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Notícias
29
jun
2009
(COMÉRCIO EXTERIOR)
Diminui ritmo de queda nas exportações do RS
O menor ritmo de queda no volume das exportações gaúchas no mês passado pode ser um bom sinal. Maio registrou recuo de 4,9% na quantidade de mercadorias vendidas, melhor resultado desde outubro de 2008. Analistas da Fundação de Economia e Estatística (FEE) interpretaram, ontem, esse comportamento como sintoma de melhora das transações. Depois de cair 38,5% em janeiro passado, o volume negociado apresenta redução sucessiva de índice negativo. Em fevereiro, foi de 23,6%, em março de 18%, e em abril de 11,6%.
As exportações de soja tiveram contribuição decisiva para o cenário de eventual recuperação. O produto, que respondeu por 93,26% da receita com produtos agropecuários, teve alta de 29% na quantidade comercializada em maio, frente ao mesmo mês de 2008. O faturamento foi de US$ 333,8 milhões ante US$ 322,7 milhões do ano passado, com alta de 3,5%. Nos primeiros cinco meses do ano, o volume aumentou 19,2%, somando 511,8 milhões de toneladas. O efeito só não foi maior para o resultado porque os preços caíram 18,2%. Em maio, a receita com soja significou 25% do faturamento gaúcho no Exterior, que somou US$ 1,3 bilhão, terceiro melhor saldo entre os estados.
O coordenador do Núcleo de Produtos Estatísticos (NPE) da FEE, Martinho Lazzari, reforça que o volume, mesmo caindo para a média das vendas do Estado, fez a diferença em maio. Os preços dos produtos tiveram redução de 20,3% no mesmo mês. "Entre os grandes estados, o Rio Grande do Sul teve menor queda", contrasta Lazzari. O Brasil registrou volume 22,2% menor, com queda de 20,2% no valor das mercadorias. São Paulo e Minas Gerais, primeiro e segundo lugares nas exportações, respectivamente, apresentaram cortes de 22,6% e 28,1% nas quantidades. Na indústria, apenas os setores de fumo e de petróleo mostraram mais vigor. O primeiro teve aumento de 20,3% na receita em maio, somando US$ 176,6 milhões.
Volume foi 15,8% superior e os preços se elevaram 3,9%. No ramo de produtos petrolíferos, o volume subiu 275,6%, com impacto de 80,5% na receita, totalizando US$ 34,9 milhões. Segmentos como alimentos e bebidas (com maior fatia da receita do setor, com 27,94%), calçados, máquinas e equipamentos, veículos automotores e móveis tiveram maiores taxas de queda nos negócios. O coordenador do NPE vincula a situação a sucessivos desempenhos frustrados nos contratos com americanos e argentinos. O país vizinho impôs dificuldades, como atrasos na liberação de licenças de importação, e cotas para compras de produtos locais.
Lazzari aponta como determinante para desenhar melhor cenário de recuperação o comportamento dos negócios externos nos próximos meses. O economista cita ainda que nos primeiros cinco meses do ano há recuos mais significativos. A receita somou US$ 4,8 bilhões, com queda de 27,2% ante mesmo período de 2008. O volume ficou 18,5% abaixo dos primeiros cinco meses do ano passado. Já os preços mantiveram a queda, mas com taxa menor, de 10,7%. Nos produtos industriais, o resultado ficou 27,1% inferior aos cinco primeiros meses de 2008, resultando em US$ 4,1 bilhões. O setor respondeu por 85% da receita externa. "A reação da indústria terá peso na reversão do desempenho a partir de junho, quando o volume da soja exportada reduz de ritmo", lembra o coordenador do núcleo da FEE.
Fim do Sistema Geral de Preferências preocupa fabricantes gaúchos
A partir de 1 de janeiro de 2010, cerca de 20% das exportações gaúchas para os Estados Unidos poderão ter uma drástica perda de competitividade. A data é emblemática porque marca o fim do acordo comercial que inclui o Brasil como integrante do Sistema Geral de Preferências (SGP) norte-americano, que garante um tratamento tarifário preferencial para as exportações de países em desenvolvimento ou menos desenvolvidos. E a renovação está ameaçada pelo bom momento da economia brasileira, que descaracterizaria a necessidade do País em receber o auxílio.
Para tratar do tema o Sistema Fiergs realizou em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio um seminário reunindo representantes do poder público e da iniciativa privada. "Os acordos comerciais têm relevante importância para as exportações brasileiras e gaúchas. Neste sentido, é fundamental garantir o cumprimento das regras estabelecidas para proteger as empresas que vendem ao exterior", enfatizou o coordenador do conselho de relações internacionais e comércio exterior da Fiergs, Cezar Müller.
Os produtos que o Rio Grande do Sul vende aos norte-americanos pelo SGP representam cerca de 21% do total da pauta de exportação gaúcha para os Estados Unidos, enquanto a média nacional é de 13%. Para diminuir a dependência dos grandes mercados, o governo federal tem incentivado a abertura de novos destinos, principalmente na Ásia e na África. "A estratégia brasileira para aumentar os embarques e manter o País com participação de 1,25% nas exportações globais inclui ainda a simplificação de trâmites administrativos, difusão das informações e a informatização, entre outras ações", definiu a coordenadora-geral dos regimes de origem do departamento de negociações internacionais da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Maruska Aguiar.
Os SGPs da União Europeia e da Rússia também foram tratados no seminário realizado ontem pela Fiergs. No primeiro caso, o Brasil é o segundo maior usuário do programa, porém no ano passado empregou apenas 63% da capacidade total a que teria direito. Tradicionais setores da economia gaúcha utilizam a medida, como calçados, máquinas e equipamentos, implementos agrícolas e automotivos.
