2,3 milhões. O mercado imobiliário, ainda incapacitado, e seu impacto no patrimônio dos consumidores dos EUA continuam a frear as perspectivas de recuperação no consumo, da qual depende todo o restante.
Normalmente, quanto pior a queda, mais vigorosa é a recuperação. Alguns economistas esperam que o padrão se mantenha desta vez, mas a maioria não. A continuidade da pressão sobre os mercados financeiros, o temor de que mais más notícias possam atingir outros setores e o impacto prolongado da crise na renda familiar sugere que a recuperação deve ser lenta, mesmo para padrões normais, quanto mais quando comparada à queda que a precedeu.
A economia dos EUA ainda está desesperadamente fraca e provavelmente continuará em apuros por meses.
Ainda assim, por enquanto, a ênfase precisa estar na cautela e não no otimismo.
Certamente, a economia está se estabilizando: a produção não está mais em queda livre e o desemprego não cresce mais em taxa recorde no pós-guerra. Ainda é incerto, porém, se já se atingiu o fundo em termos de produção. Uma vez que tenha se chegado ao ponto mais baixo, o crescimento poderia ser lento por algum tempo. No que se refere ao trabalho, não importa o que aconteça, o desemprego deverá continuar em alta antes de voltar a patamares mais normais.
Se a situação ainda está piorando, ainda que piorando menos do que antes, é difícil argumentar que o pior já passou. Só é possível dizer que o ritmo de declínio ficou mais moderado. E como ainda restam canhões que não dispararam assombrando o cenário financeiro, não é possível garantir que não surgirão mais golpes repentinos.
Na semana passada o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de fato pareceu um pouco mais animado. Informou que o maior período de declínio econômico do país desde a Grande Depressão estava chegando ao fim, desencadeando especulações de que a recuperação teria se iniciado. O banco central, contudo, também deixou sua taxa referencial de juros em zero e informou que continuará assim "por um período prolongado". A posição monetária parece correta, mas é difícil considerar isso uma mostra de confiança.
O índice de desemprego caiu em julho de 9,5% para 9,4%, uma boa notícia que foi amplamente percebida. Mas o ritmo mensal de perda de empregos (em torno a 250 mil no setor privado, em comparação com os 600 mil vistos no início do ano), ainda ficou na margem mais alta do que se veria em uma recessão normal. O índice de desemprego caiu porque mais de 400 mil trabalhadores deixaram a força de trabalho e não estão mais buscando emprego. O mercado de trabalho ainda não mudou de direção.
Uma estatística ainda mais preocupante foi o número de retomadas judiciais de imóveis em julho. Chegou-se ao recorde de 360 mil. Nos primeiros sete meses do ano, os avisos de inadimplência, leilão ou retomada dos imóveis somaram 2,3 milhões. O mercado imobiliário, ainda incapacitado, e seu impacto no patrimônio dos consumidores dos EUA continuam a frear as perspectivas de recuperação no consumo, da qual depende todo o restante.
Normalmente, quanto pior a queda, mais vigorosa é a recuperação. Alguns economistas esperam que o padrão se mantenha desta vez, mas a maioria não. A continuidade da pressão sobre os mercados financeiros, o temor de que mais más notícias possam atingir outros setores e o impacto prolongado da crise na renda familiar sugere que a recuperação deve ser lenta, mesmo para padrões normais, quanto mais quando comparada à queda que a precedeu.
A economia dos EUA ainda está desesperadamente fraca e provavelmente continuará em apuros por meses.
Fonte: Valor Econômico/Global 21
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