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O governo sul-coreano anunciou que irá estabelecer metas de corte de emissões de gases do efeito estufa e que deve escolher entre três opções: aumentar no máximo 8% os níveis de 2005 em 2020; não ultrapassar os níveis de 2005; ou reduzir em 4% os níveis de 2005. Apesar de modestas se comparadas aos cortes de 20% e 15% anunciados pela União Européia e Japão, respectivamente, as medidas devem evitar um crescimento de 30% nas emissões no país até 2020.
As emissões da Coréia dobraram no período de 1990 a 2005, o que parece ser um dos motivos para que o país resolvesse agir para tentar evitar as piores conseqüências das mudanças climáticas. Porém a escolha do ano base como sendo 2005 gerou criticas, já que se trata do ano em que a Coreia do Sul mais emitiu gases do efeito estufa em sua história.
Outros críticos também questionam se a Coréia do Sul, quarta maior economia da Ásia, seria realmente um país em desenvolvimento ou se já estaria incluído entre os ricos. De acordo com o Secretariado do Clima da ONU (UNFCCC), a Coréia do Sul é ainda classificada como uma nação em desenvolvimento. Porém, o país faz parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), tido como um grupo de países ricos.
Copenhague
Na avaliação do site Climate Progress, uma iniciativa do Center for American Progress Action Fund, a decisão é importante porque mostra que o país está aberto para aceitar limites de emissões no futuro acordo climático que deve ser negociado em dezembro, em Copenhague.
“O plano da Coréia do Sul cria um modelo de como mais países em desenvolvimento podem se comprometer em ações climáticas globais – abrindo um caminho para a desaceleração do crescimento das emissões que eventualmente alcançarão um pico em algum momento no futuro e, então, cairão”, afirma o Climate Progress.
O México, por exemplo, também já anunciou o objetivo de reduzir suas emissões em 8% até 2012, com relação aos níveis de 2002, e que deve lançar um mercado de carbono em três anos.
Se Coréia do Sul e México já se mostram dispostos a adotar metas concretas, a pressão sobre países como Brasil, Índia e China aumenta. E esse modelo de medidas domésticas como forma de se conseguir alcançar o acordo global também estaria sendo bem recebida pela comunidade internacional, ainda mais porque casaria com a idéia de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”.
Economia
O anúncio das metas se deu poucos dias depois da divulgação do plano do presidente Lee Myung-Bak de gastar US$ 85 bilhões, cerca de 2% do PIB do país, nos próximos cinco anos em iniciativas que encorajem eficiência energética, renováveis, mercado de carbono, carros híbridos e biocombustíveis.
Com isso o governo espera criar até 1,8 milhões de empregos e tornar a Coréia do Sul o sétimo país mais competitivo do mundo em 2020 em termos de eficiência energética.
Outro fator que estaria motivando a decisão seria a segurança energética. A Coréia é o segundo maior importador mundial de gás natural e o sexto de petróleo. Por isso, o governo pretende comprometer de 0,3% a 0,5% do PIB para aumentar o uso de carros híbridos, de energia nuclear e renováveis, e implementar redes inteligentes de eletricidade, as smart grids.
Além disso, o país estaria se prevenindo de ter que se submeter a tarifas internacionais de exportação que seriam aplicadas a nações que não tivessem metas de redução de emissões. Tal idéia está em discussão nos EUA, como medida de proteção à indústria nacional, e pode ser incluída no projeto de lei climática do país.
A Coréia do Sul é o quinto maior produtor de automóveis e depende da exportação deles e de outros produtos eletro-eletrônicos para mover sua economia.
Seguindo o exemplo do governo, gigantes como a Samsung e Hyundai também anunciaram recentemente seus próprios planos de investimentos para reduzir seus impactos para o meio ambiente.
A montadora irá gastar US$ 3,2 bilhões no desenvolvimento de veículos mais limpos e na redução das emissões de suas fábricas. Também investirá no desenvolvimento de células de combustível.
Já a Samsung promete cortar pela metade as emissões de suas fábricas e tornar seus produtos mais eficientes energeticamente. Para isso irá investir US$ 4,3 bilhões.
*Imagem: Seoul, capital da Coréia do Sul.
Notícias
07
ago
2009
(CARBONO)
Coréia do Sul adotará metas de redução de emissões
Apesar dos limites anunciados serem modestos, o fato ganha importância por se tratar do primeiro país em desenvolvimento que se compromete com cortes concretos de CO2, o que pode facilitar a negociação do acordo climático pós-Kyoto.

