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Notícias
20
jul
2009
(GERAL)
Monitoramento florestal via satélite pode entrar em colapso
Um dos maiores especialistas em monitoramento florestal por imagens de satélite e análises de dados de retiradas vegetais do Brasil, Dalton Valeriano, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ressaltou que mesmo o País sendo referência mundial no assunto existe o risco de "apagão" nos sistemas nacionais por conta do tempo de uso dos satélites que fazem essa "varredura" dos desmates e queimadas.
Valeriano fez o alerta durante uma palestra na 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Segundo ele, os dois satélites que hoje são usados pelo Inpe para as atividades de detecção de degradação florestal, o LandSat e o Cbers, estão com suas datas de validade vencidas e podem parar a qualquer momento.
O LandSat, um satélite estadunidense cujas imagens são fornecidas para o Inpe via pagamento de taxa mensal, que estava programado para uma vida útil de cinco anos, já está em operação há 25 anos. O Cbers, satélite construído a partir de parceria entre Brasil e China e programado para ter vida útil de dois anos e meio, completou três anos de atividades neste ano e pode parar a qualquer momento, da mesma forma que o LanSat.
"Temos o melhor sistema de detecção de queimadas e desmatamentos do mundo. Saiu em 2007 um comunicado da revista Science que indicou isso, mas a realidade é que eu posso receber um telefonema em agosto ou setembro deste ano me informando que os dois satélites pararam e aí a situação ficará complicada", avaliou Valeriano, cujo tema da palestra foi "Sistemas de Monitoramento Remoto da Amazônia Legal".
De acordo com Valeriano, atualmente todos os países que têm interesse em monitorar florestas por satélite tomam como exemplo o Brasil. Todavia, destaca ele, é preciso que se planeje como será esse monitoramento brasileiro nas próximas décadas. "Usamos um modelo de análise, com contraste de imagens para identificarmos os desmates, mas os equipamentos estão saturados", afirmou.
Dois sistemas, o de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), são utilizados pelo Inpe para o cálculo das retiradas florestais. A proposta é que novos processos sejam viabilizados em breve.
O Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) consegue identificar apenas desmatamentos de pelo menos 0,25 km2 (25 ha), os mais significativos. Mas faz esta detecção rapidamente, ainda durante a derrubada das árvores, auxiliando assim ações eficazes de fiscalização do desmatamento ilegal. O Deter é a peça central de um sistema de monitoramento de florestas, pioneiro no mundo, cuja reputação internacional de excelência tem projetado o País em fóruns como a Convenção do Clima e nos debates sobre pagamentos por serviços ambientais de florestas.
Anual, o Prodes é o sistema mais detalhado de monitoramento de desmatamento. A área medida se refere somente ao desmatamento por corte raso, ou seja, o estágio final de devastação em que o solo já foi tomado por vegetação de pastagem.
Valeriano fez o alerta durante uma palestra na 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Segundo ele, os dois satélites que hoje são usados pelo Inpe para as atividades de detecção de degradação florestal, o LandSat e o Cbers, estão com suas datas de validade vencidas e podem parar a qualquer momento.
O LandSat, um satélite estadunidense cujas imagens são fornecidas para o Inpe via pagamento de taxa mensal, que estava programado para uma vida útil de cinco anos, já está em operação há 25 anos. O Cbers, satélite construído a partir de parceria entre Brasil e China e programado para ter vida útil de dois anos e meio, completou três anos de atividades neste ano e pode parar a qualquer momento, da mesma forma que o LanSat.
"Temos o melhor sistema de detecção de queimadas e desmatamentos do mundo. Saiu em 2007 um comunicado da revista Science que indicou isso, mas a realidade é que eu posso receber um telefonema em agosto ou setembro deste ano me informando que os dois satélites pararam e aí a situação ficará complicada", avaliou Valeriano, cujo tema da palestra foi "Sistemas de Monitoramento Remoto da Amazônia Legal".
De acordo com Valeriano, atualmente todos os países que têm interesse em monitorar florestas por satélite tomam como exemplo o Brasil. Todavia, destaca ele, é preciso que se planeje como será esse monitoramento brasileiro nas próximas décadas. "Usamos um modelo de análise, com contraste de imagens para identificarmos os desmates, mas os equipamentos estão saturados", afirmou.
Dois sistemas, o de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), são utilizados pelo Inpe para o cálculo das retiradas florestais. A proposta é que novos processos sejam viabilizados em breve.
O Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) consegue identificar apenas desmatamentos de pelo menos 0,25 km2 (25 ha), os mais significativos. Mas faz esta detecção rapidamente, ainda durante a derrubada das árvores, auxiliando assim ações eficazes de fiscalização do desmatamento ilegal. O Deter é a peça central de um sistema de monitoramento de florestas, pioneiro no mundo, cuja reputação internacional de excelência tem projetado o País em fóruns como a Convenção do Clima e nos debates sobre pagamentos por serviços ambientais de florestas.
Anual, o Prodes é o sistema mais detalhado de monitoramento de desmatamento. A área medida se refere somente ao desmatamento por corte raso, ou seja, o estágio final de devastação em que o solo já foi tomado por vegetação de pastagem.
Fonte: Renan Albuquerque - Agência SBPC
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