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Notícias
09
ago
2009
(BIOENERGIA)
Brasil, Argentina e Estados Unidos lideram discussão sobre impactos socioambientais na produção de bioenergia
Quais são os impactos do uso da água e da terra no cultivo de espécies e no processo produtivo de biocombustíveis? Desses impactos, quais são de importância local, nacional ou afetam o continente americano? Quais são os efeitos esperados na biodiversidade pelo uso de bioenergia? Afinal, os biocombustíveis são viáveis ambientalmente, economicamente e socialmente?
Essas são algumas das perguntas que um grupo de pesquisadores experts do Brasil, Argentina e Estados Unidos pretendem responder nos próximos dias 10, 11 e 12 de agosto, durante o workshop Tecnologias em biocombustíveis e suas implicações no uso da água e da terra, em Atibaia, São Paulo. No dia 13 de agosto, as conclusões das discussões realizadas em Atibaia serão apresentadas em um simpósio na sede da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, das 8h às 13h.
A aproximação entre cientistas de países com interesses socioeconômicos diferentes tem como objetivo nivelar o conhecimento sobre as demandas, avanços e dificuldades de cada país na produção e uso sustentável de bioenergia. A partir das discussões propostas espera-se diagnosticar os problemas que precisam ser enfrentados em nível local, nacional e continental, reduzindo as contradições existentes em relação aos impactos gerados pela produção de biocombustível e à sua contribuição na redução dos fatores das mudanças climáticas.
Outro objetivo é identificar os possíveis pontos para projetos cooperativos entre grupos de pesquisa dos três países que sejam capazes de solucionar tais dificuldades. Pretende-se, ainda, apontar às agências de fomento a pesquisa quais são as áreas-chave que demandam recursos para a busca de soluções dos problemas.
Participarão das discussões especialistas em hidrologia, ciências do solo, climatologia, ecologia, botânica, economia, engenharias química e agronômica, entre outras. Os resultados serão apresentados por Marcos Buckeridge, um dos coordenadores do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) e professor do Instituto de Biociências (USP); Robert Anex, professor da Iowa State University, PhD em engenharia ambiental e civil, e Ernesto Quiles, Diretor de Agroenergia da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação do Ministério da Produção, da Argentina.
Relevância do tema para cada país
O uso da água e da terra é um ponto de preocupação tanto no cultivo de espécies destinadas à produção de bioenergia quanto no processo produtivo em si.
O cultivo de cana-de-açúcar, por exemplo, exige grande quantidade de água. Segundo pesquisadores é preciso avaliar se a fonte de onde a água está sendo retirada pode ser afetada. A mesma preocupação vale para o processo produtivo: além de avaliar o impacto provocado com a retirada da água, identificando a possibilidade de reúso ou redução do volume de consumo é preciso cuidar do descarte correto, considerando o tipo de resíduo gerado, entre outros fatores.
Em relação ao uso da terra, há outras variantes. Nos Estados Unidos falta terra para cultivo voltado à bioenergia. No Brasil, ainda existem áreas a serem incorporadas, mas é necessário evitar que as plantações de espécies destinadas à produção de bioenergia ocupem espaço de espécies destinadas à alimentação.
Nos Estados Unidos é grande a preocupação com a competição do uso da terra para cultivo de milho para produção de etanol e cultivo de milho para alimento, pois é necessário usar os grãos do milho (que seriam usados para produção de amido de milho) para extração de etanol. Já a Argentina não enfrenta este tipo de problema porque seu foco de interesse é a produção de biodiesel a partir do trigo – o que é possível depois da utilização do cereal para sua finalidade alimentar.
Há ainda a questão de emissão de dióxido de carbono (CO2) e óxidos de nitrogênio (NOx) pela mudança de uso da terra para cultivo dessas espécies. Estudos brasileiros demonstram que, dependendo das técnicas agrícolas empregadas no cultivo de cana-de-açúcar, essas substâncias podem ser absorvidas pelo solo.
Essas são algumas das perguntas que um grupo de pesquisadores experts do Brasil, Argentina e Estados Unidos pretendem responder nos próximos dias 10, 11 e 12 de agosto, durante o workshop Tecnologias em biocombustíveis e suas implicações no uso da água e da terra, em Atibaia, São Paulo. No dia 13 de agosto, as conclusões das discussões realizadas em Atibaia serão apresentadas em um simpósio na sede da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, das 8h às 13h.
A aproximação entre cientistas de países com interesses socioeconômicos diferentes tem como objetivo nivelar o conhecimento sobre as demandas, avanços e dificuldades de cada país na produção e uso sustentável de bioenergia. A partir das discussões propostas espera-se diagnosticar os problemas que precisam ser enfrentados em nível local, nacional e continental, reduzindo as contradições existentes em relação aos impactos gerados pela produção de biocombustível e à sua contribuição na redução dos fatores das mudanças climáticas.
Outro objetivo é identificar os possíveis pontos para projetos cooperativos entre grupos de pesquisa dos três países que sejam capazes de solucionar tais dificuldades. Pretende-se, ainda, apontar às agências de fomento a pesquisa quais são as áreas-chave que demandam recursos para a busca de soluções dos problemas.
Participarão das discussões especialistas em hidrologia, ciências do solo, climatologia, ecologia, botânica, economia, engenharias química e agronômica, entre outras. Os resultados serão apresentados por Marcos Buckeridge, um dos coordenadores do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) e professor do Instituto de Biociências (USP); Robert Anex, professor da Iowa State University, PhD em engenharia ambiental e civil, e Ernesto Quiles, Diretor de Agroenergia da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação do Ministério da Produção, da Argentina.
Relevância do tema para cada país
O uso da água e da terra é um ponto de preocupação tanto no cultivo de espécies destinadas à produção de bioenergia quanto no processo produtivo em si.
O cultivo de cana-de-açúcar, por exemplo, exige grande quantidade de água. Segundo pesquisadores é preciso avaliar se a fonte de onde a água está sendo retirada pode ser afetada. A mesma preocupação vale para o processo produtivo: além de avaliar o impacto provocado com a retirada da água, identificando a possibilidade de reúso ou redução do volume de consumo é preciso cuidar do descarte correto, considerando o tipo de resíduo gerado, entre outros fatores.
Em relação ao uso da terra, há outras variantes. Nos Estados Unidos falta terra para cultivo voltado à bioenergia. No Brasil, ainda existem áreas a serem incorporadas, mas é necessário evitar que as plantações de espécies destinadas à produção de bioenergia ocupem espaço de espécies destinadas à alimentação.
Nos Estados Unidos é grande a preocupação com a competição do uso da terra para cultivo de milho para produção de etanol e cultivo de milho para alimento, pois é necessário usar os grãos do milho (que seriam usados para produção de amido de milho) para extração de etanol. Já a Argentina não enfrenta este tipo de problema porque seu foco de interesse é a produção de biodiesel a partir do trigo – o que é possível depois da utilização do cereal para sua finalidade alimentar.
Há ainda a questão de emissão de dióxido de carbono (CO2) e óxidos de nitrogênio (NOx) pela mudança de uso da terra para cultivo dessas espécies. Estudos brasileiros demonstram que, dependendo das técnicas agrícolas empregadas no cultivo de cana-de-açúcar, essas substâncias podem ser absorvidas pelo solo.
Fonte: Agência Fapesp
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