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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Madeira apreendida com ATPF falsa
Uma carreta transportando 30 m3 de castanheira serrada foi apreendida por fiscais do Ibama em um posto de combustíveis de Marabá. Ao ser exigida a documentação da carga, o caminhoneiro Charles Douglas Justino apresentou uma ATPF - Autorização de Transporte de Produtos Florestais - falsificada. A nota fiscal da compra da madeira também era forjada. A madeira foi apreendida e o caso está sendo investigado pela Polícia Federal.
Na Gerência Executiva do Ibama de Marabá, a equipe de fiscalização desconfia da existência de um grupo que estaria falsificando e vendendo ATPFs para “esquentar” a saída ilegal de madeira da região. A apreensão aconteceu ainda no sábado de Carnaval (21 de fevereiro), mas, em decorrência do feriado prolongado, somente na última quinta-feira (26) o caso foi remetido à Polícia Federal. A carreta, de placas MMV-2088 (Campina Grande-PB), foi recolhida às dependências do Subgrupamento de Incêndio do Corpo de Bombeiros de Marabá.
De acordo com o gerente regional do Ibama em Marabá, Ademir Martins dos Reis, na mesma quinta-feira o comerciante Thales Marcondes Ferreira compareceu ao Ibama para dizer que era dono da carga e que a mesma seria encaminhada à cidade de Igarassu (PE). Ele confirmou ter comprado a ATPF de uma pessoa residente em Marabá, mas negou ter conhecimento de que o documento era falso. Thales ficou de ser interrogado pela Polícia Federal de Marabá, que pretende descobrir até que ponto ele tinha conhecimento das irregularidades que vinham acontecendo tanto na falsificação da ATPF quanto da nota fiscal da madeira. Mas o comerciante já foi autuado por crime ambiental no Ibama.
Falsificação foi bem feita
De acordo com o analista ambiental Claudevan dos Santos, que esteve à frente da equipe que realizou a apreensão da carga de castanheira serrada, a falsificação da ATPF foi bem feita. “Eles (falsários) usaram um papel bastante parecido com o papel da ATPF”, comenta. Ainda de acordo com ele, o documento pode ter sido escaneado ou simplesmente xerocado numa copiadora que faz reproduções coloridas.
Apesar do cuidado dos falsificadores, alguns detalhes chamaram atenção da equipe de fiscalização do Ibama: a madeira constante na documentação não é castanheira - e sim Louro Rosa - e a assinatura do gerente substituto Marco Antônio Nunes Leite foi grosseiramente falsificada. Ademir Martins explicou também que a Madeireira Lima, para quem o Ibama teria expedido a ATPF - caso ela fosse verdadeira - fica localizada na estrada do Rio Preto, km 180, município de Itupiranga, segundo consta na nota fiscal também falsificada. Todavia, pesquisas nos arquivos da Gerência Executiva de Marabá dão conta de que a madeireira não existe no endereço citado na nota.
Tanto o gerente Ademir Martins quanto o analista desconfiam que existe um grupo especializado na falsificação e venda de ATPFs e de notas fiscais para “esquentar” carregamentos ilegais de madeira desta região. “Seria ingenuidade acreditar que esta seria a única ATPF falsificada na região”, comentou Ademir, acrescentando que a Polícia Federal está à frente das investigações.
Fonte: Amazônia.org.br – 05/03/2004
Na Gerência Executiva do Ibama de Marabá, a equipe de fiscalização desconfia da existência de um grupo que estaria falsificando e vendendo ATPFs para “esquentar” a saída ilegal de madeira da região. A apreensão aconteceu ainda no sábado de Carnaval (21 de fevereiro), mas, em decorrência do feriado prolongado, somente na última quinta-feira (26) o caso foi remetido à Polícia Federal. A carreta, de placas MMV-2088 (Campina Grande-PB), foi recolhida às dependências do Subgrupamento de Incêndio do Corpo de Bombeiros de Marabá.
De acordo com o gerente regional do Ibama em Marabá, Ademir Martins dos Reis, na mesma quinta-feira o comerciante Thales Marcondes Ferreira compareceu ao Ibama para dizer que era dono da carga e que a mesma seria encaminhada à cidade de Igarassu (PE). Ele confirmou ter comprado a ATPF de uma pessoa residente em Marabá, mas negou ter conhecimento de que o documento era falso. Thales ficou de ser interrogado pela Polícia Federal de Marabá, que pretende descobrir até que ponto ele tinha conhecimento das irregularidades que vinham acontecendo tanto na falsificação da ATPF quanto da nota fiscal da madeira. Mas o comerciante já foi autuado por crime ambiental no Ibama.
Falsificação foi bem feita
De acordo com o analista ambiental Claudevan dos Santos, que esteve à frente da equipe que realizou a apreensão da carga de castanheira serrada, a falsificação da ATPF foi bem feita. “Eles (falsários) usaram um papel bastante parecido com o papel da ATPF”, comenta. Ainda de acordo com ele, o documento pode ter sido escaneado ou simplesmente xerocado numa copiadora que faz reproduções coloridas.
Apesar do cuidado dos falsificadores, alguns detalhes chamaram atenção da equipe de fiscalização do Ibama: a madeira constante na documentação não é castanheira - e sim Louro Rosa - e a assinatura do gerente substituto Marco Antônio Nunes Leite foi grosseiramente falsificada. Ademir Martins explicou também que a Madeireira Lima, para quem o Ibama teria expedido a ATPF - caso ela fosse verdadeira - fica localizada na estrada do Rio Preto, km 180, município de Itupiranga, segundo consta na nota fiscal também falsificada. Todavia, pesquisas nos arquivos da Gerência Executiva de Marabá dão conta de que a madeireira não existe no endereço citado na nota.
Tanto o gerente Ademir Martins quanto o analista desconfiam que existe um grupo especializado na falsificação e venda de ATPFs e de notas fiscais para “esquentar” carregamentos ilegais de madeira desta região. “Seria ingenuidade acreditar que esta seria a única ATPF falsificada na região”, comentou Ademir, acrescentando que a Polícia Federal está à frente das investigações.
Fonte: Amazônia.org.br – 05/03/2004
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