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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Arroz e soja tomam lugar da madeira
A soja e o arroz surgiram como alternativa à decadente indústria madeireira na região de Sinop, no Centro-Norte do Mato Grosso.
Entre Sinop e Itaúba, já próximo do Pará, há 460 mil hectares utilizados pela agricultura. O número salta para 550 mil hectares se forem incluídos os municípios de Vera e Feliz Natal, geralmente vinculados a Sorriso. A expectativa das empresas de insumos locais é de que a área dobre em quatro anos.
Uma das áreas mais novas no plantio de soja é a dos municípios de Vera e de Feliz Natal. As duas cidades ficam entre o asfalto da BR-163 e a reserva indígena do Xingu. Vera está a 40 quilômetros da BR-163, por estrada de terra. Para se chegar a Feliz Natal, o viajante precisa passar por Vera e rodar outros 40 quilômetros.
Até o início da década, a extração de madeira era praticamente o único motor da economia das duas cidades. Atualmente, o plantio de soja e de arroz vem tomando o lugar da madeira. Em Vera, há 70 mil hectares plantados com soja e 50 mil com arroz. Em Feliz Natal, o plantio de soja atinge 22 mil hectares e o de arroz, 50 mil.
Um dos pioneiros da região, Oraci Moro, 63 anos, chegou a Vera em 1977 e passou a extrair madeira. Com o tempo, adquiriu alguns lotes de terra. "Isso acontecia porque a terra aqui não valia nada", disse. "Por isso, o madeireiro que extraía a madeira de um colono ficava com metade da produção e recebia a terra como gorjeta".
Por volta de 1986, ele passou a criar gado nas áreas desmatadas. Daí ao plantio de arroz, foi um passo: "Notei que a pastagem ficava muito fraca no período da seca, e resolvi plantar arroz para ver se isso aumentava o vigor do capim", afirmou. "A idéia era ver se o arroz deixava a terra mais fértil".
Moro, entretanto, não imaginou que plantar soja fosse possível: "O solo era pobre e a gente nunca pensou que desse. Além disso, eu mantive a minha madeireira". Ele deve colher 1.200 hectares na safra 2003/04.
Em Feliz Natal, a agricultura chegou em escala comercial há apenas 2 anos, e mesmo assim, a soja e o arroz já ocupam 40% do PIB municipal, segundo o prefeito Antônio Debastiani (PSDB). "Acredito que no ano que vem o arroz e a soja já responderão por 70% da renda do município", afirmou.
O maior produtor individual soja do País, Elói Marchetti, com 55 mil hectares próprios e outros 40 mil cultivados em parceria, também começou no Centro-Oeste como arrendatário. Há 28 anos, com o pai e um irmão, Marchetti deixou uma pequena propriedade em Caixas do Sul (RS) para se tornar arrendatário de 500 hectares em Maracaju (MT). Hoje, ele tem fazendas em Rondonópolis e Nova Mutum (MT), e também no Piauí e Pará.
Fonte: Amazônia.org.br – 02/03/2004
Entre Sinop e Itaúba, já próximo do Pará, há 460 mil hectares utilizados pela agricultura. O número salta para 550 mil hectares se forem incluídos os municípios de Vera e Feliz Natal, geralmente vinculados a Sorriso. A expectativa das empresas de insumos locais é de que a área dobre em quatro anos.
Uma das áreas mais novas no plantio de soja é a dos municípios de Vera e de Feliz Natal. As duas cidades ficam entre o asfalto da BR-163 e a reserva indígena do Xingu. Vera está a 40 quilômetros da BR-163, por estrada de terra. Para se chegar a Feliz Natal, o viajante precisa passar por Vera e rodar outros 40 quilômetros.
Até o início da década, a extração de madeira era praticamente o único motor da economia das duas cidades. Atualmente, o plantio de soja e de arroz vem tomando o lugar da madeira. Em Vera, há 70 mil hectares plantados com soja e 50 mil com arroz. Em Feliz Natal, o plantio de soja atinge 22 mil hectares e o de arroz, 50 mil.
Um dos pioneiros da região, Oraci Moro, 63 anos, chegou a Vera em 1977 e passou a extrair madeira. Com o tempo, adquiriu alguns lotes de terra. "Isso acontecia porque a terra aqui não valia nada", disse. "Por isso, o madeireiro que extraía a madeira de um colono ficava com metade da produção e recebia a terra como gorjeta".
Por volta de 1986, ele passou a criar gado nas áreas desmatadas. Daí ao plantio de arroz, foi um passo: "Notei que a pastagem ficava muito fraca no período da seca, e resolvi plantar arroz para ver se isso aumentava o vigor do capim", afirmou. "A idéia era ver se o arroz deixava a terra mais fértil".
Moro, entretanto, não imaginou que plantar soja fosse possível: "O solo era pobre e a gente nunca pensou que desse. Além disso, eu mantive a minha madeireira". Ele deve colher 1.200 hectares na safra 2003/04.
Em Feliz Natal, a agricultura chegou em escala comercial há apenas 2 anos, e mesmo assim, a soja e o arroz já ocupam 40% do PIB municipal, segundo o prefeito Antônio Debastiani (PSDB). "Acredito que no ano que vem o arroz e a soja já responderão por 70% da renda do município", afirmou.
O maior produtor individual soja do País, Elói Marchetti, com 55 mil hectares próprios e outros 40 mil cultivados em parceria, também começou no Centro-Oeste como arrendatário. Há 28 anos, com o pai e um irmão, Marchetti deixou uma pequena propriedade em Caixas do Sul (RS) para se tornar arrendatário de 500 hectares em Maracaju (MT). Hoje, ele tem fazendas em Rondonópolis e Nova Mutum (MT), e também no Piauí e Pará.
Fonte: Amazônia.org.br – 02/03/2004
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