Voltar
Notícias
23
jun
2009
(MEIO AMBIENTE)
Mata amazônica tem 'viagra natural' e até planta para enganar o patrão
A Amazônia abriga uma variedade incontável de plantas úteis para fins medicinais e cotidianos. O Globo Amazônia saiu para uma volta na floresta com Nilson Mendes, seringueiro e primo de Chico Mendes, que vive no Seringal Cachoeira, em Xapuri (AC), e conheceu alguns destes tesouros da floresta.
Andando pela trilha, a cada poucos minutos o experiente mateiro encontra alguma planta com utilidade para o ser humano. “Essa aqui serve para lavar panela”, diz, esfregando na mão uma grande folha áspera, que na região é conhecida como torém-de-lixa. “O pessoal usa quando não tem palha de aço”, explica.
Um pouco mais à frente pega uma pequena fruta verde, o tucumã, e a quebra com um aperto das mãos. Dentro, além de água para matar a sede, há um tipo de carne, como a do coco, que pode ser comida. “É por isso que os macacos adoram”, conta Nilson, que certa vez se meteu na mata e ficou um ano inteiro vivendo do que a floresta oferece. “Você pira nessa mata”, relembra a experiência.
Até plantas com aplicações engraçadas, como o cipó-engana-patrão, o seringueiro encontrou pelo caminho. Diz a lenda que funcionários de fazendas e seringais a usavam para poder justificar ao patrão uma ida à cidade e uma falta no trabalho. Suas folhas, quando mastigadas , soltam um líquido vermelho. O patrão não recusaria a um empregado que cospe sangue uma visita ao médico.
Também uma espécie de “viagra natural” existe na floresta amazônica. “Dizem que a catuaba-mirim tem essa função”, diz Nilson, com ar de quem nunca precisou. “Mas ela é boa mesmo para nevralgia e cãibra”. Para problemas circulatórios, ele recomenda ainda o cipó-de-fogo e, para contusões musculares, é só extrair a essência da raiz da cânfora, que se espalha rasteira pelo chão da floresta.
Outra planta, conhecida pelos acreanos como unha-de-gato, é muito boa, segundo Nilson, para as dores de coluna. Para males do sistema digestivo, as opções são diversas: folhas de castanheira ou de orelha-de-anta são apenas alguns dos exemplos. O picão-carrapicho ensina o seringueiro, é a arma certa contra a hepatite.
Para as picadas de cobra, ameaça mortal para quem está no meio da floresta, a própria natureza providenciou um antídoto, segundo Nilson Mendes. Ele garante que a seiva do açaizeiro, quando ingerida, faz sobreviver até quem foi picado por cobra-coral ou surucucu. “Para sair daqui e ir tomar soro, demora muito. Com o açaí, não perdemos ninguém por picada de cobra”.
Andando pela trilha, a cada poucos minutos o experiente mateiro encontra alguma planta com utilidade para o ser humano. “Essa aqui serve para lavar panela”, diz, esfregando na mão uma grande folha áspera, que na região é conhecida como torém-de-lixa. “O pessoal usa quando não tem palha de aço”, explica.
Um pouco mais à frente pega uma pequena fruta verde, o tucumã, e a quebra com um aperto das mãos. Dentro, além de água para matar a sede, há um tipo de carne, como a do coco, que pode ser comida. “É por isso que os macacos adoram”, conta Nilson, que certa vez se meteu na mata e ficou um ano inteiro vivendo do que a floresta oferece. “Você pira nessa mata”, relembra a experiência.
Até plantas com aplicações engraçadas, como o cipó-engana-patrão, o seringueiro encontrou pelo caminho. Diz a lenda que funcionários de fazendas e seringais a usavam para poder justificar ao patrão uma ida à cidade e uma falta no trabalho. Suas folhas, quando mastigadas , soltam um líquido vermelho. O patrão não recusaria a um empregado que cospe sangue uma visita ao médico.
Também uma espécie de “viagra natural” existe na floresta amazônica. “Dizem que a catuaba-mirim tem essa função”, diz Nilson, com ar de quem nunca precisou. “Mas ela é boa mesmo para nevralgia e cãibra”. Para problemas circulatórios, ele recomenda ainda o cipó-de-fogo e, para contusões musculares, é só extrair a essência da raiz da cânfora, que se espalha rasteira pelo chão da floresta.
Outra planta, conhecida pelos acreanos como unha-de-gato, é muito boa, segundo Nilson, para as dores de coluna. Para males do sistema digestivo, as opções são diversas: folhas de castanheira ou de orelha-de-anta são apenas alguns dos exemplos. O picão-carrapicho ensina o seringueiro, é a arma certa contra a hepatite.
Para as picadas de cobra, ameaça mortal para quem está no meio da floresta, a própria natureza providenciou um antídoto, segundo Nilson Mendes. Ele garante que a seiva do açaizeiro, quando ingerida, faz sobreviver até quem foi picado por cobra-coral ou surucucu. “Para sair daqui e ir tomar soro, demora muito. Com o açaí, não perdemos ninguém por picada de cobra”.
Fonte: Globo Amazônia
Notícias em destaque

Ibá relança Manual do Setor de Árvores Cultivadas na reta final do Prêmio de Jornalismo
Material tem por objetivo apresentar setor para jornalistas e auxiliar na apuração de pautas e reportagens; inscrições...
(EVENTOS)

Celulose brasileira fica totalmente isenta de tarifaço de Trump
Insumo usado na fabricação de papéis, fraldas e absorventes já estava na lista de exceções da sobretaxa...
(PAPEL E CELULOSE)

Com "Abrace este Projeto", Arauco e SENAI-MS transformam vidas e qualificam mão de obra para a indústria de celulose
Iniciativa visa capacitar mão de obra e fortalecer a economia regional com cursos técnicos em áreas estratégicas e...
(GERAL)

400 associações de produtos florestais assinam carta conjunta a Trump
Mais de 400 associações, empresas e proprietários de terras que representam o setor de produtos florestais assinaram...
(INTERNACIONAL)

Documentário destaca protagonismo do Brasil na celulose e sustentabilidade global, com apoio da Ibá
Com estreia marcada para 23 de setembro no Discovery e HBO Max, produção reúne 15 empresas do setor florestal e mostra como...
(GERAL)

Típico do Sul, pinhão reúne benefícios para coração, intestino e imunidade
Além disso, semente auxilia nas funções cerebrais e no controle glicêmico.
Símbolo da região Sul do...
(AGRO)