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Notícias
10
ago
2009
(MADEIRA E PRODUTOS)
Serviço Florestal Brasileiro premia móvel feito de madeira alternativa
Arquiteto de Santa Catarina ganhou concurso com cadeira feito de madeira usada em caixotes e ripas na construção civil
Uma madeira usada para fazer caixotes e ripas na construção ganhou um uso muito mais nobre nas mãos do arquiteto Jader Almeida, 28 anos. Transformou-se em uma cadeira de linhas harmoniosas e de beleza simples que lhe conferiu o 1º lugar no Prêmio de Madeiras Alternativas do Serviço Florestal Brasileiro.
O arquiteto recebeu o prêmio em cerimônia na noite da última quinta-feira, 6, em Bento Gonçalves (RS) durante o Salão Design Casa Brasil 2009, um dos maiores eventos do setor. “Fiquei surpreso, foi muito bom. É sempre gratificante saber que o produto está dentro de uma coerência formal e tem um equilíbrio”, diz Jader.
A peça feita por ele, a “Cadeira Bossa”, tem a estrutura feita de jequitibá, uma madeira nativa da Amazônia, e o assento e encosto feitos de palhinha, como forma de agregar valor a produtos subutilizados. Para o arquiteto, um dos méritos da iniciativa, além de estimular o uso de madeiras pouco conhecidas em movelaria, é o de valorizar uma matéria-prima renovável.
Almeida, que busca inspiração para suas peças em viagens dentro e fora do Brasil, tem observado tendências em design que apontam para utilização de aço e acrílico, materiais que não são renováveis e cuja fabricação causa grande impacto na natureza. “O Prêmio é um incentivo a usar madeira, que é abundante no país, mas dentro de uma consciência de que tem que ser tirado de forma coerente e que possa haver manejo”, diz ele.
DIVULGAÇÃO – Um dos objetivos do Prêmio de Madeiras Alternativas do Serviço Florestal é estimular o uso de madeiras pouco conhecidas. A criação de peças por designers, em concurso, foi a forma encontrada para incentivar a experimentação capaz de despertar interesse na indústria.
Chefe do Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal, Varlone Martins, diz que a difusão de madeiras sem uso ou pouco utilizadas em movelaria ajuda a diminuir a pressão sobre espécies consagradas como o mogno e a cerejeira.
“Essas são madeiras que todo mundo já conhece e a exploração sobre elas é muito grande. A demanda de madeiras é sempre grande e o oferecimento de alternativas evita a superexploração das madeiras tradicionalmente conhecidas”, diz.
A disseminação do potencial das diversas espécies brasileiras é também uma forma de valorizar as madeiras retiradas por plano de manejo. A técnica evita o esgotamento da floresta ao privilegiar a extração de diferentes madeiras, o que abre o leque de opções desses produtos no mercado.
HISTÓRICO – A primeira edição do Prêmio Madeiras Alternativas ocorreu em 1996 com o nome Prêmio Ibama/Movelsul de Madeiras Alternativas. A iniciativa foi realizada a cada dois anos até 2008. A partir de 2009, o Prêmio do Serviço Florestal passa a ser concedido anualmente no Salão Design, que ocorre paralelamente às feiras Casa Brasil e Movelsul Brasil.
Promovido pelo Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) com o objetivo de integrar a criatividade e a inovação tecnológica, o Salão Design premiou 23 projetos dentre cerca de mil trabalhos inscritos, vindos de 14 países. Durante o evento são entregues o Prêmio Madeiras Alternativas, do Serviço Florestal, e o Prêmio Mérito Social.
UMA PEÇA “HONESTA” – Ao produzir a cadeira bossa, o arquiteto Jader Almeida buscava a linha tênue que divide o bom desenho do desenho óbvio. Assim, chegou a uma peça “livre de exibicionismo, que não quer roubar a cena, mas que contribui para a evolução da forma”, diz ele.
Natural de Chapecó (SC), Almeida começou na área cedo. Aos 15 anos começou a trabalhar em uma fábrica de móveis em que o tio era gerente. Continuou no “chão de fábrica” até 2002, aliou o conhecimento prático e o talento à teoria. Hoje tem mais de 100 peças no currículo e é dono de um escritório de design e arquitetura.
Como prêmio, virá à Brasília conhecer o Laboratório de Produtos Florestais, que há mais de 30 anos faz pesquisa sobre madeiras brasileiras. Também irá à Amazônia conhecer uma iniciativa de uso florestal por plano de manejo.
