Voltar
Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Desmatamento na Amazônia continua acelerado
Dados preliminares indicam que a Amazônia continuou perdendo áreas de floresta para pastos, exploração predatória de madeira e plantio de soja, entre agosto de 2002 e agosto de 2003. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) ainda não conclui o levantamento, mas informalmente já comunicou ao Ministério do Meio Ambiente que a taxa de desmatamento está próxima dos 25.476 quilômetros quadrados registrados entre 2001/2002. Uma área semelhante à do Estado de Alagoas e a segunda maior perda já registrada.
Este é o primeiro indicador de desmatamento no governo Luiz Inácio Lula da Silva. A notícia não é boa. A taxa se aproxima do recorde de desmatamento de 29.059 quilômetros quadrados, registrados entre 1994/95. O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, reconhece que o índice continua "altíssimo". Mas diz que o desmatamento vinha apresentando uma "curva ascendente rigorosa" desde 1997, quadro que não se pode reverter de imediato.
No ano passado, ao anunciar o índice que ainda refletia a atuação do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), decidiu-se criar um grupo com participação de 11 ministros para discutir medidas que revertam as altas taxas. As medidas iniciais não foram suficientes para mudar esta tendência.
Sistema de alerta
Ainda este mês, entretanto, deverá entrar em operação o Sistema de Alerta Desmatamento, que facilitará o combate ao problema no País. "Teremos informação em tempo quase real", informou Capobianco. Imagens de satélite captadas em intervalos menores fornecerão dados mensais, permitindo o deslocamento de fiscais para a área a tempo de impedir a derrubada de árvores. Pelo atual sistema, a informação é anual, quando o desmatamento já ocorreu.
O sistema de alerta é uma das medidas que o grupo interministerial anunciará até o fim do mês para frear o desmatamento na Amazônia. O pacote inclui fiscalização mais rigorosa e estímulos para mudar o processo econômico na região. Entre eles, créditos especiais, programas de desenvolvimento e investimentos públicos. "Queremos reverter o desmatamento de forma permanente".
Polícia e política
Para Arnaldo Carneiro, coordenador de Pesquisas em Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o sistema de alerta dará uma boa ajuda no controle do desmatamento, mas não será suficiente. "O problema só começará a ser resolvido quando houver maior repressão", diz. "Desmatamento ilegal é caso de polícia. Mas isso só também não basta. É preciso definir uma política para a Amazônia."
Quanto aos números, Carneiro acha que eles estão subestimados. "Quem trabalha no campo na Amazônia sabe que serão maiores", diz. "A soja está chegando e empurrando a fronteira agrícola para áreas de floresta. E o pior é que isso é feito com financiamento do Banco do Brasil, que, no fundo, está patrocinando o desmatamento."
Fonte: Estadão – 04/03/2004
Este é o primeiro indicador de desmatamento no governo Luiz Inácio Lula da Silva. A notícia não é boa. A taxa se aproxima do recorde de desmatamento de 29.059 quilômetros quadrados, registrados entre 1994/95. O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, reconhece que o índice continua "altíssimo". Mas diz que o desmatamento vinha apresentando uma "curva ascendente rigorosa" desde 1997, quadro que não se pode reverter de imediato.
No ano passado, ao anunciar o índice que ainda refletia a atuação do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), decidiu-se criar um grupo com participação de 11 ministros para discutir medidas que revertam as altas taxas. As medidas iniciais não foram suficientes para mudar esta tendência.
Sistema de alerta
Ainda este mês, entretanto, deverá entrar em operação o Sistema de Alerta Desmatamento, que facilitará o combate ao problema no País. "Teremos informação em tempo quase real", informou Capobianco. Imagens de satélite captadas em intervalos menores fornecerão dados mensais, permitindo o deslocamento de fiscais para a área a tempo de impedir a derrubada de árvores. Pelo atual sistema, a informação é anual, quando o desmatamento já ocorreu.
O sistema de alerta é uma das medidas que o grupo interministerial anunciará até o fim do mês para frear o desmatamento na Amazônia. O pacote inclui fiscalização mais rigorosa e estímulos para mudar o processo econômico na região. Entre eles, créditos especiais, programas de desenvolvimento e investimentos públicos. "Queremos reverter o desmatamento de forma permanente".
Polícia e política
Para Arnaldo Carneiro, coordenador de Pesquisas em Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o sistema de alerta dará uma boa ajuda no controle do desmatamento, mas não será suficiente. "O problema só começará a ser resolvido quando houver maior repressão", diz. "Desmatamento ilegal é caso de polícia. Mas isso só também não basta. É preciso definir uma política para a Amazônia."
Quanto aos números, Carneiro acha que eles estão subestimados. "Quem trabalha no campo na Amazônia sabe que serão maiores", diz. "A soja está chegando e empurrando a fronteira agrícola para áreas de floresta. E o pior é que isso é feito com financiamento do Banco do Brasil, que, no fundo, está patrocinando o desmatamento."
Fonte: Estadão – 04/03/2004
Fonte:
Notícias em destaque

Construção do arranha-céu de madeira maciça ‘mais alto do mundo’ está em andamento
Começou a construção do Neutral Edison (The Edison), uma torre de madeira maciça de 31 andares no centro de Milwaukee,...
(MADEIRA E PRODUTOS)

Construção em madeira em massa atingirá US$ 1,5 bilhão até 2031
A indústria global de construção em madeira em massa gerou US$ 857,1 milhões em 2021 e a previsão...
(MADEIRA E PRODUTOS)

Como definir indicadores e métricas ESG na indústria
Por conta das mudanças climáticas que o mundo tem enfrentado nos últimos anos, se faz cada vez mais necessária a...
(GERAL)

Produtividade no setor florestal é impulsionada com escolha correta da corrente da motosserra
A escolha da corrente adequada não é só uma questão técnica, especialmente quando se trata do trabalho nos...
(MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS)

Delegação brasileira visitará o serrote mais moderno do mundo
A delegação viaja à Finlândia e Estônia para conhecer como a inteligência artificial, a robótica e a...
(EVENTOS)

Cercas com mourões feitos com árvores vivas
A lógica sempre foi a de cortar árvores para fazer mourões e assim construir cercas na propriedade. Dependendo de onde...
(GERAL)