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Notícias
20
ago
2009
(GERAL)
Empresas trocam os trainees por estagiários
Algumas empresas substituíram o programa de trainee pelo estágio. Em vez de realizar um processo seletivo para recém-formados e contratá-los para assumir cargos de gestão, essas companhias preferem elevar as exigências na admissão de estagiários e desenvolver o profissional enquanto ainda estuda. Com isso, reduzem os custos dos programas e pretendem aumentar o nível de retenção dos candidatos.
Na consultoria de recursos humanos Perfil de Talentos, a procura por estruturação de programas de trainee caiu 60% nos últimos dois anos. "Com a crise, essa queda foi acentuada, porque o número de vagas nas empresas diminuiu", diz Afonso de Moura, diretor executivo da consultoria.
Para o diretor da Agência Brasileira de Estágio, Fernando Linschoten, que trabalha na estruturação de programas de trainee, estágio e capacitação profissional, a procura por trainees tem caído depois de ter "virado moda". "O trainee envolve custos maiores que os do estágio, porque os candidatos são contratados formalmente, diferentemente dos estágios."
As empresas que adotaram o estágio estruturado justificam a escolha com base na baixa taxa de retenção dos programas de trainees. "Os estagiários passam mais tempo conhecendo os valores e princípios da organização, e assumem cedo um papel de liderança", diz Rose Yonamine, gerente de recursos humanos da fabricante de alumínio Alcoa, que desde 2006 suspendeu por tempo indeterminado o programa de trainee.
A Construtora Andrade Gutierrez decidiu encerrar o programa de trainee no fim do ano passado, após perceber que havia uma baixa retenção dos profissionais formados pelo programa. Dos 195 trainees admitidos entre 2004 e 2008 no programa, 23% saíram da empresa, ou por outras propostas ou por falta de adaptação. "Se a gente admite um estagiário no quarto ano, ou no último ano da faculdade, conseguimos mostrar a cultura da empresa", diz Lúcia Menezes, diretora de desenvolvimento de pessoas da construtora. O custo também foi um fator importante. Na Andrade Gutierrez, um trainee custa R$ 80 mil por ano, enquanto um estagiário tem um custo de R$ 15 mil. "Conseguimos com isso dar a mesma carga de treinamento a um custo menor."
Outra vantagem apontada pelas empresas é a possibilidade de ter acesso aos jovens talentos mais cedo, antes de concorrer com os programas de trainees. "Quando eu busco um estagiário estou me antecipando. Consigo, de uma certa forma, ter uma vantagem competitiva", diz Antonia Magnusson, gerente de RH da Pirelli, fabricante de pneus que suspendeu os programas de trainees há oito anos.
Na fabricante de produtos químicos Rhodia, o programa de trainee existe, mas é direcionado apenas para os estagiários da empresa. "O estágio permite que a gente conheça o candidato no dia a dia", diz Sueli Campos, gerente de RH da Rhodia. Na fabricante de eletroeletrônicos Siemens, o estágio na empresa também é pré-requisito para a participação no programa de trainee. "Muita gente que procura um trainee no mercado acaba trabalhando com ele como se fosse um estagiário. Preferimos potencializar o estágio", diz Sylmara Requena, diretora de RH da empresa.
Na consultoria de recursos humanos Perfil de Talentos, a procura por estruturação de programas de trainee caiu 60% nos últimos dois anos. "Com a crise, essa queda foi acentuada, porque o número de vagas nas empresas diminuiu", diz Afonso de Moura, diretor executivo da consultoria.
Para o diretor da Agência Brasileira de Estágio, Fernando Linschoten, que trabalha na estruturação de programas de trainee, estágio e capacitação profissional, a procura por trainees tem caído depois de ter "virado moda". "O trainee envolve custos maiores que os do estágio, porque os candidatos são contratados formalmente, diferentemente dos estágios."
As empresas que adotaram o estágio estruturado justificam a escolha com base na baixa taxa de retenção dos programas de trainees. "Os estagiários passam mais tempo conhecendo os valores e princípios da organização, e assumem cedo um papel de liderança", diz Rose Yonamine, gerente de recursos humanos da fabricante de alumínio Alcoa, que desde 2006 suspendeu por tempo indeterminado o programa de trainee.
A Construtora Andrade Gutierrez decidiu encerrar o programa de trainee no fim do ano passado, após perceber que havia uma baixa retenção dos profissionais formados pelo programa. Dos 195 trainees admitidos entre 2004 e 2008 no programa, 23% saíram da empresa, ou por outras propostas ou por falta de adaptação. "Se a gente admite um estagiário no quarto ano, ou no último ano da faculdade, conseguimos mostrar a cultura da empresa", diz Lúcia Menezes, diretora de desenvolvimento de pessoas da construtora. O custo também foi um fator importante. Na Andrade Gutierrez, um trainee custa R$ 80 mil por ano, enquanto um estagiário tem um custo de R$ 15 mil. "Conseguimos com isso dar a mesma carga de treinamento a um custo menor."
Outra vantagem apontada pelas empresas é a possibilidade de ter acesso aos jovens talentos mais cedo, antes de concorrer com os programas de trainees. "Quando eu busco um estagiário estou me antecipando. Consigo, de uma certa forma, ter uma vantagem competitiva", diz Antonia Magnusson, gerente de RH da Pirelli, fabricante de pneus que suspendeu os programas de trainees há oito anos.
Na fabricante de produtos químicos Rhodia, o programa de trainee existe, mas é direcionado apenas para os estagiários da empresa. "O estágio permite que a gente conheça o candidato no dia a dia", diz Sueli Campos, gerente de RH da Rhodia. Na fabricante de eletroeletrônicos Siemens, o estágio na empresa também é pré-requisito para a participação no programa de trainee. "Muita gente que procura um trainee no mercado acaba trabalhando com ele como se fosse um estagiário. Preferimos potencializar o estágio", diz Sylmara Requena, diretora de RH da empresa.
Fonte: Paulo Justus
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