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Notícias
13
jul
2009
(QUEIMADAS)
Chuva artificial é nova aliada na prevenção de incêndios em áreas com baixa umidade
As chuvas artificiais poderiam ter evitado ou reduzido os estragos causados por um incêndio de grandes proporções no Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA), em outubro passado. A forte seca que atingiu a região no período, aliada à ação criminosa do homem, segundo especialistas, foram responsáveis pela queima de 55 mil hectares, 30% do parque.
Passado o susto, prevenção se tornou palavra de ordem no local. O ponto de partida é conter a baixa umidade. Para isso, uma técnica conhecida como "inseminação de nuvens" aumenta a umidade relativa do local. O intuito é evitar as queimadas tão comuns em alguns períodos do ano.
Um avião de pequeno porte, equipado com bicos rotativos de semeação e compartimento com capacidade para 300 litros de água, sobrevoou a região do sertão baiano por dois dias, em março. No interior da aeronave estavam técnicos da empresa paulistana Modclima, criadora do sistema, além dos profissionais que atuam dentro do parque,vinculados ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Depois da escolha no campo visual das nuvens mais apropriadas, o sistema lançou jatos de água filtrada em seu interior. "As gotículas provocaram a aglutinação de uma quantidade ainda maior de gotículas. O aumento da umidade no interior da nuvem fez com que as gotas ficassem maiores e mais pesadas, provocando a chuva", explica Christian Berlinck, chefe do parque.
A técnica já havia sido implementada com sucesso, pela Modclima, na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), em 2001. "A diferença de outros procedimentos é que não usamos aditivos químicos, apenas água limpa. Produtos que contêm sal acabam caindo no solo e modificando a estrutura da região", afirma Majory Imai, uma das responsáveis pela empresa. Berlinck diz ainda que o uso de aditivos químicos provoca chuvas fortes e rápidas. "Dessa forma, a ocorrência de enchentes, alagamentos e erosões se torna frequente e este não é o objetivo", enfatizou.
Dados divulgados pela unidade de conservação da Chapada mostraram que durante as queimadas, em 2008, a temperatura chegou a 35o C. "Ao passo que a umidade relativa do ar ficou bem mais baixa e a velocidade do vento foi de até 75 km/h. Para piorar o cenário, havia áreas no parque que não queimavam há 10 anos", diz Berlinck.
Para o chefe, os focos de incêndio que destruíram parte da vegetação podem ter sido provocados e não acidentais, como muitos pensaram. "Há pessoas que têm prazer de ver essas áreas queimando. Infelizmente, ainda é difícil encontrar culpados", conta Berlinck. Além disso, a região sofre com a ação de garimpeiros e agricultores que utilizam fogo como forma de "limpar" a área para novo plantio ou coleta.
A fim de amenizar o problema, o parque conta hoje com o trabalho de apenas cinco fiscais, que fazem a ronda habitual e conscientizam comunidades próximas, como os municípios de Lençóis e Palmeiras. É bom lembrar que a continuidade dos processos de inseminação dependerá de patrocínio. Isso porque grande parte dos recursos gastos na primeira experiência foi financiada pela empresa paulistana. O sistema custa algo em torno de R$ 2 milhões por um período de dois anos.
Passado o susto, prevenção se tornou palavra de ordem no local. O ponto de partida é conter a baixa umidade. Para isso, uma técnica conhecida como "inseminação de nuvens" aumenta a umidade relativa do local. O intuito é evitar as queimadas tão comuns em alguns períodos do ano.
Um avião de pequeno porte, equipado com bicos rotativos de semeação e compartimento com capacidade para 300 litros de água, sobrevoou a região do sertão baiano por dois dias, em março. No interior da aeronave estavam técnicos da empresa paulistana Modclima, criadora do sistema, além dos profissionais que atuam dentro do parque,vinculados ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Depois da escolha no campo visual das nuvens mais apropriadas, o sistema lançou jatos de água filtrada em seu interior. "As gotículas provocaram a aglutinação de uma quantidade ainda maior de gotículas. O aumento da umidade no interior da nuvem fez com que as gotas ficassem maiores e mais pesadas, provocando a chuva", explica Christian Berlinck, chefe do parque.
A técnica já havia sido implementada com sucesso, pela Modclima, na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), em 2001. "A diferença de outros procedimentos é que não usamos aditivos químicos, apenas água limpa. Produtos que contêm sal acabam caindo no solo e modificando a estrutura da região", afirma Majory Imai, uma das responsáveis pela empresa. Berlinck diz ainda que o uso de aditivos químicos provoca chuvas fortes e rápidas. "Dessa forma, a ocorrência de enchentes, alagamentos e erosões se torna frequente e este não é o objetivo", enfatizou.
Dados divulgados pela unidade de conservação da Chapada mostraram que durante as queimadas, em 2008, a temperatura chegou a 35o C. "Ao passo que a umidade relativa do ar ficou bem mais baixa e a velocidade do vento foi de até 75 km/h. Para piorar o cenário, havia áreas no parque que não queimavam há 10 anos", diz Berlinck.
Para o chefe, os focos de incêndio que destruíram parte da vegetação podem ter sido provocados e não acidentais, como muitos pensaram. "Há pessoas que têm prazer de ver essas áreas queimando. Infelizmente, ainda é difícil encontrar culpados", conta Berlinck. Além disso, a região sofre com a ação de garimpeiros e agricultores que utilizam fogo como forma de "limpar" a área para novo plantio ou coleta.
A fim de amenizar o problema, o parque conta hoje com o trabalho de apenas cinco fiscais, que fazem a ronda habitual e conscientizam comunidades próximas, como os municípios de Lençóis e Palmeiras. É bom lembrar que a continuidade dos processos de inseminação dependerá de patrocínio. Isso porque grande parte dos recursos gastos na primeira experiência foi financiada pela empresa paulistana. O sistema custa algo em torno de R$ 2 milhões por um período de dois anos.
Fonte: Diário de Pernambuco
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