Voltar
Notícias
22
jul
2009
(DESMATAMENTO)
Produtores de MT aceitam "desmatamento zero" com mudança da lei ambiental
Os agricultores e pecuaristas de Mato Grosso firmaram posição favorável ao projeto "desmatamento zero", porém, querem em contra partida a legalização das áreas já abertas. O posicionamento foi feito pelo presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, que sustentou a necessidade de mudanças na legislação federal para que seja feito de fato a preservação ambiental com a manutenção dos atuais preços dos alimentos. A entrevista ao Preserve-MT foi concedida após a reunião que debateu a moratória da carne oriunda de áreas da Amazônia.
“Nós vamos pedir a bancada mato-grossense que só vote questões ambientais. Não tem como cumprir a atual legislação que traz uma reserva legal de 80%. Nós queremos preservar sim, mas é inviável retornar com o que já está desmatado. A área aberta é um ativo econômico-financeiro para a sociedade. As pessoas estão dispostas a pagar mais caro pela cesta básica? É isto que o país quer?”, questionou Rui Prado.
Para o presidente da Famato, caso os produtores fossem cumprir a legislação ao pé da letra, o Brasil retornaria 40 anos no passado, quando era um importador de alimentos ao invés da atual potência exportadora. “Nós queremos comprar arroz da Ásia, trigo, milho, soja? O campo gera muitos empregos e tudo isto está correndo risco atualmente”. Ele defendeu mudanças também na legislação estadual. “Este conceito de reserva legal é burro. Queremos que seja possível se compensar as áreas abertas em uma outra propriedade. Nós somos favoráveis à criação dos corredores ecológicos, e não das atuais ilhas de conservação”, defendeu.
De forma enérgica, o ruralista afirmou que “quem mais preserva é o produtor, que depende da manutenção da natureza, dos recursos hídricos para sua atividade”. Questionado sobre a atuação das ONGs em Mato Grosso, ele criticou o que chamou de ingerência. “Estas ONGs deveriam estar mais preocupadas com questões como a fome na África. Elas devem estar atuando a serviço de alguém que não quer um Brasil tão competitivo”, opinou.
Sobre o MT Legal, programa do Governo do Estado que pretende mapear e resolver os passivos ambientais em Mato Grosso, o representante dos agricultores e pecuaristas disse que a Famato anseia que a compensação de reservas possa ser feita em outras propriedades. Para ele, a efetiva recuperação de áreas desmatadas deve acontecer caso sejam somente em áreas de preservação permanente.
O decreto do executivo estadual que detalha os procedimentos para o funcionamento do projeto e coloca definitivamente em prática o MT Legal deve ser concluído em no máximo 30 dias. Esta previsão foi feita pelo secretário responsável pela implantação do MT Legal, Adilton Sacheti. “Colocar este programa em prática não é simples e rápido. Nós precisamos de um grande reforço no Governo para poder atender toda a demanda que será criada. Nós já adquirimos aproximadamente R$ 2 milhões em equipamentos de informática, a estrutura física da Secretaria de Meio Ambiente está sendo ampliada e ainda haverá a contratação de pessoas qualificadas para o trabalho”, disse Sacheti.
Entre as deliberações aprovadas durante a reunião dos pecuaristas na Famato, o presidente da instituição destacou ações de conscientização. “Nós vamos utilizar a mídia para chegar até as pessoas”. Ele explicou que o objetivo das campanhas a serem montadas pela entidade pretendem mostrar como o preço dos alimentos podem subir e a necessidade de uma mudança na legislação.
Para Rui Prado, a sociedade precisa ver o inevitável. “Nós vamos praticar o desmatamento zero, sem a abertura de novas áreas. Mas vai chegar um momento que os alimentos não serão o suficiente para todos”, reiterou.
O site www.preservemt.com.br é a favor do cumprimento da legislação. É necessário se respeitar o meio ambiente e buscar caminhos para se aliar produtividade e ecologia. O momento é o da conscientização, na redução do consumo, do aproveitamento dos alimentos. A conscientização individual gera o exemplo para a mudança de uma sociedade.
“Nós vamos pedir a bancada mato-grossense que só vote questões ambientais. Não tem como cumprir a atual legislação que traz uma reserva legal de 80%. Nós queremos preservar sim, mas é inviável retornar com o que já está desmatado. A área aberta é um ativo econômico-financeiro para a sociedade. As pessoas estão dispostas a pagar mais caro pela cesta básica? É isto que o país quer?”, questionou Rui Prado.
