Voltar
Notícias
19
jun
2009
(DESMATAMENTO)
Apenas 14% dos que cometem crime contra áreas protegidas na Amazônia são responsabilizados
Estudo do Imazon analisa e traz soluções para os problemas de eficiência dos órgãos de justiça da Amazônia em avaliar crimes ambientais contra a floresta
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou os resultados de um estudo sobre a eficiência do judiciário em punir responsáveis por crimes ambientais contra áreas protegidas na Amazônia. Os dados levantados mostraram que é maior o número de processos prescritos (15%) do que aqueles que chegaram a punir seus responsáveis (14%).
Intitulado "A impunidade de crimes ambientais em áreas protegidas federais na Amazônia", o estudo avaliou o andamento de 51 processos contra crimes ambientais em áreas protegidas federais no Pará. Durante o acompanhamento, constatou-se que a duração média de um processo como este é de 5,5 anos, o que pode ser um problema quando se trata de ações contra infratores do meio ambiente "Os crimes ambientais, geralmente, levam à penas curtas, então a demora no processo pode facilmente levar a prescrição", explica Paulo Gonçalves Barreto, autor do documento.
Dentre as principais razões para esta ineficiência, o estudo destaca os problemas organizacionais sofridos pela justiça federal, a não aplicação de penas alternativas de cunho ambiental e principalmente a demora no início das investigações e conclusão dos inquéritos. "Muitas vezes a polícia federal não tem condições de fechar os inquéritos antes do começo de outra operação envolvendo outro tema", explica Barreto, ilustrando que a falta de pessoal é um dos grandes problemas enfrentado pelos órgãos de justiça na Região Norte.
Melhorias
Apesar de o estudo mostrar que os órgãos competentes estão investindo para melhorar as porcentagens de eficiência, Paulo Barreto acredita que, por esta mudança ser uma medida de médio prazo, é mais urgente que se invista em prevenção. "É essencial que o governo priorize a prevenção, por que uma vez que estes crimes acontecem, fica muito difícil de serem condenados", explica o ambientalista.
Para o estudo, este processo envolve uma presença maior do Estado nas áreas de proteção, equipando e ampliando o Instituto Chico Mendes, criando postos de vigilância fixos e introduzindo os processos de manejo em unidades que tenham potencial econômico. Outro ponto importante para tornar o processo célere é a cooperação entre instituições envolvidas.
A análise destaca exemplos anteriores e bem sucedidos desta cooperação como o que aconteceu na cidade de Cujubim (RO), durante a operação Arco de Fogo. O Estado de Rondônia possui um sistema chamado "justiça móvel" que leva juízes até as cidades mais afastadas. Este sistema permitiu uma ação conjunta entre Polícia Fdereal, Ministério Público e o Judiciário. "Deste modo, os inquéritos puderam ser concluídos imediatamente e as testemunhas interrogadas em seguida" explica Barreto, e conclui "Com certeza um processo que merecia ser replicado".
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou os resultados de um estudo sobre a eficiência do judiciário em punir responsáveis por crimes ambientais contra áreas protegidas na Amazônia. Os dados levantados mostraram que é maior o número de processos prescritos (15%) do que aqueles que chegaram a punir seus responsáveis (14%).
Intitulado "A impunidade de crimes ambientais em áreas protegidas federais na Amazônia", o estudo avaliou o andamento de 51 processos contra crimes ambientais em áreas protegidas federais no Pará. Durante o acompanhamento, constatou-se que a duração média de um processo como este é de 5,5 anos, o que pode ser um problema quando se trata de ações contra infratores do meio ambiente "Os crimes ambientais, geralmente, levam à penas curtas, então a demora no processo pode facilmente levar a prescrição", explica Paulo Gonçalves Barreto, autor do documento.
Dentre as principais razões para esta ineficiência, o estudo destaca os problemas organizacionais sofridos pela justiça federal, a não aplicação de penas alternativas de cunho ambiental e principalmente a demora no início das investigações e conclusão dos inquéritos. "Muitas vezes a polícia federal não tem condições de fechar os inquéritos antes do começo de outra operação envolvendo outro tema", explica Barreto, ilustrando que a falta de pessoal é um dos grandes problemas enfrentado pelos órgãos de justiça na Região Norte.
Melhorias
Apesar de o estudo mostrar que os órgãos competentes estão investindo para melhorar as porcentagens de eficiência, Paulo Barreto acredita que, por esta mudança ser uma medida de médio prazo, é mais urgente que se invista em prevenção. "É essencial que o governo priorize a prevenção, por que uma vez que estes crimes acontecem, fica muito difícil de serem condenados", explica o ambientalista.
Para o estudo, este processo envolve uma presença maior do Estado nas áreas de proteção, equipando e ampliando o Instituto Chico Mendes, criando postos de vigilância fixos e introduzindo os processos de manejo em unidades que tenham potencial econômico. Outro ponto importante para tornar o processo célere é a cooperação entre instituições envolvidas.
A análise destaca exemplos anteriores e bem sucedidos desta cooperação como o que aconteceu na cidade de Cujubim (RO), durante a operação Arco de Fogo. O Estado de Rondônia possui um sistema chamado "justiça móvel" que leva juízes até as cidades mais afastadas. Este sistema permitiu uma ação conjunta entre Polícia Fdereal, Ministério Público e o Judiciário. "Deste modo, os inquéritos puderam ser concluídos imediatamente e as testemunhas interrogadas em seguida" explica Barreto, e conclui "Com certeza um processo que merecia ser replicado".
Fonte: Flávio Bonanome - Amazônia.org
Notícias em destaque
A China plantou tantas árvores que alterou o ciclo da água em parte do país
O programa de reflorestação massiva da China conseguiu travar a degradação ambiental, mas novos estudos mostram que...
(GERAL)
Imazon é um dos vencedores do “Campeões da Terra” 2025
É a primeira vez que um instituto de pesquisa brasileiro ganha o prêmio do PNUMA
Considerada a mais alta honraria ambiental da...
(EVENTOS)
Impressão UV direta em madeira para produção de armários, peças de marcenaria e móveis.
A DPI Laboratory, com sede na Flórida , lançou sua plataforma de impressoras Catalyst, que oferece impressão UV direta em...
(GERAL)
Decisão de renovação da autorização do creosoto como produto para tratamento de madeira no Reino Unido até 2033
Notificação G/TBT/N/GBR/109, relativa à decisão de renovação da autorização do creosoto...
(INTERNACIONAL)
Suzano eleva projeções de custo da produção de celulose para 2027
A Suzano atualizou suas estimativas de longo prazo para os desembolsos operacionais do negócio de celulose, elevando uma...
(MERCADO)
SFB e UNODC lançam o Lignum brasilis, aplicativo inovador de identificação de madeira baseado em IA
Ferramenta desenvolvida por SFB, UNODC e Unesp marca um avanço no enfrentamento à exploração madeireira ilegal,...
(GERAL)














