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Notícias
12
jul
2009
(CARBONO)
Crise impulsiona crescimento do mercado de carbono
O comércio de créditos de emissões de gases do efeito estufa movimentou 4,1 Gt CO2 e no primeiro semestre deste ano, uma alta de 124% em comparação com o mesmo período em 2008.
Depois de um início de ano tomado por pessimismo econômico, o mercado de carbono exibe fortes sinais não apenas de revigoramento, mas de que encontrou na crise um novo gás para manter o crescimento.
Um relatório divulgado nesta terça-feira (7) pela consultoria Point Carbon mostra que o volume de negociações de créditos de carbono cresceu 124% no primeiro semestre de 2009 com relação ao primeiro semestre de 2008. Cerca de 4,1 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente (Gt CO2 e) foram comercializadas, somando € 46 bilhões (US$ 65 bilhões). Em termos de valor, a subida foi de 22%.
“Os preços estão baixos devido à desaceleração econômica, mas os volumes estão mais altos já que muitos setores industriais que passaram por dificuldades na Europa decidiram negociar suas permissões de emissões extras, ilustrando como a crise está, de fato, aumentando as atividades no mercado de carbono”, explica o chefe mundial de análises de carbono da Point Carbon, Henrik Hasselknippe.
Os volumes gerados nos esquemas de limite e comércio de emissões (cap-and-trade) – o comércio de emissões da União Européia (EU ETS), a Iniciativa Regional de Gases do Efeito Estufa da América do Norte (RGGI) e o mercado de unidades comercializáveis do Protocolo de Quioto (AAUs) – têm crescido com vigor enquanto que os mercados primários do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e de Implementação Conjunta (IC) sofreram retrações.
O EU ETS se mantém como o mercado dominante, gerando cerca de 75% do volume total do mercado de carbono global no primeiro semestre. Por ele passaram 3,1 Gt CO2 e, uma alta de 140% com relação ao primeiro semestre de 2008. Em valores, o comércio europeu alcançou €39 bilhões, uma alta de 29% - o que representa 84% do valor total do mercado de carbono global.
Brasil
Apesar da contração, o mercado de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), ligadas a projetos de MDL, continua sendo o segundo maior do mundo, com 568 milhões de toneladas de CO2 e (Mt Co2e) negociadas. O crescimento foi de 13%, gerando € 5,4 bilhões, uma queda de 28% comparada com o mesmo período do ano passado.
É neste mercado que o Brasil participa mais ativamente, sendo o terceiro país em geração de RCEs. Na sua frente estão a China, que vem anunciando a criação de bolsas para negociação específicas de créditos de carbono, como uma parceria com a européia BlueNext, e Índia.
O volume negociado no mercado primário de RCE caiu 36% em comparação ao primeiro semestre de 2008.
“Estas reduções de volume e valor são reflexos da queda de demanda futura (ou suprimento) causada pela crise econômica, já que a preferência foi pelas permissões já emitidas. Além disso, o mercado de projetos parece incerto dado a falta de sinais políticos claros das rodadas de negociações climáticas que devem ser finalizadas em Copenhague, no final do ano”, observa Hasselknippe.
Com os compradores procurando maior segurança, o mercado de AAU, em particular, foi beneficiado com o declínio do comércio de RCEs e Unidades de Redução de Emissões (UREs) geradas por projetos de IC.
Este mercado movimentou 75 Mt CO2e, valendo € 750 milhões. As AAUs foram emitidas pelos países apenas no segundo semestre do ano passado, período que viu um volume de 43 Mt CO2e (€ 330 milhões) em transações.
O principal esquema de comércio de carbono dos Estados Unidos, o RGGI, alcançou 321 Mt CO2e nos últimos seis meses, gerando US$1,2 bilhões (€ 840 milhões). “O crescimento do mercado de carbono na América do Norte é muito evidente. E com a aprovação do projeto de lei Waxman-Markey por 219 a 212 votos na Câmara dos EUA na última semana, agora já podemos imaginar um esquema de ‘cap-and-trade’ nacional vigorando no futuro, o que garantiria o crescimento do mercado de carbono do lado norte-americano”, afirma a diretora de comércio, análises e pesquisas da Point Carbon, Veronique Bugnion.
