Voltar
Notícias
14
jul
2009
(SETOR FLORESTAL)
Extrativismo não é solução para a Amazônia
A retirada de produtos da floresta, como a seiva da seringueira e a castanha-do-pará, não são economicamente viáveis a longo prazo. Essa é a opinião do engenheiro agrônomo da Embrapa Alfredo Homma, que há mais de 30 anos estuda a economia rural na Amazônia.
Segundo o pesquisador, os produtos extrativistas (retirados da natureza) tendem a ser “domesticados” em plantações quando a procura por eles é muito forte. “Na natureza há um determinado número de seringueiras, castanheiras. Para um seringueiro cortar (retirar seiva de) 450 árvores, precisa trabalhar em um espaço de 300 a 500 hectares. Essa mesma quantidade de seringueiras você pode plantar em um campo de futebol”, explica.
O extrativismo tem sido uma das principais apostas dos governos para proteger a Amazônia. No Brasil, há 49 reservas extrativistas e 65 florestas nacionais federais. Esses lugares foram criados especialmente para a retirada controlada de produtos da floresta, preservando a mata.
Para Homma, o fim do extrativismo é algo natural, pois a produtividade desse tipo de atividade é muito baixa, e tende a não dar conta da demanda. “Foi por isso que os ingleses perceberam que a produção extrativa de borracha não dava para sustentar o mundo. Tanto que eles levaram daqui 70 mil sementes em 1876. Logo que essas seringueiras começaram a produzir, por volta de 1910, eles venderam a borracha por um preço 30 vezes menor”.
Outro problema, segundo o engenheiro agrônomo, é que os produtos retirados da mata podem ser trocados por substitutos artificiais. “O pau-rosa, por exemplo, foi substituído pelo linalol sintético, originário do petróleo. Na borracha, dois terços do consumo mundial é da borracha sintética”.
Mais plantações
A solução para a agropecuária na Amazônia, segundo Homma, é aproveitar melhor o espaço que já foi desmatado plantando espécies que hoje são retiradas da floresta. Isso protegeria a mata e ao mesmo tempo evitaria o colapso econômico que poderia vir com o fim do extrativismo.
“Muitas plantas da Amazônia já estão começando a ser cultivadas. Noventa por cento da do cupuaçu, por exemplo, já é plantado. Também é o caso do jaborandi. Hoje a Merck [empresa do ramo farmacêutico] tem uma plantação de 500 hectares em Barra do Corda, no Maranhão, e não compra mais jaborandi [da floresta]”.
O engenheiro também afirma que parte da área que já foi derrubada deve ser reflorestada. Nos topos de morro e na beira dos rios, deveria ser devolvida a vegetação original. No restante, contudo, Homma defende a produção de árvores com valor comercial. “As pessoas não vão reflorestar por reflorestar. Um reflorestamento de eucalipto, mogno ou Teka custa R$ 2 mil por hectare. Isso tem que ter retorno”, diz.
Segundo o pesquisador, os produtos extrativistas (retirados da natureza) tendem a ser “domesticados” em plantações quando a procura por eles é muito forte. “Na natureza há um determinado número de seringueiras, castanheiras. Para um seringueiro cortar (retirar seiva de) 450 árvores, precisa trabalhar em um espaço de 300 a 500 hectares. Essa mesma quantidade de seringueiras você pode plantar em um campo de futebol”, explica.
O extrativismo tem sido uma das principais apostas dos governos para proteger a Amazônia. No Brasil, há 49 reservas extrativistas e 65 florestas nacionais federais. Esses lugares foram criados especialmente para a retirada controlada de produtos da floresta, preservando a mata.
Para Homma, o fim do extrativismo é algo natural, pois a produtividade desse tipo de atividade é muito baixa, e tende a não dar conta da demanda. “Foi por isso que os ingleses perceberam que a produção extrativa de borracha não dava para sustentar o mundo. Tanto que eles levaram daqui 70 mil sementes em 1876. Logo que essas seringueiras começaram a produzir, por volta de 1910, eles venderam a borracha por um preço 30 vezes menor”.
Outro problema, segundo o engenheiro agrônomo, é que os produtos retirados da mata podem ser trocados por substitutos artificiais. “O pau-rosa, por exemplo, foi substituído pelo linalol sintético, originário do petróleo. Na borracha, dois terços do consumo mundial é da borracha sintética”.
Mais plantações
A solução para a agropecuária na Amazônia, segundo Homma, é aproveitar melhor o espaço que já foi desmatado plantando espécies que hoje são retiradas da floresta. Isso protegeria a mata e ao mesmo tempo evitaria o colapso econômico que poderia vir com o fim do extrativismo.
“Muitas plantas da Amazônia já estão começando a ser cultivadas. Noventa por cento da do cupuaçu, por exemplo, já é plantado. Também é o caso do jaborandi. Hoje a Merck [empresa do ramo farmacêutico] tem uma plantação de 500 hectares em Barra do Corda, no Maranhão, e não compra mais jaborandi [da floresta]”.
O engenheiro também afirma que parte da área que já foi derrubada deve ser reflorestada. Nos topos de morro e na beira dos rios, deveria ser devolvida a vegetação original. No restante, contudo, Homma defende a produção de árvores com valor comercial. “As pessoas não vão reflorestar por reflorestar. Um reflorestamento de eucalipto, mogno ou Teka custa R$ 2 mil por hectare. Isso tem que ter retorno”, diz.
Fonte: G1
Notícias em destaque
A China plantou tantas árvores que alterou o ciclo da água em parte do país
O programa de reflorestação massiva da China conseguiu travar a degradação ambiental, mas novos estudos mostram que...
(GERAL)
Imazon é um dos vencedores do “Campeões da Terra” 2025
É a primeira vez que um instituto de pesquisa brasileiro ganha o prêmio do PNUMA
Considerada a mais alta honraria ambiental da...
(EVENTOS)
Impressão UV direta em madeira para produção de armários, peças de marcenaria e móveis.
A DPI Laboratory, com sede na Flórida , lançou sua plataforma de impressoras Catalyst, que oferece impressão UV direta em...
(GERAL)
Decisão de renovação da autorização do creosoto como produto para tratamento de madeira no Reino Unido até 2033
Notificação G/TBT/N/GBR/109, relativa à decisão de renovação da autorização do creosoto...
(INTERNACIONAL)
Suzano eleva projeções de custo da produção de celulose para 2027
A Suzano atualizou suas estimativas de longo prazo para os desembolsos operacionais do negócio de celulose, elevando uma...
(MERCADO)
SFB e UNODC lançam o Lignum brasilis, aplicativo inovador de identificação de madeira baseado em IA
Ferramenta desenvolvida por SFB, UNODC e Unesp marca um avanço no enfrentamento à exploração madeireira ilegal,...
(GERAL)