Conforme dados do evento, já no caso russo, cerca de 58% das exportações brasileiras para o país utilizam o SGP. Mas a ênfase das preferências de Moscou está relacionada a itens sem valor agregado, como carnes, açúcar e outros produtos.
As exportações de soja tiveram contribuição decisiva para o cenário de eventual recuperação. O produto, que respondeu por 93,26% da receita com produtos agropecuários, teve alta de 29% na quantidade comercializada em maio, frente ao mesmo mês de 2008. O faturamento foi de US$ 333,8 milhões ante US$ 322,7 milhões do ano passado, com alta de 3,5%. Nos primeiros cinco meses do ano, o volume aumentou 19,2%, somando 511,8 milhões de toneladas. O efeito só não foi maior para o resultado porque os preços caíram 18,2%. Em maio, a receita com soja significou 25% do faturamento gaúcho no Exterior, que somou US$ 1,3 bilhão, terceiro melhor saldo entre os estados.
O coordenador do Núcleo de Produtos Estatísticos (NPE) da FEE, Martinho Lazzari, reforça que o volume, mesmo caindo para a média das vendas do Estado, fez a diferença em maio. Os preços dos produtos tiveram redução de 20,3% no mesmo mês. "Entre os grandes estados, o Rio Grande do Sul teve menor queda", contrasta Lazzari. O Brasil registrou volume 22,2% menor, com queda de 20,2% no valor das mercadorias. São Paulo e Minas Gerais, primeiro e segundo lugares nas exportações, respectivamente, apresentaram cortes de 22,6% e 28,1% nas quantidades. Na indústria, apenas os setores de fumo e de petróleo mostraram mais vigor. O primeiro teve aumento de 20,3% na receita em maio, somando US$ 176,6 milhões.
Volume foi 15,8% superior e os preços se elevaram 3,9%. No ramo de produtos petrolíferos, o volume subiu 275,6%, com impacto de 80,5% na receita, totalizando US$ 34,9 milhões. Segmentos como alimentos e bebidas (com maior fatia da receita do setor, com 27,94%), calçados, máquinas e equipamentos, veículos automotores e móveis tiveram maiores taxas de queda nos negócios. O coordenador do NPE vincula a situação a sucessivos desempenhos frustrados nos contratos com americanos e argentinos. O país vizinho impôs dificuldades, como atrasos na liberação de licenças de importação, e cotas para compras de produtos locais.
Lazzari aponta como determinante para desenhar melhor cenário de recuperação o comportamento dos negócios externos nos próximos meses. O economista cita ainda que nos primeiros cinco meses do ano há recuos mais significativos. A receita somou US$ 4,8 bilhões, com queda de 27,2% ante mesmo período de 2008. O volume ficou 18,5% abaixo dos primeiros cinco meses do ano passado. Já os preços mantiveram a queda, mas com taxa menor, de 10,7%. Nos produtos industriais, o resultado ficou 27,1% inferior aos cinco primeiros meses de 2008, resultando em US$ 4,1 bilhões. O setor respondeu por 85% da receita externa. "A reação da indústria terá peso na reversão do desempenho a partir de junho, quando o volume da soja exportada reduz de ritmo", lembra o coordenador do núcleo da FEE.
Fim do Sistema Geral de Preferências preocupa fabricantes gaúchos
A partir de 1 de janeiro de 2010, cerca de 20% das exportações gaúchas para os Estados Unidos poderão ter uma drástica perda de competitividade. A data é emblemática porque marca o fim do acordo comercial que inclui o Brasil como integrante do Sistema Geral de Preferências (SGP) norte-americano, que garante um tratamento tarifário preferencial para as exportações de países em desenvolvimento ou menos desenvolvidos. E a renovação está ameaçada pelo bom momento da economia brasileira, que descaracterizaria a necessidade do País em receber o auxílio.
Para tratar do tema o Sistema Fiergs realizou em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio um seminário reunindo representantes do poder público e da iniciativa privada. "Os acordos comerciais têm relevante importância para as exportações brasileiras e gaúchas. Neste sentido, é fundamental garantir o cumprimento das regras estabelecidas para proteger as empresas que vendem ao exterior", enfatizou o coordenador do conselho de relações internacionais e comércio exterior da Fiergs, Cezar Müller.
Os produtos que o Rio Grande do Sul vende aos norte-americanos pelo SGP representam cerca de 21% do total da pauta de exportação gaúcha para os Estados Unidos, enquanto a média nacional é de 13%. Para diminuir a dependência dos grandes mercados, o governo federal tem incentivado a abertura de novos destinos, principalmente na Ásia e na África. "A estratégia brasileira para aumentar os embarques e manter o País com participação de 1,25% nas exportações globais inclui ainda a simplificação de trâmites administrativos, difusão das informações e a informatização, entre outras ações", definiu a coordenadora-geral dos regimes de origem do departamento de negociações internacionais da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Maruska Aguiar.
Os SGPs da União Europeia e da Rússia também foram tratados no seminário realizado ontem pela Fiergs. No primeiro caso, o Brasil é o segundo maior usuário do programa, porém no ano passado empregou apenas 63% da capacidade total a que teria direito. Tradicionais setores da economia gaúcha utilizam a medida, como calçados, máquinas e equipamentos, implementos agrícolas e automotivos.
Conforme dados do evento, já no caso russo, cerca de 58% das exportações brasileiras para o país utilizam o SGP. Mas a ênfase das preferências de Moscou está relacionada a itens sem valor agregado, como carnes, açúcar e outros produtos.
Fonte: Jornal do Comércio
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