O governo sul-coreano anunciou que irá estabelecer metas de corte de emissões de gases do efeito estufa e que deve escolher entre três opções: aumentar no máximo 8% os níveis de 2005 em 2020; não ultrapassar os níveis de 2005; ou reduzir em 4% os níveis de 2005. Apesar de modestas se comparadas aos cortes de 20% e 15% anunciados pela União Européia e Japão, respectivamente, as medidas devem evitar um crescimento de 30% nas emissões no país até 2020.
As emissões da Coréia dobraram no período de 1990 a 2005, o que parece ser um dos motivos para que o país resolvesse agir para tentar evitar as piores conseqüências das mudanças climáticas. Porém a escolha do ano base como sendo 2005 gerou criticas, já que se trata do ano em que a Coreia do Sul mais emitiu gases do efeito estufa em sua história.
Outros críticos também questionam se a Coréia do Sul, quarta maior economia da Ásia, seria realmente um país em desenvolvimento ou se já estaria incluído entre os ricos. De acordo com o Secretariado do Clima da ONU (UNFCCC), a Coréia do Sul é ainda classificada como uma nação em desenvolvimento. Porém, o país faz parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), tido como um grupo de países ricos.
Copenhague
Na avaliação do site Climate Progress, uma iniciativa do Center for American Progress Action Fund, a decisão é importante porque mostra que o país está aberto para aceitar limites de emissões no futuro acordo climático que deve ser negociado em dezembro, em Copenhague.
“O plano da Coréia do Sul cria um modelo de como mais países em desenvolvimento podem se comprometer em ações climáticas globais – abrindo um caminho para a desaceleração do crescimento das emissões que eventualmente alcançarão um pico em algum momento no futuro e, então, cairão”, afirma o Climate Progress.
O México, por exemplo, também já anunciou o objetivo de reduzir suas emissões em 8% até 2012, com relação aos níveis de 2002, e que deve lançar um mercado de carbono em três anos.
Se Coréia do Sul e México já se mostram dispostos a adotar metas concretas, a pressão sobre países como Brasil, Índia e China aumenta. E esse modelo de medidas domésticas como forma de se conseguir alcançar o acordo global também estaria sendo bem recebida pela comunidade internacional, ainda mais porque casaria com a idéia de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”.
Economia
O anúncio das metas se deu poucos dias depois da divulgação do plano do presidente Lee Myung-Bak de gastar US$ 85 bilhões, cerca de 2% do PIB do país, nos próximos cinco anos em iniciativas que encorajem eficiência energética, renováveis, mercado de carbono, carros híbridos e biocombustíveis.
Com isso o governo espera criar até 1,8 milhões de empregos e tornar a Coréia do Sul o sétimo país mais competitivo do mundo em 2020 em termos de eficiência energética.
Outro fator que estaria motivando a decisão seria a segurança energética. A Coréia é o segundo maior importador mundial de gás natural e o sexto de petróleo. Por isso, o governo pretende comprometer de 0,3% a 0,5% do PIB para aumentar o uso de carros híbridos, de energia nuclear e renováveis, e implementar redes inteligentes de eletricidade, as smart grids.
Além disso, o país estaria se prevenindo de ter que se submeter a tarifas internacionais de exportação que seriam aplicadas a nações que não tivessem metas de redução de emissões. Tal idéia está em discussão nos EUA, como medida de proteção à indústria nacional, e pode ser incluída no projeto de lei climática do país.
A Coréia do Sul é o quinto maior produtor de automóveis e depende da exportação deles e de outros produtos eletro-eletrônicos para mover sua economia.
Seguindo o exemplo do governo, gigantes como a Samsung e Hyundai também anunciaram recentemente seus próprios planos de investimentos para reduzir seus impactos para o meio ambiente.
A montadora irá gastar US$ 3,2 bilhões no desenvolvimento de veículos mais limpos e na redução das emissões de suas fábricas. Também investirá no desenvolvimento de células de combustível.
Já a Samsung promete cortar pela metade as emissões de suas fábricas e tornar seus produtos mais eficientes energeticamente. Para isso irá investir US$ 4,3 bilhões.
*Imagem: Seoul, capital da Coréia do Sul.
Fonte: Carbono Brasil
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