Depois de um início de ano tomado por pessimismo econômico, o mercado de carbono exibe fortes sinais não apenas de revigoramento, mas de que encontrou na crise um novo gás para manter o crescimento.
Um relatório divulgado nesta terça-feira (7) pela consultoria Point Carbon mostra que o volume de negociações de créditos de carbono cresceu 124% no primeiro semestre de 2009 com relação ao primeiro semestre de 2008. Cerca de 4,1 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente (Gt CO2 e) foram comercializadas, somando € 46 bilhões (US$ 65 bilhões). Em termos de valor, a subida foi de 22%.
“Os preços estão baixos devido à desaceleração econômica, mas os volumes estão mais altos já que muitos setores industriais que passaram por dificuldades na Europa decidiram negociar suas permissões de emissões extras, ilustrando como a crise está, de fato, aumentando as atividades no mercado de carbono”, explica o chefe mundial de análises de carbono da Point Carbon, Henrik Hasselknippe.
Os volumes gerados nos esquemas de limite e comércio de emissões (cap-and-trade) – o comércio de emissões da União Européia (EU ETS), a Iniciativa Regional de Gases do Efeito Estufa da América do Norte (RGGI) e o mercado de unidades comercializáveis do Protocolo de Quioto (AAUs) – têm crescido com vigor enquanto que os mercados primários do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e de Implementação Conjunta (IC) sofreram retrações.
O EU ETS se mantém como o mercado dominante, gerando cerca de 75% do volume total do mercado de carbono global no primeiro semestre. Por ele passaram 3,1 Gt CO2 e, uma alta de 140% com relação ao primeiro semestre de 2008. Em valores, o comércio europeu alcançou €39 bilhões, uma alta de 29% - o que representa 84% do valor total do mercado de carbono global.
Brasil
Apesar da contração, o mercado de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), ligadas a projetos de MDL, continua sendo o segundo maior do mundo, com 568 milhões de toneladas de CO2 e (Mt Co2e) negociadas. O crescimento foi de 13%, gerando € 5,4 bilhões, uma queda de 28% comparada com o mesmo período do ano passado.
É neste mercado que o Brasil participa mais ativamente, sendo o terceiro país em geração de RCEs. Na sua frente estão a China, que vem anunciando a criação de bolsas para negociação específicas de créditos de carbono, como uma parceria com a européia BlueNext, e Índia.
O volume negociado no mercado primário de RCE caiu 36% em comparação ao primeiro semestre de 2008.
“Estas reduções de volume e valor são reflexos da queda de demanda futura (ou suprimento) causada pela crise econômica, já que a preferência foi pelas permissões já emitidas. Além disso, o mercado de projetos parece incerto dado a falta de sinais políticos claros das rodadas de negociações climáticas que devem ser finalizadas em Copenhague, no final do ano”, observa Hasselknippe.
Com os compradores procurando maior segurança, o mercado de AAU, em particular, foi beneficiado com o declínio do comércio de RCEs e Unidades de Redução de Emissões (UREs) geradas por projetos de IC.
Este mercado movimentou 75 Mt CO2e, valendo € 750 milhões. As AAUs foram emitidas pelos países apenas no segundo semestre do ano passado, período que viu um volume de 43 Mt CO2e (€ 330 milhões) em transações.
O principal esquema de comércio de carbono dos Estados Unidos, o RGGI, alcançou 321 Mt CO2e nos últimos seis meses, gerando US$1,2 bilhões (€ 840 milhões). “O crescimento do mercado de carbono na América do Norte é muito evidente. E com a aprovação do projeto de lei Waxman-Markey por 219 a 212 votos na Câmara dos EUA na última semana, agora já podemos imaginar um esquema de ‘cap-and-trade’ nacional vigorando no futuro, o que garantiria o crescimento do mercado de carbono do lado norte-americano”, afirma a diretora de comércio, análises e pesquisas da Point Carbon, Veronique Bugnion.
Fonte: Carbono Brasil/Point Carbon
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