Voltar
Notícias
21
jun
2009
(DESMATAMENTO)
Desmatamento reduzirá Cerrado à metade até 2050
O ritmo de desmatamento do Cerrado poderá elevar de 39% para 47% o percentual devastado do bioma até 2050, de acordo com projeções do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás. E a situação pode ser ainda pior, de acordo com o professor Nilson Clementino Ferreira, uma vez que as previsões consideram apenas o desmatamento absoluto. “Se for pensar em áreas degradadas, o número pode chegar a 70% ou 80%”, calcula.
A abertura de áreas para pastagens e agricultura e principalmente o avanço da cana-de-açúcar – impulsionado pela demanda de biocombustíveis – deverão ser os vilões do Cerrado, de acordo com o estudo apresentado nesta quinta-feira (19). A maior parte dos desmatamentos na região até agora, segundo o pesquisador, está próxima a áreas de pastagem e no chamado Arco do Desmatamento da Amazônia Legal, no cerrado mato-grossense.
A baixa produtividade da pecuária na região – que chega a destinar mais de um hectare para cada boi – e a situação fundiária “vergonhosa”, na avaliação de Ferreira, também contribuem para a previsão desanimadora para a área.
As lavouras de cana, que atualmente ocupam 31 mil quilômetros quadrados, devem chegar a uma área pelo menos quatro vezes maior até 2050, com 145 mil quilômetros quadrados plantados. “E a expansão deve seguir o eixo da rodovia BR-153, muitos municípios serão 100% ocupados pela cana”, prevê.
O zoneamento da cana – prometido pelo governo há anos, mas ainda não apresentado – não deverá ser suficiente para conter o avanço da produção sobre áreas remanescentes de vegetação nativa. “O governo anunciou que a cana vai ter que expandir sobre áreas degradadas mas não avisou isso aos usineiros. A cana vai onde a terra estiver preparada, geralmente em áreas de agricultura”, apontou. Com a chegada da cana, a tendência é que os produtores ocupem novas áreas “mais ao norte”, levando as fazendas para a Amazônia.
Segundo Ferreira, a destruição do Cerrado coloca em risco a disponibilidade de recursos hídricos para outros biomas, inclusive a Amazônia. “Não se pode dissociar os biomas. E há a falácia de achar que ocupar o Cerrado é proteger a Floresta Amazônica e o Pantanal, é uma falsa blindagem ecológica”, afirmou.
O estudo foi apresentado hoje durante fórum internacional, paralelo à programação cultural do 11° Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica).
A abertura de áreas para pastagens e agricultura e principalmente o avanço da cana-de-açúcar – impulsionado pela demanda de biocombustíveis – deverão ser os vilões do Cerrado, de acordo com o estudo apresentado nesta quinta-feira (19). A maior parte dos desmatamentos na região até agora, segundo o pesquisador, está próxima a áreas de pastagem e no chamado Arco do Desmatamento da Amazônia Legal, no cerrado mato-grossense.
A baixa produtividade da pecuária na região – que chega a destinar mais de um hectare para cada boi – e a situação fundiária “vergonhosa”, na avaliação de Ferreira, também contribuem para a previsão desanimadora para a área.
As lavouras de cana, que atualmente ocupam 31 mil quilômetros quadrados, devem chegar a uma área pelo menos quatro vezes maior até 2050, com 145 mil quilômetros quadrados plantados. “E a expansão deve seguir o eixo da rodovia BR-153, muitos municípios serão 100% ocupados pela cana”, prevê.
O zoneamento da cana – prometido pelo governo há anos, mas ainda não apresentado – não deverá ser suficiente para conter o avanço da produção sobre áreas remanescentes de vegetação nativa. “O governo anunciou que a cana vai ter que expandir sobre áreas degradadas mas não avisou isso aos usineiros. A cana vai onde a terra estiver preparada, geralmente em áreas de agricultura”, apontou. Com a chegada da cana, a tendência é que os produtores ocupem novas áreas “mais ao norte”, levando as fazendas para a Amazônia.
Segundo Ferreira, a destruição do Cerrado coloca em risco a disponibilidade de recursos hídricos para outros biomas, inclusive a Amazônia. “Não se pode dissociar os biomas. E há a falácia de achar que ocupar o Cerrado é proteger a Floresta Amazônica e o Pantanal, é uma falsa blindagem ecológica”, afirmou.
O estudo foi apresentado hoje durante fórum internacional, paralelo à programação cultural do 11° Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica).
Fonte: Agência Brasil
Notícias em destaque

Focos de fogo caem 46 por cento no Brasil no 1º semestre, aponta INPE
O Brasil registrou uma queda expressiva no número de focos de fogo no primeiro semestre de 2025. De acordo com o INPE, houve uma...
(QUEIMADAS)

Mercado de madeira projetada deve ser avaliado em US$ 427,3 bilhões até 2033
A Allied Market Research publicou um relatório intitulado "Participação no Mercado de Madeira Projetada por...
(MERCADO)

Destaques do comércio de madeira e produtos de madeira (W&WP)
De acordo com o Departamento de Alfândega do Vietnã, as exportações de W&WP em maio de 2025 atingiram US$ 1,4...
(INTERNACIONAL)

Peru sedia workshop regional sobre estatísticas florestais para a América do Sul
Com a participação de representantes de treze países sul-americanos, foi realizado em Lima, em 24 de junho, um Workshop...
(INTERNACIONAL)

Alerta nas florestas: a chegada da vespa-da-madeira ameaça os pinus brasileiros
A chegada da vespa-da-madeira Sirex obesus às plantações paulistas acende um alerta nacional: mortalidade acelerada de pinus,...
(GERAL)

Nova Série H da John Deere traz colheita florestal mais rápida, econômica e confortável
A John Deere apresenta a nova Série H de máquinas florestais com maior eficiência, menor consumo de combustível e...
(MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS)