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Notícias
25
mai
2009
(PAPEL E CELULOSE)
Brasil eleva em 139% a exportação de celulose
As exportações brasileiras de celulose recuperaram o fôlego em abril, subindo 43,4% em relação a março. O volume de 766 mil toneladas ficou 139,4% acima do registrado no quarto mês de 2008, quando chegou a 320 mil toneladas. No acumulado do quadrimestre, as vendas externas ficaram 32,2% maiores em 2009 que o resultado obtido em igual período do ano passado, acumulando 2,57 milhões de toneladas, ante as 1,9 milhões de 2009, de acordo com dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa).
As vendas estão sendo puxadas principalmente pelo aumento da demanda da China, que sozinha, elevou suas compras em 68,5% nos primeiros quatro meses deste ano em comparação a igual período de 2008, totalizando 332 mil toneladas adquiridas. "Achamos que a China está se estocando, aproveitando que hoje os preços estão mais baixos que no ano passado", diz a presidente executiva da Bracelpa, Elizabeth de Carvalhaes. Com esse aumento de compras, a China, que era o terceiro maior mercado para a celulose brasileira, atrás de Estados Unidos e União Europeia, assumem o primeiro lugar.
Esse aumento nas vendas, entretanto, pode acabar sendo brecado por algumas questões cruciais para o setor, entre elas a alta do custo do seguro para as cargas. De acordo com Elizabeth, o seguro é muito importante, principalmente para um setor predominantemente exportador. "Mas com a crise e o aumento dos riscos muitas seguradoras estão deixando de aceitar as cargas de celulose", diz.
O diretor executivo de seguros gerais da Mapfre Seguradora, Artur Santos, afirma que há quatro meses os roubos de cargas aumentam significativamente e as companhias do setor estão mais restritivas mesmo, especialmente com mercadorias visadas como eletrônicos medicamentos e celulose e papel. "As seguradoras enfrentam um aumento do número de sinistros exatamente quando têm queda das receitas, por isso ficaram mais rigorosas", afirma. Desde março a Mapfre vem reduzindo sua carteira na área de transporte, mas, segundo o executivo, há empresas do setor que já deixaram de atender o segmento. Santos informa que o risco do transporte dentro do Brasil é ainda maior do que em um navio. "O número de roubos de carga cresce consideravelmente e ninguém vai querer correr esse risco.
Vai ser o caos", acrescenta.
Em função destas dificuldades, a Bracelpa tem negociado com o governo linhas especial de crédito para garantir o seguro das mercadorias. Além dos riscos de roubo, os exportadores começam a ficar seriamente preocupados com o câmbio. A queda do dólar reduz não só a competitividade do Brasil como a receita das empresas, que cobram por seu produto na moeda norte-americana. "Com custos altos e dólar derrubando as receitas, as margens destas empresas ficam cada vez mais estreitas", diz o gerente sênior da PricewaterhouseCoopers (PwC), Bruno Porto, especialista em papel e celulose.
Preços
O mercado de celulose já registra uma recuperação de preços nos últimos meses, especialmente para a Ásia. A média, que ficava entre US$ 390 a US$ 400 por tonelada em março, subiu para US$ 400 a US$ 410 por tonelada em abril, conforme levantamento feito pela consultoria RISI, especializada em papel e celulose. O valores, porém, são em média quase 44% menores que os registrados em maio do último ano. "Está se vendendo mais, mas com receitas menores, o que impacta diretamente os resultados e, consequentemente, os investimentos do setor, estimados em quase US$ 20 bilhões em cinco anos e meio, e que foram postergados", diz Elizabeth. A queda do dólar pode pressionar ainda mais os exportadores de celulose.
A produção de celulose em abril ficou em 916 mil toneladas, com alta de 5,4% em relação a março, porém, ainda acumula uma queda de 9% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a abril, a produção também registra baixa de 8,5%, atingindo 3,8 milhões de toneladas, ante as 4,2 milhões do último ano. Atualmente, a celulose responde por 17,3% da Balança Comercial Brasileira, mas em 2008 essa participação chegou a 25,7%.
Enquanto a celulose começa a se recuperar, o papel registra baixas importantes. A produção de papel encerrou o primeiro quadrimestre em baixa de 4,6% em relação ao mesmo período de 2008, totalizando 2,8 milhões de toneladas, ante os 3 milhões do ano anterior. Em abril, a produção de papel caiu 3,5% em relação a março e 4,2% em comparado a abril de 2008, ficando em 723 toneladas. O consumo aparente em abril foi 2% menor que março e 11,6% abaixo de abril de 2008. No acumulado, o consumo chegou a 2,5 milhões de toneladas, volume 7,2% menor que os 2,77 milhões registrados entre janeiro e abril de 2008.