Uma madeira usada para fazer caixotes e ripas na construção ganhou um uso muito mais nobre nas mãos do arquiteto Jader Almeida, 28 anos. Transformou-se em uma cadeira de linhas harmoniosas e de beleza simples que lhe conferiu o 1º lugar no Prêmio de Madeiras Alternativas do Serviço Florestal Brasileiro.
O arquiteto recebeu o prêmio em cerimônia na noite da última quinta-feira, 6, em Bento Gonçalves (RS) durante o Salão Design Casa Brasil 2009, um dos maiores eventos do setor. “Fiquei surpreso, foi muito bom. É sempre gratificante saber que o produto está dentro de uma coerência formal e tem um equilíbrio”, diz Jader.
A peça feita por ele, a “Cadeira Bossa”, tem a estrutura feita de jequitibá, uma madeira nativa da Amazônia, e o assento e encosto feitos de palhinha, como forma de agregar valor a produtos subutilizados. Para o arquiteto, um dos méritos da iniciativa, além de estimular o uso de madeiras pouco conhecidas em movelaria, é o de valorizar uma matéria-prima renovável.
Almeida, que busca inspiração para suas peças em viagens dentro e fora do Brasil, tem observado tendências em design que apontam para utilização de aço e acrílico, materiais que não são renováveis e cuja fabricação causa grande impacto na natureza. “O Prêmio é um incentivo a usar madeira, que é abundante no país, mas dentro de uma consciência de que tem que ser tirado de forma coerente e que possa haver manejo”, diz ele.
DIVULGAÇÃO – Um dos objetivos do Prêmio de Madeiras Alternativas do Serviço Florestal é estimular o uso de madeiras pouco conhecidas. A criação de peças por designers, em concurso, foi a forma encontrada para incentivar a experimentação capaz de despertar interesse na indústria.
Chefe do Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal, Varlone Martins, diz que a difusão de madeiras sem uso ou pouco utilizadas em movelaria ajuda a diminuir a pressão sobre espécies consagradas como o mogno e a cerejeira.
“Essas são madeiras que todo mundo já conhece e a exploração sobre elas é muito grande. A demanda de madeiras é sempre grande e o oferecimento de alternativas evita a superexploração das madeiras tradicionalmente conhecidas”, diz.
A disseminação do potencial das diversas espécies brasileiras é também uma forma de valorizar as madeiras retiradas por plano de manejo. A técnica evita o esgotamento da floresta ao privilegiar a extração de diferentes madeiras, o que abre o leque de opções desses produtos no mercado.
HISTÓRICO – A primeira edição do Prêmio Madeiras Alternativas ocorreu em 1996 com o nome Prêmio Ibama/Movelsul de Madeiras Alternativas. A iniciativa foi realizada a cada dois anos até 2008. A partir de 2009, o Prêmio do Serviço Florestal passa a ser concedido anualmente no Salão Design, que ocorre paralelamente às feiras Casa Brasil e Movelsul Brasil.
Promovido pelo Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) com o objetivo de integrar a criatividade e a inovação tecnológica, o Salão Design premiou 23 projetos dentre cerca de mil trabalhos inscritos, vindos de 14 países. Durante o evento são entregues o Prêmio Madeiras Alternativas, do Serviço Florestal, e o Prêmio Mérito Social.
UMA PEÇA “HONESTA” – Ao produzir a cadeira bossa, o arquiteto Jader Almeida buscava a linha tênue que divide o bom desenho do desenho óbvio. Assim, chegou a uma peça “livre de exibicionismo, que não quer roubar a cena, mas que contribui para a evolução da forma”, diz ele.
Natural de Chapecó (SC), Almeida começou na área cedo. Aos 15 anos começou a trabalhar em uma fábrica de móveis em que o tio era gerente. Continuou no “chão de fábrica” até 2002, aliou o conhecimento prático e o talento à teoria. Hoje tem mais de 100 peças no currículo e é dono de um escritório de design e arquitetura.
Como prêmio, virá à Brasília conhecer o Laboratório de Produtos Florestais, que há mais de 30 anos faz pesquisa sobre madeiras brasileiras. Também irá à Amazônia conhecer uma iniciativa de uso florestal por plano de manejo.
Fonte: Por Fabiana Vasconcelos
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