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Notícias
03
ago
2009
(MADEIRA E PRODUTOS)
Venda de madeira pirata deve gerar R$ 8 mi para apoio ao desmatamento
O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) anunciou nesta sexta-feira que deve assinar com o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) até o fim de agosto uma medida que determina a utilização do dinheiro obtido com a venda de madeira pirata para ajudar desempregados de carvoarias e madeireiras ilegais. Minc ainda afirmou que a venda de 12 mil metros cúbicos de madeira já apreendida no município de Vilhena (RO) deve gerar R$ 8 milhões para o projeto social.
"Vamos converter aquilo em bolsa de apoio ao pessoal que ficou sem emprego porque a gente fechou a serraria, a carvoaria. Era um emprego ilegal, mas era o emprego do sujeito. Então, até ter um desenvolvimento sustentável, tem que segurar o cara, porque senão ele vai desmatar cinco quilômetros adiante", afirmou Minc em entrevista no Rio.
Minc ainda pretende anunciar uma série de medidas como a ampliação da fiscalização na região que apresenta maior índice de desmatamento, segundo o último levantamento da ONG Imazon. Mas também vai cobrar a contrapartida dos prefeitos dos 36 municípios da Amazônia Legal apontados como campeões em desmatamento no país.
De acordo com o levantamento da ONG Imazon, feito através de mapeamento via satélite, a Amazônia Legal perdeu no mês de junho 150 quilômetros quadrados de florestas (pelo menos 19 campos de futebol por hora). Foi uma melhora em relação a junho de 2008, quando a destruição foi 75% maior.
Segundo a ONG, porém, só foi possível monitorar com o SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) 58% da Amazônia Legal devido a cobertura de nuvens. "Mas houve uma redução tão grande do desmatamento [75%], que mesmo com uma parte mascarada por causa das nuvens, se nós chegarmos a 50% ou 55% de redução isso é mais do que a meta que nós nos propusemos para este período, mas ainda acho insuficiente", disse o ministro.
A pesquisa apresentou degradação ambiental em alguns Estados. Houve um aumento significativo de florestas degradadas no Mato Grosso, alcançando 661 quilômetros quadrados (84%). O Pará, campeão do desmatamento no período (81%), abriga três municípios da lista dos 36 mais críticos, segundo o governo.
"O Pará detém a maior população da Amazônia, tem muitas estradas atravessando a região, a Transamazônica (BR-230), Belém-Brasília (BR-010), a BR-163 [que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA)], é o maior exportador de madeira do Brasil. É onde tem o maior rebanho do bioma da Amazônia. Agora, a preocupação é a pecuária e nós caímos em cima do Pará junto com o Ministério Público, ONGs e o boicote de supermercado. Estamos usando a partir de agora recursos do fundo Amazônia, mas o Pará ainda é um problema", afirmou Minc.
O ministro disse também ser contra a criação da BR-319 (Porto Velho-Manaus), que atravessa a área mais preservada da Amazônia. "Há muitas teses que o menos impactante seria uma ferrovia ou então modernizar a hidrovia do Madeira que é paralela a 319, mas essa decisão não é minha, é de governo", disse.
"Vamos converter aquilo em bolsa de apoio ao pessoal que ficou sem emprego porque a gente fechou a serraria, a carvoaria. Era um emprego ilegal, mas era o emprego do sujeito. Então, até ter um desenvolvimento sustentável, tem que segurar o cara, porque senão ele vai desmatar cinco quilômetros adiante", afirmou Minc em entrevista no Rio.
Minc ainda pretende anunciar uma série de medidas como a ampliação da fiscalização na região que apresenta maior índice de desmatamento, segundo o último levantamento da ONG Imazon. Mas também vai cobrar a contrapartida dos prefeitos dos 36 municípios da Amazônia Legal apontados como campeões em desmatamento no país.
De acordo com o levantamento da ONG Imazon, feito através de mapeamento via satélite, a Amazônia Legal perdeu no mês de junho 150 quilômetros quadrados de florestas (pelo menos 19 campos de futebol por hora). Foi uma melhora em relação a junho de 2008, quando a destruição foi 75% maior.
Segundo a ONG, porém, só foi possível monitorar com o SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) 58% da Amazônia Legal devido a cobertura de nuvens. "Mas houve uma redução tão grande do desmatamento [75%], que mesmo com uma parte mascarada por causa das nuvens, se nós chegarmos a 50% ou 55% de redução isso é mais do que a meta que nós nos propusemos para este período, mas ainda acho insuficiente", disse o ministro.
A pesquisa apresentou degradação ambiental em alguns Estados. Houve um aumento significativo de florestas degradadas no Mato Grosso, alcançando 661 quilômetros quadrados (84%). O Pará, campeão do desmatamento no período (81%), abriga três municípios da lista dos 36 mais críticos, segundo o governo.
"O Pará detém a maior população da Amazônia, tem muitas estradas atravessando a região, a Transamazônica (BR-230), Belém-Brasília (BR-010), a BR-163 [que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA)], é o maior exportador de madeira do Brasil. É onde tem o maior rebanho do bioma da Amazônia. Agora, a preocupação é a pecuária e nós caímos em cima do Pará junto com o Ministério Público, ONGs e o boicote de supermercado. Estamos usando a partir de agora recursos do fundo Amazônia, mas o Pará ainda é um problema", afirmou Minc.
O ministro disse também ser contra a criação da BR-319 (Porto Velho-Manaus), que atravessa a área mais preservada da Amazônia. "Há muitas teses que o menos impactante seria uma ferrovia ou então modernizar a hidrovia do Madeira que é paralela a 319, mas essa decisão não é minha, é de governo", disse.
Fonte: Folha Online
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