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Notícias
24
jul
2009
(REFLORESTAMENTO)
Eucalipto dilui custo na avicultura
Apostando na diversificação, criadores de frango de corte aderem ao sistema integrado de produção de aves e eucaliptos para tornar aviários auto-sustentáveis.
Diversificação, auto-sustentabilidade e reflorestamento. Estas são as palavras mais usadas pelos criadores de frangos e empresas avícolas no Noroeste do Paraná. Para reduzir custos e aumentar a renda dos aviários, criadores apostam na produção integrada de frango de corte e eucalipto. Os produtores acreditam que a rentabilidade pode ser ampliada em até 10% com a prática.
O produtor Paulo Antônio Maciel tem quatro aviários em Japurá. Durante o ano os viveiros de Maciel recebem seis lotes de pintinhos (110 mil aves por etapa de criação), de onde saem cerca de 660 mil frangos para o abate. Para manter os aviários aquecidos, ele gasta cerca de R$ 8 mil por ano com a compra de madeira.
Para reduzir custos, há um ano e meio Maciel cercou a propriedade com 27 mil mudas de eucalipto, que agora estão com aproximadamente sete metros de altura. Quando completarem três anos as árvores poderão ser cortadas e utilizadas nos fornos. Com cinco, os eucaliptos servirão para a construção ou ampliação dos aviários. “É uma economia que faz a diferença. Além disso, as árvores protegem os aviários dos ventos e da poluição, que interferem significativamente na produção. Funciona como uma espécie de filtro verde”, explica.
De acordo com o gerente de expansão da indústria avícola Fran¬gos Canção, Aguinaldo Bulla, a madeira faz parte de todo o processo de produção do setor avícola. “É usada na construção dos aviários, no aquecimento dos lotes, na secagem do milho, nas caldeiras frigoríficas e no processamento de subprodutos”, afirma.
Os criadores João Francisco de Oliveira e o filho Diego Precinotto também plantaram as mudas em volta dos aviários. “Enquanto tem gente desmatando nós estamos reflorestando”, diz Oliveira. “Como as árvores serão cortadas em etapas, respeitando o ciclo de crescimento e a reposição de novas mudas, as áreas de reflorestamento serão mantidas”, complementa Bulla.
Segundo o gerente da Frangos Canção, a cada mil aves criadas há uma demanda de 4 metros cúbicos de madeira de eucaliptos. “O país tem uma produção anual de 5 bilhões de cabeças de frango de corte, o que corresponde a um consumo de 20 milhões de metros cúbicos de madeira. O Paraná, maior produtor de aves do país, concentra a produção de 23% desse volume, com um consumo de 92 mil hectares de terras reflorestadas com eucaliptos”, explica.
Bulla afirma que a prática tem mostrado que as propriedades mais produtivas e rentáveis são aquelas em que o produtor preserva o meio ambiente, por isso a integração entre avicultura e plantação de eucalipto é tão importante. “Respeitando o manejo e a utilização da floresta de eucaliptos, os produtores podem até mesmo vender o excesso de madeira para as indústrias que fabricam papel”, lembra Bulla.
Paraná lidera a produção
Empresas e criadores paranaenses fazem do estado o líder nacional em produção de frango. Segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sin¬diavipar), foram produzidos, entre janeiro e maio desde ano, quase 500 mil cabeças de frango, enquanto em todo o ano passado o número chegou a 1,2 milhão.
Em 2009, o Paraná exportou 361,5 milhões de quilos de frango no acumulado janeiro a maio, o que rendeu um faturamento de U$$ 490 milhões. O desempenho representa 25,8% de toda a exportação de frango de corte nacional, menor apenas do que Santa Catarina.
De acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná (Seab), em agosto de 2000 existiam 5.810 aviários cadastrados. Atualmente, este número quase dobrou, superando os 11 mil em pouco menos de uma década.
Diversificação, auto-sustentabilidade e reflorestamento. Estas são as palavras mais usadas pelos criadores de frangos e empresas avícolas no Noroeste do Paraná. Para reduzir custos e aumentar a renda dos aviários, criadores apostam na produção integrada de frango de corte e eucalipto. Os produtores acreditam que a rentabilidade pode ser ampliada em até 10% com a prática.
O produtor Paulo Antônio Maciel tem quatro aviários em Japurá. Durante o ano os viveiros de Maciel recebem seis lotes de pintinhos (110 mil aves por etapa de criação), de onde saem cerca de 660 mil frangos para o abate. Para manter os aviários aquecidos, ele gasta cerca de R$ 8 mil por ano com a compra de madeira.
Para reduzir custos, há um ano e meio Maciel cercou a propriedade com 27 mil mudas de eucalipto, que agora estão com aproximadamente sete metros de altura. Quando completarem três anos as árvores poderão ser cortadas e utilizadas nos fornos. Com cinco, os eucaliptos servirão para a construção ou ampliação dos aviários. “É uma economia que faz a diferença. Além disso, as árvores protegem os aviários dos ventos e da poluição, que interferem significativamente na produção. Funciona como uma espécie de filtro verde”, explica.
De acordo com o gerente de expansão da indústria avícola Fran¬gos Canção, Aguinaldo Bulla, a madeira faz parte de todo o processo de produção do setor avícola. “É usada na construção dos aviários, no aquecimento dos lotes, na secagem do milho, nas caldeiras frigoríficas e no processamento de subprodutos”, afirma.
Os criadores João Francisco de Oliveira e o filho Diego Precinotto também plantaram as mudas em volta dos aviários. “Enquanto tem gente desmatando nós estamos reflorestando”, diz Oliveira. “Como as árvores serão cortadas em etapas, respeitando o ciclo de crescimento e a reposição de novas mudas, as áreas de reflorestamento serão mantidas”, complementa Bulla.
Segundo o gerente da Frangos Canção, a cada mil aves criadas há uma demanda de 4 metros cúbicos de madeira de eucaliptos. “O país tem uma produção anual de 5 bilhões de cabeças de frango de corte, o que corresponde a um consumo de 20 milhões de metros cúbicos de madeira. O Paraná, maior produtor de aves do país, concentra a produção de 23% desse volume, com um consumo de 92 mil hectares de terras reflorestadas com eucaliptos”, explica.
Bulla afirma que a prática tem mostrado que as propriedades mais produtivas e rentáveis são aquelas em que o produtor preserva o meio ambiente, por isso a integração entre avicultura e plantação de eucalipto é tão importante. “Respeitando o manejo e a utilização da floresta de eucaliptos, os produtores podem até mesmo vender o excesso de madeira para as indústrias que fabricam papel”, lembra Bulla.
Paraná lidera a produção
Empresas e criadores paranaenses fazem do estado o líder nacional em produção de frango. Segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sin¬diavipar), foram produzidos, entre janeiro e maio desde ano, quase 500 mil cabeças de frango, enquanto em todo o ano passado o número chegou a 1,2 milhão.
Em 2009, o Paraná exportou 361,5 milhões de quilos de frango no acumulado janeiro a maio, o que rendeu um faturamento de U$$ 490 milhões. O desempenho representa 25,8% de toda a exportação de frango de corte nacional, menor apenas do que Santa Catarina.
De acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná (Seab), em agosto de 2000 existiam 5.810 aviários cadastrados. Atualmente, este número quase dobrou, superando os 11 mil em pouco menos de uma década.
Fonte: Gazeta do Povo
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