"Papéis caíram muito em janeiro, cerca de 30%, somando todas as categorias. Agora há uma reação, mas ainda é difícil de fazer previsões", diz Elizabeth. Alguns segmentos como papel cartão - utilizado na embalagem de produtos como higiene, limpeza e medicamentos - tiveram alguma reação, como a alta de 44% da produção em março em relação a fevereiro. Porém, em abril voltou a cair 27% em relação a março e 43% em relação a abril de 2008.
As vendas estão sendo puxadas principalmente pelo aumento da demanda da China, que sozinha, elevou suas compras em 68,5% nos primeiros quatro meses deste ano em comparação a igual período de 2008, totalizando 332 mil toneladas adquiridas. "Achamos que a China está se estocando, aproveitando que hoje os preços estão mais baixos que no ano passado", diz a presidente executiva da Bracelpa, Elizabeth de Carvalhaes. Com esse aumento de compras, a China, que era o terceiro maior mercado para a celulose brasileira, atrás de Estados Unidos e União Europeia, assumem o primeiro lugar.
Esse aumento nas vendas, entretanto, pode acabar sendo brecado por algumas questões cruciais para o setor, entre elas a alta do custo do seguro para as cargas. De acordo com Elizabeth, o seguro é muito importante, principalmente para um setor predominantemente exportador. "Mas com a crise e o aumento dos riscos muitas seguradoras estão deixando de aceitar as cargas de celulose", diz.
O diretor executivo de seguros gerais da Mapfre Seguradora, Artur Santos, afirma que há quatro meses os roubos de cargas aumentam significativamente e as companhias do setor estão mais restritivas mesmo, especialmente com mercadorias visadas como eletrônicos medicamentos e celulose e papel. "As seguradoras enfrentam um aumento do número de sinistros exatamente quando têm queda das receitas, por isso ficaram mais rigorosas", afirma. Desde março a Mapfre vem reduzindo sua carteira na área de transporte, mas, segundo o executivo, há empresas do setor que já deixaram de atender o segmento. Santos informa que o risco do transporte dentro do Brasil é ainda maior do que em um navio. "O número de roubos de carga cresce consideravelmente e ninguém vai querer correr esse risco.
Vai ser o caos", acrescenta.
Em função destas dificuldades, a Bracelpa tem negociado com o governo linhas especial de crédito para garantir o seguro das mercadorias. Além dos riscos de roubo, os exportadores começam a ficar seriamente preocupados com o câmbio. A queda do dólar reduz não só a competitividade do Brasil como a receita das empresas, que cobram por seu produto na moeda norte-americana. "Com custos altos e dólar derrubando as receitas, as margens destas empresas ficam cada vez mais estreitas", diz o gerente sênior da PricewaterhouseCoopers (PwC), Bruno Porto, especialista em papel e celulose.
Preços
O mercado de celulose já registra uma recuperação de preços nos últimos meses, especialmente para a Ásia. A média, que ficava entre US$ 390 a US$ 400 por tonelada em março, subiu para US$ 400 a US$ 410 por tonelada em abril, conforme levantamento feito pela consultoria RISI, especializada em papel e celulose. O valores, porém, são em média quase 44% menores que os registrados em maio do último ano. "Está se vendendo mais, mas com receitas menores, o que impacta diretamente os resultados e, consequentemente, os investimentos do setor, estimados em quase US$ 20 bilhões em cinco anos e meio, e que foram postergados", diz Elizabeth. A queda do dólar pode pressionar ainda mais os exportadores de celulose.
A produção de celulose em abril ficou em 916 mil toneladas, com alta de 5,4% em relação a março, porém, ainda acumula uma queda de 9% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a abril, a produção também registra baixa de 8,5%, atingindo 3,8 milhões de toneladas, ante as 4,2 milhões do último ano. Atualmente, a celulose responde por 17,3% da Balança Comercial Brasileira, mas em 2008 essa participação chegou a 25,7%.
Enquanto a celulose começa a se recuperar, o papel registra baixas importantes. A produção de papel encerrou o primeiro quadrimestre em baixa de 4,6% em relação ao mesmo período de 2008, totalizando 2,8 milhões de toneladas, ante os 3 milhões do ano anterior. Em abril, a produção de papel caiu 3,5% em relação a março e 4,2% em comparado a abril de 2008, ficando em 723 toneladas. O consumo aparente em abril foi 2% menor que março e 11,6% abaixo de abril de 2008. No acumulado, o consumo chegou a 2,5 milhões de toneladas, volume 7,2% menor que os 2,77 milhões registrados entre janeiro e abril de 2008.
"Papéis caíram muito em janeiro, cerca de 30%, somando todas as categorias. Agora há uma reação, mas ainda é difícil de fazer previsões", diz Elizabeth. Alguns segmentos como papel cartão - utilizado na embalagem de produtos como higiene, limpeza e medicamentos - tiveram alguma reação, como a alta de 44% da produção em março em relação a fevereiro. Porém, em abril voltou a cair 27% em relação a março e 43% em relação a abril de 2008.
Fonte: Gazeta Mercantil/Celulose Online
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