Para o presidente da Famato, caso os produtores fossem cumprir a legislação ao pé da letra, o Brasil retornaria 40 anos no passado, quando era um importador de alimentos ao invés da atual potência exportadora. “Nós queremos comprar arroz da Ásia, trigo, milho, soja? O campo gera muitos empregos e tudo isto está correndo risco atualmente”. Ele defendeu mudanças também na legislação estadual. “Este conceito de reserva legal é burro. Queremos que seja possível se compensar as áreas abertas em uma outra propriedade. Nós somos favoráveis à criação dos corredores ecológicos, e não das atuais ilhas de conservação”, defendeu.
De forma enérgica, o ruralista afirmou que “quem mais preserva é o produtor, que depende da manutenção da natureza, dos recursos hídricos para sua atividade”. Questionado sobre a atuação das ONGs em Mato Grosso, ele criticou o que chamou de ingerência. “Estas ONGs deveriam estar mais preocupadas com questões como a fome na África. Elas devem estar atuando a serviço de alguém que não quer um Brasil tão competitivo”, opinou.
Sobre o MT Legal, programa do Governo do Estado que pretende mapear e resolver os passivos ambientais em Mato Grosso, o representante dos agricultores e pecuaristas disse que a Famato anseia que a compensação de reservas possa ser feita em outras propriedades. Para ele, a efetiva recuperação de áreas desmatadas deve acontecer caso sejam somente em áreas de preservação permanente.
O decreto do executivo estadual que detalha os procedimentos para o funcionamento do projeto e coloca definitivamente em prática o MT Legal deve ser concluído em no máximo 30 dias. Esta previsão foi feita pelo secretário responsável pela implantação do MT Legal, Adilton Sacheti. “Colocar este programa em prática não é simples e rápido. Nós precisamos de um grande reforço no Governo para poder atender toda a demanda que será criada. Nós já adquirimos aproximadamente R$ 2 milhões em equipamentos de informática, a estrutura física da Secretaria de Meio Ambiente está sendo ampliada e ainda haverá a contratação de pessoas qualificadas para o trabalho”, disse Sacheti.
Entre as deliberações aprovadas durante a reunião dos pecuaristas na Famato, o presidente da instituição destacou ações de conscientização. “Nós vamos utilizar a mídia para chegar até as pessoas”. Ele explicou que o objetivo das campanhas a serem montadas pela entidade pretendem mostrar como o preço dos alimentos podem subir e a necessidade de uma mudança na legislação.
Para Rui Prado, a sociedade precisa ver o inevitável. “Nós vamos praticar o desmatamento zero, sem a abertura de novas áreas. Mas vai chegar um momento que os alimentos não serão o suficiente para todos”, reiterou.
O site www.preservemt.com.br é a favor do cumprimento da legislação. É necessário se respeitar o meio ambiente e buscar caminhos para se aliar produtividade e ecologia. O momento é o da conscientização, na redução do consumo, do aproveitamento dos alimentos. A conscientização individual gera o exemplo para a mudança de uma sociedade.
Fonte: 24 horas news
Notícias em destaque

Destaques do comércio de madeira e produtos de madeira (W&WP)
De acordo com o Departamento de Alfândega do Vietnã, as exportações de W&WP em maio de 2025 atingiram US$ 1,4...
(INTERNACIONAL)

Peru sedia workshop regional sobre estatísticas florestais para a América do Sul
Com a participação de representantes de treze países sul-americanos, foi realizado em Lima, em 24 de junho, um Workshop...
(INTERNACIONAL)

Alerta nas florestas: a chegada da vespa-da-madeira ameaça os pinus brasileiros
A chegada da vespa-da-madeira Sirex obesus às plantações paulistas acende um alerta nacional: mortalidade acelerada de pinus,...
(GERAL)

Nova Série H da John Deere traz colheita florestal mais rápida, econômica e confortável
A John Deere apresenta a nova Série H de máquinas florestais com maior eficiência, menor consumo de combustível e...
(MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS)

EUA impõe tarifa de 50 por cento a produtos do Brasil e pressiona indústria de celulose
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 9, a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos...
(MERCADO)

Silvicultura gaúcha mantém ritmo com foco no eucalipto
Madeira de eucalipto mantém alta demanda
A atividade florestal no Rio Grande do Sul segue impulsionada pela produção de...
(SILVICULTURA)